Biossensores: uma alternativa portátil do diagnóstico molecular
Uma tecnologia típica do século XXI, que adequa a eficiência das respostas ao tempo real.
Você provavelmente conhece algum amigo ou parente que tem Diabetes. Apesar de a doença atingir hoje cerca de 7% da população brasileira e de 387 milhões de pessoas no mundo, poucos sabem o que realmente é ou percebem a importância da tecnologia na vida dos diabéticos.
A nova realidade vivida pelo mundo, comparada a 20 anos atrás, requer a obtenção de respostas aos problemas existentes na mesma velocidade em que estes surgem: rapidamente. Devido ao desenvolvimento constante e acelerado, o aparecimento de doenças, problemas ambientais e biológicos que ameaçam a estabilidade da vida, necessitam de processos que reconheçam tais mudanças de forma mais rápida e precisa, afim de serem evitadas ou minimizadas.
Desde o século passado buscava-se por soluções para o impasse do longo tempo de análise de substâncias bioquímicas. Somente em 1962 vários estudos e aplicações foram realizados com o primeiro biossensor proposto, um dispositivo no qual se incorpora um elemento (ex.: uma enzima, um anticorpo, DNA, etc.) para poder medir de modo seletivo determinadas substâncias. É também capaz de interpretar as mudanças químicas produzidas em presença do composto biológico, originando um sinal eletrônico capaz de ser analisado em poucos minutos.
No ano de 2007, foram investidos 10,7 bilhões de dólares na pesquisa e no desenvolvimento de biossensores para várias aplicações (biodefesa, pesquisa médica, monitoramento ambiental, alimentos).
Tal popularidade deve-se às características vantajosas desses dispositivos analíticos: menor tempo de processamento e análise da amostra (de minutos a horas) e um ônus menor, além da possibilidade de integração em um único encapsulamento e de análise em tempo real e no local de medição.
No ano de 2007, foram investidos 10,7 bilhões de dólares na pesquisa e no desenvolvimento de biossensores para várias aplicações (biodefesa, pesquisa médica, monitoramento ambiental, alimentos).
O funcionamento de um biossensor se dá pela integração de uma biocamada, um transdutor elétrico, elementos de condicionamento e processamento do sinal elétrico. O objetivo de um biossensor é produzir um sinal elétrico que é proporcional em magnitude ou em frequência à concentração do analito (elemento que se deseja analisar).
A biocamada, que inclui o elemento biorreceptor, é imobilizada no substrato do biossensor. Os biorreceptores podem ser enzimas, micróbios, organelas, células de animais ou plantas, DNA, entre outras substâncias. O analito, contido na amostra fluídica (gás ou líquido) ou sólida, ao entrar em contato com o biorreceptor imobilizado na superfície do biossensor, produz uma mudança físico-química (variação de calor, índice de refração, resistência, capacitância, etc.) que pode ser identificada por um transdutor elétrico.
O sinal elétrico resultante é então adquirido e processado. O sistema de aquisição, processamento e visualização dos dados informa ao usuário se o analito foi ou não detectado e também informa a quantidade de analito na amostra.
As aplicações desta nova tecnologia encontram-se nas áreas de saúde, de alimentos e no controle do meio ambiente. Bons exemplos, que já se encontram sendo realizados são a medição da demanda bioquímica de oxigênio (um parâmetro que serve para registrar o número de bactérias que existem na água) e a medição da glicose no sangue de pacientes diabéticos.
Para mais informações, acesse: http://naturlink.sapo.pt/Natureza-e-Ambiente/Gestao-Ambiental/content/Nanotecnologias--Biosensores-e-Monitorizacao-Ambiental?viewall=true&print=true
Bárbara Nicoly M. de Oliveira
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