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Mundo Acadêmico - Coreia do Sul


Saul Borges Nobre


O Mundo Acadêmico da edição desse mês traz a visão de um país que há poucos anos se encontrava em uma situação pior que a do Brasil, com um índice de analfabetismo em quase 20% e a renda per capita sendo metade da brasileira. Porém, após uma guerra civil, novas medidas foram tomadas e novas prioridades estabelecidas. Como maior prioridade colocou-se a educação, que passou a ter um investimento pesado em escolas a nível fundamental. Como resultado, após 40 anos, surge hoje a Coreia do Sul, país com universidades de ponta.

Como para tudo na vida não é só dinheiro, foi necessária uma reestruturação da educação, não somente da escola fisicamente, mas com uma nova ideologia. Hoje as divisões da educação dos sul-coreanos se encontram de uma maneira bem diferente. No ensino médio é possível, no último ano, o aluno analisar como é estudar nas diversas áreas do conhecimento. O governo, como forma de manter o aluno na escola e fazer com que ele estude, dá bolsas para aqueles que alcançarem certas metas, e incentivam que os pais estejam mais presentes na formação do filho. Assim, já se pode perceber que é um país de pessoas com foco e com determinação, ou seja, tudo que é necessário para se ter sucesso na vida.

No âmbito das universidades, por possuir um ensino básico muito bem estruturado, tem-se faculdades com alunos do mais alto nível, ao ponto de se ter um largo investimento privado nelas. As universidades, apesar de possuirem investimentos privados, não são completamente privadas. Possuem uma parte pública, fazendo com que exista apenas uma semestralidade por volta de 5 mil dólares, o que, comparado às outras universidades pelo mundo, é extremante barato. O governo também incentiva o intercâmbio para alunos estrangeiros, um indicador é a participação do país no programa Ciências Sem Fronteiras, por exemplo, o Study in Korea. Geralmente, os alunos brasileiros apresentam um desempenho elevado, pois apesar de não ser um destino muito comum, lá se encontram grandes polos de tecnologia e universidades renomadas no mundo, como a Universidade Nacional de Seul e a Universidade Pohang de Ciência e Tecnologia (Postech).

Outro ponto forte do intercâmbio para a Coreia do Sul, é o fato de ser obrigatório o estágio e também a certeza de que todos que participarem do programa poderão ter essa oportunidade, ponto de maior destaque para a escolha do local para a aluna de Engenharia Elétrica da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Luana Constatino. Em relato, ela disse que existem diferenças bem destoantes, por exemplo, lá a avaliação é composta por tarefas semanais e duas provas, uma no meio e outra no final do semestre, porém as notas levam em conta o desempenho geral da turma. Além disso, a universidade oferece uma pessoa à quem procurar quando estiver com algum problema, ou alguma dúvida em relação a assuntos da universidade. Luana também alertou que a principal dificuldade e barreira encontrada é a língua, pois os coreanos não se sentem à vontade para falar em inglês.

Nas universidades anteriormente listadas pode-se encontrar um curriculum completo, envolvendo as quatros áreas principais, com disciplinas do curso de Engenharia Elétrica bastantes similares às encontradas na UFCG, com exceções de disciplinas com enfoques ambientais e na área de saúde, como dispositivos orgânicos, cujo objetivo é fazer com que os alunos compreendam os fundamentos físicos dos novos materiais orgânicos e inorgânicos formadores dos dispositivos eletrônicos atuais, e bio instrumentos, que tem o enfoque mais na saúde e no desenvolvimento de dispositivos utilizados no tratamento físico, com dispositivos de eletrocardiograma, aulas em laboratórios com demonstrações de como funcionam os dispositivos.

Aliado a todos os fatos do desenvolvimento tecnológico e às oportunidades de estágios, tem-se a ótima qualidade de vida. A Coreia do Sul possui um dos mais altos Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do mundo, tornando-se muito bem visada para quem quer passear, relaxar e estudar.




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