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Engenharia de Guerra

Com muitos investimentos, o Brasil dominou uma tecnologia considerada de alta complexidade e deu os primeiros passos para competir com países de grande poderio militar.



Depois de um longo período de investimentos, o Brasil agora possui uma alta tecnologia em armamentos inteligentes, chegando a competir, no mercado bélico, com grandes países armamentistas. Mísseis, caças e submarinos são as principais armas desenvolvidas aqui e prometem levar o país a outro nível militar.

Mesmo não sendo considerado um país de guerra, o Brasil dominou uma tecnologia considerada de alta complexidade e hoje há um grande número de países interessados nos armamentos brasileiros. O engenheiro aeronáutico Wagner Campos do Amaral é um dos responsáveis pelo desenvolvimento dessa tecnologia no país e afirma que no mercado da guerra agilidade e discrição é fundamental. “Se a gente dá bandeira antes da hora, corre o risco de ser copiado por alguém mais ágil e termina sendo passado para trás” diz o engenheiro, que é fabricante de mísseis para a Odebrecht.

Figura 1: Míssil brasileiro

Nesse contexto, a Polaris, empresa brasileira dedicada à pesquisa e desenvolvimento de turbinas, desenvolveu uma microturbina para mísseis que vem despertando interesse de fabricantes internacionais. A TJ200 foi exposta em fevereiro em um evento do exército americano no Alabama e despertou interesse de diversos fabricantes de armamentos, mas, por enquanto, há apenas protótipos do equipamento e nenhuma previsão de lançamento.

A Força Aérea Brasileira (FAB) também decidiu fazer altos investimentos em tecnologia armamentista. Custando cerca de 13,8 bilhões de reais, o novo caça brasileiro, que foi desenvolvido pela Saab (Svenska Aeroplan AB - Aeroplano Sueco Limitado), teve um protótipo em tamanho real exposto na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Os armamentos que podem ser usados com o Gripen GN também foram expostos e a ideia era que o público tivesse a oportunidade de ver de perto como seria o equipamento.

Figura 2: Caça Gripen GN

Com a confirmação de uma frota de 36 caças e com a possibilidade do aumento para 100 unidades, a data de lançamento do modelo foi prevista para 2019 e será fundamental para defesa e desenvolvimento tecnológico do país.

Previsto para 2025, o submarino nuclear, movido a um reator de urânio, será a mais recente novidade desenvolvida no país e promete elevar o Brasil a um patamar próximo da elite de potências navais, como os Estados Unidos da América, Rússia, Reino Unido, França, China e Índia (que são os únicos países a terem esse equipamento). A tecnologia permite que a embarcação não precise subir até a superfície para oxigenar o motor, sendo este o momento em que fica vulnerável.

Figura 3: Submarino com propulsão nuclear

Com um investimento de 25 bilhões de reais, a presidente Dilma Rousseff inaugurou o prédio principal do estaleiro onde serão produzidos os submarinos, frutos de uma parceria com a França. O projeto pretende fortalecer a proteção da costa brasileira, prevendo a produção de quatro submarinos, sendo três deles convencionais e um nuclear.

Mesmo com tantos investimentos, o Brasil ainda não está ao nível de países como os Estados Unidos da América, Reino Unido, China ou Rússia e muito menos é totalmente independente deles, mas começar do zero não é fácil. E hoje, pode-se dizer que foram dados os primeiros passos para, talvez um dia, competir de igual para igual na indústria bélica com grandes potências navais.


Camila de Oliveira Abrantes

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A convite do Jornal PET Elétrica, a engenheira eletricista Rachel Suassuna de Medeiros escreveu sobre a turma de 1973, da então Escola Politécnica da UFPB. Confira!




O Professor Dr. Marcelo Sampaio de Alencar destaca, em seu texto, as finalidades do Iecom, as pesquisas, as parcerias e os projetos nos quais está envolvido. Confira!




          









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