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Startups

As startups estão invadindo o mercado mundial. Para quem almeja criar a própria empresa, iniciá-la não é fácil e envolve diversos fatores. Dentre eles, a necessidade de inovação que ilumina investidores e abre espaço na sociedade consumidora. A participação brasileira com produtos inovadores no mercado assusta apesar da imensidão física e cultural do país.



Nada como concluir a graduação, olhar no horizonte e dizer “E agora? O que fazer?”. Talvez continuar na universidade, seguir os caminhos do ensino e da pesquisa, tornar-se um pós-doutor. Poderia também focar em uma vaga de um concurso público; estudar, estudar e estudar para conseguir a aprovação. Conseguir um emprego em uma empresa renomada e almejar o topo da pirâmide empresarial é uma das opções. Criar a própria empresa ocupa a mente de poucos recém-formados, mas influências hoje não faltam para incentivá-los, apesar das diversas barreiras ainda iminentes. As Startups invadiram o mundo e têm atraído muitas mentes brilhantes e, acima de tudo, ousadas, para iniciar o próprio negócio.

Foi com o surgimento da internet no final do século passado que o termo startup surgiu para designar as empresas jovens, criadas a partir de uma ideia. Geralmente vinculadas a produtos tecnológicos, elas engatinharam inicialmente pelo Vale do Silício, Califórnia, e hoje, com a incessante troca de informações, alta taxa de transmissão de dados, marcam presença em grandes polos econômicos e atuam sobre vários setores. É o que muitas pessoas, incluindo recém-formados, estão investindo, tornando-se empreendedores. Um jovem é iluminado por uma ideia inovadora, desconhecida pelo mercado. Ao lado de alguns amigos, embasados por pouco dinheiro, ele tenta pôr em prática o tão moderno produto. Surge, então, uma startup, uma empresa envolta por uma áurea de inovação e por incertezas, pois não se sabe se o produto renderá louros. Essa é uma descrição bastante generalizada sobre uma startup; é certo que cada uma terá um cenário, mas as condições são parecidas, inclusive as dificuldades

A criação de uma startup envolve outros fatores além da ideia. É preciso saber quem irá executar a ideia, de que maneira e verificar a viabilidade/rentabilidade do produto; a equipe responsável por executá-la é um dos diferenciais para vencer a concorrência de mercado. Segundo a Associação Brasileira de Startups (ABStartups), no Brasil, há cerca de 2,4 mil startups; o estado de São Paulo é o campeão com 870; a Paraíba conta com apenas 23. Especialistas apontam as políticas governamentais, burocracia e sistema tributário, como os principais obstáculos para a estabilização de startups no país, seguidas pela falta de apoio financeiro, pela falta de capacitação dos empreendedores e falta de infraestrutura.

Nem só de boas intenções estão associados os desenvolvedores do produto. A idealização dele e consequente comercialização visam lucros, dinheiro para girar pelo mercado, e erguer a startup ao nível de empresa. Quem almeja investimentos, busca em pitch, reunião entre investidores e empreendedor, a oportunidade de vender a ideia para, talvez, conseguir recursos financeiros. Outro recurso impulsionador de projetos é o crowdfunding. Determinado projeto exige um determinado valor para ser posto em prática. Os criadores recorrem, então, a sites específicos, divulgam as intenções e pedem ajuda financeira de possíveis doadores. Com a ajuda da internet, rapidamente a ideia se espalha e atinge grande número de doadores em potencial. Muitos projetos sensacionais já foram financiados coletivamente. Porém, dentre as desvantagens, estão a susceptibilidade a plágio e a demanda de um bom número de interessados pelo produto.

Enquanto os Estados Unidos da América apresentam 18,3% dos produtos como inovadores, no Brasil há 0%. Esse problema está associado a uma espécie de cultura nacional que, ao invés de criar uma solução local, adquire-se de outros países, fato que impede a competitividade, pois não há inovação. Para quem busca criar a própria empresa após a formação acadêmica, incentivo e orientação são fundamentais, além da necessidade constante de informatização e aperfeiçoamento técnico do profissional para que novos produtos cresçam em uma terra fértil e, principalmente, brasileira.



Filippe José Gadelha Tertuliano

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A convite do Jornal PET Elétrica, a engenheira eletricista Rachel Suassuna de Medeiros escreveu sobre a turma de 1973, da então Escola Politécnica da UFPB. Confira!




O Professor Dr. Marcelo Sampaio de Alencar destaca, em seu texto, as finalidades do Iecom, as pesquisas, as parcerias e os projetos nos quais está envolvido. Confira!




          








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