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Sistemas Elétricos e Redes de Computadores (Parte II)


Realizar comunicação entre equipamentos é uma tarefa simples, desde que ambos utilizem o mesmo protocolo de troca de dados, ou “falem a mesma língua”. Quando isso não ocorre essa tarefa só é possível se existe algum conversor de protocolos, que pode ser visto como um tradutor. Entretanto, dependendo da quantidade de protocolos envolvidos e por ter que interpretar uma mensagem em um protocolo e escrevê-la em outro, o que naturalmente vai inserir um atraso na comunicação, o seu uso desses conversores pode se tornar inviável.

Na busca de uniformizar a comunicação entre equipamentos de proteção de subestações de energia elétrica, que são sistemas com restrições severas de tempo, foi proposto pela IEC (International Electrotechnical Commission) um padrão com o número 61850 que vai além de uniformizar a forma de comunicação entre equipamentos de proteção, pois define formas de representação de dados, modelos de armazenamento e formas de interligação (topologias) desses equipamentos.

Esse padrão tem causado um grande movimento na área de sistemas elétricos, obviamente ainda mais na área de proteção, pois traz conceitos novos como a representação de dados orientada a objetos, funções realizadas conjuntamente por mais de um elemento de proteção, equipamentos que realizam mais de uma função, interligação dos equipamentos em rede, dentre outros.

Nesse ponto cabe uma ressalva sobre a formação do engenheiro, pois agora, o profissional especialista em proteção deve conhecer conceitos de programação e redes de computadores, fato impensável até algum tempo atrás.

A norma está dividida em 10 partes, sendo que cada uma das partes consiste em um documento que define as características que uma determinada implementação deve ter para estar em conformidade com a norma.

No próximo texto nos deteremos sobre algumas dessas partes, será mostrado a idéia principal em cada uma delas e um exemplo de utilização.

  Edmar Candeia Gurjão



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