Gestão de Vida
(Texto enviado por leitor)
Aproximadamente seis bilhões de pessoas habitam um planeta chamado Terra. Todas imergidas na batalha da vida. Finalmente elas são derrotadas (esqueçamos a conotação de negatividade da palavra!), sentindo-se orgulhosas pelo que fizeram e o deixam para posteridade. Assim como, podem perder com a consciência de que nada acrescentaram ao mundo; foram máquinas vivas improdutivas.
Setenta, sessenta e cinco, oitenta, setenta e oito são números capazes de nos dar uma dimensão temporal dessa constante luta pelo viver; Existem aqueles que chamam essa dimensão de expectativa de vida. A questão fundamental é que os vencidos são substituídos, em diferentes níveis de desgaste, isto é, o estágio de empenho e de perseverança, na manutenção do sobreviver, difere entre as sociedades. Aqui não vale a Lei da Seleção Natural, e sim, a Lei da Seleção Artificial, em que a distribuição de renda, a oportunidade de emprego, a educação e os serviços públicos são agentes norteadores desse processo, favorecendo os mais providos financeiramente.
Recentemente estávamos em época de Olimpíada. Momento de alegria, de convergência, de exuberância e de harmonia. O maior evento esportivo de mundo tem como razão existencial amenizar os problemas aparentemente inextirpáveis (incontáveis, acima de tudo) da humanidade, mostrando protótipos de seres humanos ideais. Muita coisa bonita e estimulante é colocada à disposição do varão e da varoa. Não apenas medalhas, mas também mensagens como a titulada “SE”, proposta pelo pensador indiano Ruyard Kipling e tomada por empréstimo pelo técnico Bernardo Rezende. Bernardinho a leu para toda a seleção brasileira masculina de voleibol, antes do jogo final contra os Estados Unidos.
Nesse momento de renovação: novo período em nossa universidade, UFCG, novos desafios a serem superpostos, reflitamos e aprendamos, não só com os circuitos, derivadas e integrais, mas também com os conselhos de um mestre. No curso de Gestão da Vida, temos a responsabilidade de compor o corpo docente para as futuras gerações (os nossos filhos; estão lembrados?).
Lucas Paixão