A formação do engenheiro no Brasil
Como ocorre a formação de um engenheiro no Brasil e quais as principais deficiências presentes nesse processo?
A vida acadêmica de qualquer estudante universitário é bastante corrida no quesito tempo, independente do curso, sendo uma dificuldade a mais para ser vencida, além dos desafios acadêmicos. No período do Ensino Médio os alunos iniciam sua busca pela opção profissional a ser seguida e, a partir disso, inicia-se o processo de formação de vários profissionais tais como engenheiros, médicos, advogados, arquitetos e demais profissões.
Analisando o perfil de um aluno que busca fazer Engenharia, encontra-se um aluno aplicado que busca se esforçar, possui bons resultados, e ter reconhecimento de professores e de familiares, não obstante, os alunos que almejam fazer Medicina ou Direito, outros dois cursos de grande procura, também apresentam o mesmo perfil, porém existe uma diferença na formação desses profissionais quando inseridos no Ensino Superior.
Os alunos de Medicina entram em contato com um ambiente diferente, com pessoas que se vestem e se comportam de acordo com a identidade de sua futura atividade de trabalho.De modo semelhante, os alunos de Direito encontram professores que se vestem com terno e gravata, são tratados com um maior respeito, que a prática profissional futura recomenda, além de manterem uma identidade visual.
No início da graduação de Engenharia, a maioria os alunos se deparam com uma mudança de resultados, as notas altíssimas alcançadas durante o Ensino Médio dão lugar às notas medianas ou baixas, enquanto o esforço e a carga de estudo se tornam cada vez maiores. Logo, a principal diferença perceptível é o grau de dificuldade elevado, sem a existência de nenhum estímulo comportamental e de nenhuma mudança relacionada à sua imagem que influencie na sua vida profissional futura. Causando desmotivação e baixa-estima para os alunos.
Durante o curso, muitos estudantes de Engenharia são tratados como apenas estudantes e se deparam com uma difícil transição entre a vida acadêmica para a profissional.Após formados os engenheiros só percebem as consequências da negligência de imagem e comportamento, após perderem oportunidades de entrada no mercado de trabalho, visto que a maioria não apresenta o mesmo conhecimento das dificuldades encontradas na sua área de trabalho que, por exemplo, estudantes de Medicina e Direito possuem anos antes de se formarem.
Nesse contexto, tem-se que a formação de um engenheiro deve ir muito além do conhecimento técnico. A inserção do profissional no mercado de trabalho requer o domínio das relações sociais e do conhecimento das dificuldades apresentadas no âmbito de trabalho. Dessa forma pode-se evoluir cada vez mais na formação de engenheiros para o nosso país.
Klynger Renan Menezes Dantas
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