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Tecnologia Maglev: uma proposta real para o transporte urbano brasileiro
Confira uma aplicação da levitação magnética como alternativa para o transporte de massa urbano de alta velocidade.



A levitação magnética tem diversas aplicações em circunstâncias onde o atrito pode ser reduzido ou até eliminado. Uma importante e promissora aplicação é encontrada em sistemas de transporte baseados em levitação magnética (Maglev).

As técnicas de levitação magnética empregadas em sistemas de transporte do tipo Maglev podem ser subdivididas em três grupos:

  • Levitação eletrodinâmica

Neste tipo, um trem viaja ao longo de corredores onde estão instaladas bobinas condutoras fazendo-o levitar após atingir cerca de 120 km/h. Este tipo de levitação necessita do movimento de um campo magnético nas proximidades de um material condutor. Se um material magnético realizar um movimento relativo a uma lâmina condutora, correntes parasitas serão induzidas no condutor. Estas correntes, por sua vez, gerarão outro campo magnético o qual, pela lei de Lenz, irá se opor ao campo criado pelo material magnético. A interação entre os campos gerará uma pressão magnética e, por conseguinte, uma força repulsiva no material magnético. Esta força é a responsável pela levitação do corpo.

  • Levitação eletromagnética

Baseada em eletroímãs instalados no veículo, a levitação eletromagnética consiste na suspensão de um corpo ferromagnético por meio da força magnética de um eletroímã. No corpo em levitação atuam duas forças, a força peso e a força magnética. A resultante destas forças possibilita o deslocamento do corpo na direção vertical ou o equilíbrio.

  • Levitação magnética supercondutora

Baseia-se na propriedade diamagnética dos supercondutores para exclusão do campo magnético em seu interior. Ao ser atingida a temperatura crítica no interior do supercondutor, são geradas correntes que produzem campo magnético, expulsando o fluxo do campo externo.

Em comum, praticamente dispensam o uso de rodas ao fazer com que comboios flutuem sobre os trilhos.

Nesse sentido, no Laboratório de Aplicações de Supercondutores da UFRJ – Ilha do Fundão, uma equipe, sob a coordenação do professor Richard Stephan do Programa de Engenharia Elétrica da Coppe/UFRJ, trabalha no projeto Maglev-Cobra que, entre outros, destaca-se por apresentar: menor poluição sonora, menor consumo energético, menor custo de implantação e manutenção e facilidade à mobilidade nas grandes cidades.

Projeto Maglev-Cobra.
Fonte: Divulgação.

Richard Stephan ao lado do projeto Maglev-Cobra.
Fonte: Divulgação.

O trem com capacidade para 30 passageiros, locomovido através de levitação supercondutora, está instalado em uma linha de demonstração de 200 metros de extensão ligando um dos prédios do Centro de Tecnologia da UFRJ até a sede da Coppe, Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia.

Linha de demonstração do projeto Maglev-Cobra.
Fonte: Divulgação.

Os últimos desenvolvimentos desta tecnologia foram apresentados na 22ª Conferência Internacional sobre Sistemas de Levitação Magnética e Motores Lineares (Maglev 2014) que aconteceu no Rio de Janeiro entre os dias 28 de setembro e 1º de outubro, encerrada com o teste do maglev brasileiro com os maiores especialistas do mundo a bordo.

“O próximo passo seria uma aplicação para um trecho maior, evidentemente depois de ter todo esse processo de certificação efetuado e isso pode ser efetuado aqui, nessa própria linha a gente pode certificar essa tecnologia”, explicou o professor Richard Stephan.

Os testes seguem até 2015, quando o Maglev-Cobra será inaugurado e poderá transportar qualquer usuário que circule dentro da Cidade Universitária. Inicialmente, o veículo fará o trajeto entre os dois centros tecnológicos, mas existe a possibilidade de ampliação para linhas maiores. Ao entrar em operação, o protótipo será avaliado tecnicamente por um órgão ou empresa certificadora, que concederá o aval para a fase de industrialização e implantação comercial.

Desta forma, a levitação magnética não é apenas uma experiência de laboratório, mas uma opção útil e viável para o transporte de massa urbano de alta velocidade.

Para conhecer melhor o projeto, acesse o link:

http://www.maglevcobra.coppe.ufrj.br/



William Pinheiro Silva

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A convite do Jornal PET Elétrica, a engenheira eletricista Rachel Suassuna de Medeiros escreveu sobre a turma de 1973, da então Escola Politécnica da UFPB. Confira!




O Professor Dr. Marcelo Sampaio de Alencar destaca, em seu texto, as finalidades do Iecom, as pesquisas, as parcerias e os projetos nos quais está envolvido. Confira!




          









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