Por Benedito Antonio Luciano
Nos dias atuais, a facilidade de acesso às informações diante das chamadas
infotecnologias não comporta mais o modelo de ensino centrado no professor, no qual a
responsabilidade do ensino cabe ao professor e o aprendizado ao aluno.
Os tempos são outros. As mudanças de paradigmas impostas por estas
infotecnologias requerem um novo tipo de professor: aquele que exerce o papel de
articulador do conhecimento em meio às informações disponíneis literalmente nas
pontas dos dedos.
Assim, diante da infinidade de formas de acesso às informações e da celeridade
com que estas são veiculadas, o professor se vê diante de um grande desafio: processar
um maior volume de dados do que estava habituado, além de ser obrigado a usar
diversos tipos de instrumentos e explorar os recursos educacionais que as tais
infotecnologias oferecem, dentro ou fora da sala de aula.
Deste modo, a cada dia, o professor se transforma em um orientador, em um
facilitador de uma aprendizagem auto-iniciada que envolve a parte afetiva (sentimentos)
e a parte cognitiva (inteligência).
Dotado de sólida formação e conhecimento sobre o assunto a ser ministrado, nesse
novo ambiente, o professor faz a aferição da relação do aluno com as infotecnologias,
ajudando-o a filtrar as informações e a separar o joio do trigo.
Assim, neste novo processo o professor passa a ser supervisor, gerenciador e
organizador dos conteúdos e não apenas dos próprios conhecimentos que podem ser
transferidos aos alunos.
Por sua vez, nesse processo, aos alunos não cabe mais a atitude passiva de aguardar
a iniciativa dos professores. Agora, eles são chamados a ser protagonistas./p>
Afinal, numa sociedade baseada na informação, a aprendizagem mais útil deve ser a
do próprio processo, numa abertura contínua ao novo conhecimento, num ambiente de
responsabilidades compartilhadas, no qual professores e alunos participam efetivamente
do ensino e do aprendizado.
O autor é professor Titular do Departamento de Engenharia Elétrica da UFCG.