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Fotossíntese Artificial




A situação em que se encontra o meio ambiente é uma questão que preocupa a todos e já que o aquecimento global tem sido bastante discutido como causa dos problemas, e assim, apenas retardar o aquecimento do planeta não será o bastante, é necessária a diminuição da quantidade de CO2 já emitido no ar.

As plantas e algas têm uma capacidade sem igual de produzir energia a partir da luz solar, pelo processo chamado fotossíntese. Quando as moléculas desses seres são excitadas pela luz solar, tornam-se capazes de decompor a molécula de água, produzindo energia na forma de glicose. Após estudarem todas as etapas da fotossíntese natural, agora alguns cientistas propõem desenvolver uma fotossíntese artificial.

Os materiais desenvolvidos em laboratório são uma imitação dos encontrados na natureza. Primeiramente, é necessário desenvolver moléculas que absorvam a luz solar e a transforme em energia. E o resultado obtido em laboratório é um pigmento chamado de porfirina, que se assemelha muito com a clorofila.

A equipe da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) monitorou as transferências de elétrons entre a porfirina e o fenol usando uma técnica conhecida como espectroscopia de ressonância paramagnética eletrônica. Essa técnica ignora os elétrons envolvidos em ligações químicas e detecta os elétrons livres entre as moléculas, captando-os para transformá-los em eletricidade. Em comparação com a fotossíntese natural, as respostas foram semelhantes.

Para o processo de geração de energia, utiliza-se um recipiente com água no qual são colocados eletrodos revestidos com o material sintetizado. Quando a porfirina é excitada pela luz solar, adquire energia para quebrar a molécula de água em hidrogênio e oxigênio. Estes dois gases são coletados por tubos e no final do processo são transformados novamente em água, liberando a energia solar na forma de energia elétrica.

Processo fotossintético artificial.

Apesar disso, há o problema que, mesmo sendo estáveis no decorrer do processo de absorção de luz solar, as porfirinas se degradam primeiro que as moléculas de água durante o processo artificial de fotossíntese, não sendo suficientemente estáveis para a conclusão do processo.

Mesmo que ainda apresente problemas, a fotossíntese artificial é um meio inovador para se obter energia elétrica. A eficiência do processo ainda é muito baixa, transformando de 2% a 3% da energia solar em energia elétrica, o que em teoria pode chegar a 30%. Com base nesse projeto, há um grande potencial para produzir substancias mais complexas, que futuramente, possam suprir alguns derivados petroquímicos, e juntar-se aos mais diversos modos de se produzir energia renovável.


José Wemerson Farias Lima

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A convite do Jornal PET Elétrica, a engenheira eletricista Rachel Suassuna de Medeiros escreveu sobre a turma de 1973, da então Escola Politécnica da UFPB. Confira!




O Professor Dr. Marcelo Sampaio de Alencar destaca, em seu texto, as finalidades do Iecom, as pesquisas, as parcerias e os projetos nos quais está envolvido. Confira!




          









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