Arduíno: uma breve introdução
Conheça-os melhor e saiba qual deles é o mais indicado para seu projeto.
Por Camila de Oliveira Abrantes
De uma maneira bem simples, um microcontrolador pode ser dito como um dispositivo que une o hardware e o software, em que, por meio de programação (geralmente C ou Assembly) é possível controlar o hardware para realizar funções específicas. De uma maneira mais técnica, pode-se dizer que microcontroladores são tipos especiais de CIs (Circuitos Integrados), com a diferença que eles podem ser programados para realizar tarefas específicas.
É muito difícil dizer qual microcontrolador pode ser considerado o melhor, na verdade, isso depende do projeto desenvolvido e das características desejadas. Existe uma série de opções no mercado, mas escolher é complicado. Às vezes encontramos um produto com alguns dos atributos que precisamos, mas dificilmente com todas as características que estamos procurando.
As plataformas arduíno também possuem uma gama de opções, para diferentes públicos e diferentes necessidades, embora com algumas diferenças se comparado a outros microcontroladores. A principal delas é que se você não encontrar um arduíno que se encaixe perfeitamente nas suas necessidades (o que dificilmente pode acontecer), você pode reconstruí-lo de forma a ficar totalmente adaptado para seu o projeto.
Para facilitar a sua escolha, seguem alguns exemplos de placas arduíno, com suas principais características e o tipo de projeto que são indicadas.
Plataformas Arduíno
Usando microcontroladores ATmel, existem vários tipos de arduínos, e o que torna eles tão populares são:
- O preço: os arduínos são bem acessíveis, em comparação com outros microcontroladores;
- A compatibilidade com vários sistemas operacionais: o ambiente de desenvolvimento do arduíno (IDE – Integrated Development Environment) pode ser executado em vários sistemas operacionais, como o Windows, Mac e Linux. Diferente dos ambientes de outros microcontroladores, que geralmente só são compatíveis com o Windows;
- A facilidade de uso da IDE: possui um ambiente de desenvolvimento (IDE) muito simples e que pode ser encontrado em várias línguas, como português e inglês;
- A filosofia Open-source: isso quer dizer que qualquer um pode construir um arduíno em casa (seja exatamente igual aos próprios arduínos ou com modificações) e usar ou vender. É completamente legal, por isso são tão acessíveis e baratos.
Outro fator que também torna o arduíno tão popular é que ele é muito indicado para iniciantes, mas isso não quer dizer que não seja adequado para projetos mais complexos, na Figura 1 são mostradas as categorias em que os vários tipos de arduínos se encaixam.
Figura 1: Categorias do arduíno
- Entry Level: nesta categoria estão os arduínos mais indicados para aqueles que estão começando e ainda não tiveram nenhum contato com o mundo da eletrônica ou mesmo programação. O UNO é o mais popular desta categoria e é também o arduíno mais usado.
- Enhanced Features: aqui estão os arduínos indicados para projetos mais complexos. Eles possuem maior memória e processamento mais rápido que os da categoria Entry Level.
- Internet of Things: esses arduínos, diferente dos que estão nas outras categorias, não precisam de cabo USB para se conectar com o computador, fazem isso via internet.
- Wearable: as placas desta categoria são usadas para projetos específicos para peças ‘vestíveis’, como relógios, luvas e roupas.
Arduíno UNO
O arduíno UNO é o mais indicado para amadores e iniciantes. Ele usa o microcontrolador ATmega328P, pesa 25g e possui memória Flash de 32 KB, RAM de 2 KB e EEPROM 1KB. Pode ser utilizado para projetos simples e por isso vários kits para iniciantes de arduíno encontrados no mercado utilizam o UNO.
Arduíno DUE
O arduíno DUE está na categoria Enhanced Features e é indicado para projetos mais avançados e complexos por ter uma velocidade de processamento bem maior que o UNO. Ele usa o microcontrolador AT91SAM3X8E, pesa 36g e possui memória Flash de 512 KB, 64 KB de memória RAM e 32 KB de EEPROM.
Arduíno Ethernet
O arduíno Ethernet está na categoria Internet of Things, ele usa o microcontrolador ATmega328 e diferente das outras plataformas ele não possui entrada para cabo USB e conecta-se pelo computador via internet. Além da comunicação, ele pode servir para armazenar arquivos também através da rede.
Arduíno LilyPad
O arduíno LilyPad usa o microcontrolador ATmega168V ou o ATmega328V. Ele possui um design diferente das outras plataformas, parece uma flor e possui a cor roxa ao invés de verde ou azul (como os outros) e também é bem pequeno e achatado. Por ser usado em peças vestíveis, ele pode ser costurado a roupas e relógios. Possui uma memória Flash de 32 KB, memória EEPROM de 1 KB e RAM de 2 KB.
Aplicações do Arduíno LiliPad
Provavelmente vai existir um tipo de arduíno que se encaixe no seu projeto, mas caso isso não aconteça é possível usar a arquitetura das placas arduíno e reconstruir uma plataforma nova que se encaixe perfeitamente nas suas necessidades. O melhor do arduíno é que todas as informações que você pode precisar são facilmente encontradas na internet. Até mesmo o próprio site oficial www.arduino.cc disponibiliza muitas informações que você pode precisar, seja para usar ou construir o seu arduíno.
Referências:
Arduíno. Disponível em www.arduino.cc. Acesso em 28 de Fevereiro de 2016.
Arduíno UNO. Disponível em http://www.embarcados.com.br/arduino-uno/. Acesso em 27 de Fevereiro de 2016.
Arduíno DUE. Disponível em http://www.embarcados.com.br/arduino-due/. Acesso em 27 de Fevereiro de 2016.
Microcontroladores. Disponível em http://www.eletronicaprogressiva.net/2014/08/Microcontroladores-O-que-sao-Para-que-servem-Onde-sao-usados.html. Acessado em 27 de Fevereiro de 2016.
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