Na busca por países que melhor descrevem seu perfil, os estudantes procuram principalmente aqueles que falam a língua inglesa, atualmente. Os Estados Unidos têm se destacado como um dos países de destino dos intercambistas. As facilidades proporcionadas pelo mundo globalizado são inúmeras. Os preços mais baixos em passagens aéreas, condições de pagamento, bolsas de estudo do governo e a disseminação da informação fizeram com que essa prática aumentasse nos últimos anos.
Mas quem nunca sonhou em ir pra universidade de Harvard , ser um pesquisador do MIT ou surfar nas ondas da Califórnia e estudar em Berkeley. As universidades dos Estados Unidos estão no topo do ranking das melhores do mundo, principalmente nas áreas de tecnologia. A CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) classificou as melhores universidades do mundo em Engenharia e Tecnologia, com dados da Times Higher Education e QS World University Rankings, em que as 5 primeiras posições são de instituições estadunidenses.
As 5 melhores universidades em Engenharia e Tecnologia
A estrutura do ensino superior nos EUA diverge em alguns aspectos do modelo brasileiro. É mais comum no Brasil passar o ensino básico e de segundo grau estudando para obter bons resultados nos vestibulares, atualmente o ENEM (Exame Nacional de Ensino Médio), para entrar numa boa universidade pública, enquanto que na "terra do tio Sam" os estudantes passam cada ano do High School se esforçando para obter um bom currículo de notas e ser aprovado numa universidade, que na maioria das vezes não é pública.
Há vários tipos de instituições de ensino superior (IES) nos EUA. As State Universities são financiadas pelo governo e apresentam um custo menor do que as instituições particulares e na maioria das vezes são bem maiores em espaço físico. Já Private Universities são administradas por organizações e os recursos são compostos por várias parcerias. Os Comunity College podem ser públicos ou privados e atendem à comunidade onde se localizam; geralmente oferecem cursos de curta duração, dois anos, nos quais os estudantes podem futuramente transferir os cursos para as universidades. Existem também escolas técnicas e vocacionais, as quais proporcionam cursos mais enfáticos e de curta duração, em diversas áreas, que preparam para o mercado de trabalho. Vale citar que há outras formas de IES como as universidades com filiação religiosa, masculinas ou femininas e aquelas que oferecem cursos à distância, que podem ser uma boa opção para estudantes estrangeiros.
Monroe Community College
Os alunos de graduação são divididos em quatro etapas. O Freshman e Sophomore correspondem aos dois primeiros anos de graduação, nos quais os alunos cursam disciplinas básicas de conhecimento geral, o que os possibilita descobrir qual profissão escolherão depois de entrar na IES. O Junior corresponde ao terceiro ano, quando é escolhido a área, o Major, ou seja a habilitação desejada (Ex.: Engenharia, Jornalismo, Biologia e etc), e o Senior, ao quarto e último ano, quando escolhem-se as matéria específicas, Minor.
O sistema de avaliação é caracterizado por conceitos e realizado de forma contínua; há uma forte presença dos homeworks. "O estudo aqui é muito baseado em atividade de casa... Quase sempre vale parte da nota final e, se você fizer tudo mesmo, as provas são bem mais simples, pois são bem semelhantes.", afirma o estudante de Engenharia Elétrica Gustavo Santos que está em Howard University. Em algumas universidades o sistema de avaliação pode ser ainda mais rígido, em Berkeley, um dos campus da University of California, a nota individual dependerá da média da turma. "Se sua nota for baixa, mas a da turma também for, a nota final não será tão ruim, porém, se a média for muito alta, a sua nota não se destacará tanto", ressaltou Felipe Campos, também estudante de Engenharia Elétrica.
Berkeley, University of California
O modelo de estudo é fortemente marcado pela cultura do país. O estudante Felipe relata que as aulas nos EUA são mais introdutórias e que os professores dão certa importância à parte prática e aguçam a curiosidade do aluno para que ele estude mais sozinho. “Eles gostam muito de dar uma visão prática, assim o assunto não fica muito abstrato”. Outra curiosidade é que não é necessário você se matricular logo nas disciplinas, é possível frequentar as primeiras aulas para que se tenha certeza do que vai cursar.
Os estudantes brasileiros apontam que os estadunidenses tem uma característica mais individualista. “Muitos dos alunos aqui são mais independentes que os brasileiros e a competitividade entre os alunos é uma coisa clara e até estimulada pelos professores”, destaca Gustavo. Entretanto, deixa claro que as aulas que assistia na UFCG tinham abordagens bem semelhantes como as que têm assistido em Howard e afirmou: “Uma coisa que me deixou feliz em vir pra cá é que eu consegui ver por mim mesmo que o conhecimento é uma coisa universal”.
Howard University
A troca de informações, proporcionada pelo intercâmbio, é uma oportunidade sem igual. A possibilidade de estudar em laboratórios de referência mundial, e centros de tecnologia reconhecidos, como o dos Estados Unidos, a vivência da permuta cultural, o aprendizado da língua, além da independência do indivíduo, conquistada pela vivência em um país diferente, são fatos que irão marcar não apenas o seu “Mundo Acadêmico”, mas também o seu universo pessoal.
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