Muitos que viveram nesse planeta foram considerados gênios e muitos outros gostariam de ser considerados assim ou de marcar a história da humanidade de alguma forma. Isaac Newton, Albert Einstein, Galileu Galilei, Leonardo Da Vinci, Alan Turing. Essas pessoas foram muito inteligentes e dedicadas à ciência, contribuindo de forma significativa para o avanço de alguma área do conhecimento e são lembradas por isso. Mas e nós, como nos destacar no que fazemos? O que fazer para ser um gênio?
Na primeira definição acima, a palavra Gênio é descrita como algo congênito, uma habilidade natural e intrínseca a um indivíduo, pensamento que motivou a teoria de que a genialidade é algo genético. Essa ideia foi abordada pelo livro Hereditary Genius, publicado em 1869 por Francis Galton. Ele afirmava haver maior possibilidade de pessoas notáveis intelectualmente surgirem em famílias em que já havia outra pessoa com essa característica e naquela época aquilo realmente parecia coerente, uma vez que ocorreram alguns casos de pais e filhos que ganharam o prêmio Nobel. No entanto, é importante notar que nessas famílias havia um ambiente propício ao conhecimento e ao estudo da ciência.
Figura 1. Galton em seu principal estudo. [https://www.amazon.co.uk/Hereditary-Genius-Francis-Galton/dp/1471698173]
Entretanto, em conhecimentos que dependem de um esforço maior individual, como matemática e literatura, Galton encontrou pouca relação de genialidade entre indivíduos de mesma família. Para os que acreditam na hereditariedade, creem que o dom garante a ma pessoa ter inteligência acima da média, mas reconhecem que isso não é o suficiente para ser genial.
Alguns acreditam que aqueles que marcaram seu tempo pela genialidade são pessoas com maior capacidade mental que a maioria, o que embora possa ser verdade, é algo que não se pode provar. Por outro lado, aqueles que se destacaram por sua inteligência, com certeza se dedicaram significativamente ao conhecimento para enfim serem considerados gênios. Einstein, por exemplo, começou a trabalhar com relatividade em 1895, mas só publicou a relatividade especial em 1905. Thomas Edison tentou centenas de protótipos antes de criar a primeira lâmpada elétrica. Ele enfatizava que a cada tentativa descobria um jeito novo de não construir a lâmpada e estava a um passo a menos da criação!
Segundo Pierluigi Piazzi, autor do livro “Aprendendo Inteligência” lançado em 2008, nosso cérebro tem capacidade de processamento muito maior que a de um computador; em 2013, equivalente a 15 mil computadores de alta geração. 15 mil computadores? Todos os seres humanos são gênios! O único problema dessa máquina poderosa de 1,5 kg é não possuir manual de instruções. No livro, Piazzi ensina como melhorar a capacidade do cérebro humano e como aprender e estudar para se tornar uma pessoa mais inteligente. Acima de tudo, o autor mostra que inteligência é algo que se aprende, todos os cérebros são iguais, o modo como são usados é que diferencia a capacidade intelectual das pessoas.
Figura 2.Capa do livro Aprendendo Inteligência de Pierluigi Piazzi. [https://www.saraiva.com.br/aprendendo-inteligencia-col-neuro-pedagogia-vol-1-3-ed-2014-8596686.html]
Dentre os que acreditam e os que não acreditam que a genialidade seja algo congênito, todos concordam que é necessário muito esforço para alcançar o título de “Gênio”. Nenhum ser humano é superior a outro, alguns cresceram em um ambiente mais propício, outros tiveram um mestre um pouco mais capacitado. No entanto, mais importante do que como o indivíduo se encontra agora é a persistência em melhorar sempre. Dedicação! Qualquer um que deseja se diferenciar dos demais por alguma característica deve ter em mente que o primeiro passo é dedicar-se e não desistir de seu sonho, sabendo que os grandes feitos não acontecem repentinamente mesmo para os que, talvez, tenham sido presenteados com a genialidade.
“- Qual é o pior veneno para a criatividade? E o melhor combustível?
“
“- Desistir e nunca desistir, respectivamente.”
Kevin Ashton, criador do termo Internet of Things.
“Um gênio se faz com um por cento de inspiração e noventa e nove de esforço”.
Thomas Edison, criador da lâmpada elétrica.
Referências:
Aprendendo Inteligência. Pierluigi Piazzi. Aleph. 2008.
De onde vêm os
gênios? Nerdologia. Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=L2sidVgRnbY.
Acesso em 01 de Março de 2018..
Genialidade é um
conceito ridículo, diz professor do MIT. Claudia Gasparini. Disponível em https://exame.abril.com.br/carreira/genialidade-e-um-conceito-ridiculo-diz-professor-do-mit/.
Acesso em 01 de Março de 2018.