Possivelmente todos já pesquisaram algo no Google e ficaram se perguntando por que o que se procura na maioria das vezes é um dos primeiros links? Por que quando se liga para o atendimento do provedor de internet eles sabem tanto sobre o que eu acesso? Eles têm esse tipo de acesso pois o seu computador é rastreado toda vez que se abre um site com “rastreadores”.

Ao clicar em um site ,este fará com que o seu navegador solicite e armazene cookies ao servidor, os quais servem para auxiliar na sua navegação, mas também dão a possibilidade para o servidor receber a informação de que site está sendo acessado, criando uma “impressão digital”. Então, toda vez que se acessa um site uma pista no servidor é deixada, de forma que, quando o seu endereço de IP solicita vários cookies, o servidor cria um padrão dos temas que você mais gosta, desde de matérias de jornal à sites de relacionamentos.

Essas “impressões” podem ser geradas por anúncios, os quais fazem com que o navegador envie um pedido de um pacote de dados para o servidor. O navegador, por sua vez, gera cookies que serão armazenados tanto no computador, quanto enviados para o servidor. Porém, isso ocorre em um site, mas servidores de anúncios geralmente possuem vários anúncios em locais diferentes. A todo momento em que em um IP se acessa um determinado site, o navegador requisita os cookies “rastreadores” , ou seja, a“impressão digital” do computador em que está sendo acessado o site. Assim o servidor pode montar um padrão de que sites estão sendo visitados, sugerindo ainda, outros que são relacionados a eles no momento da pesquisa. Por exemplo, ao clicar para entrar em um site como o baixaki.com.br, ele não vai poder fornecer quais foram os sites que foram visitados anteriormente. No entanto, nele e em outros sites visitados existem anúncios que estavam todos armazenados em um mesmo servidor. Assim, ele tem acesso ao histórico de IP, podendo informar características do usuário.

Recentemente, os navegadores passaram a ter uma opção de navegação privada onde são salvos os cookies presentes nos anúncios e também foram criadas extensões para que as propagandas não apareçam, como o AdBlock. Contudo, os donos dos servidores encontraram outro meio de se ter a “impressão digital ”, eles passaram a utilizar do navegador os cookies do flash, no qual o modo de janela privada não é excluído, podendo criar de novo o padrão do usuário, mesmo quando ele pensa que não está sendo rastreado e que está seguro.

Tem-se outros meios de saber o que se navega na internet. Um deles seria utilizar um vírus do tipo trojan e conseguir acesso não somente ao navegador, mas a todo o computador. Porém, tal ato já caracteriza o usuário como Hacker e é ilegal, o que os outros métodos mencionados não são, apesar de não serem eticamente corretos.

A privacidade ao se usar a internet é quase inexistente, não adianta mais apagar os cookies e os históricos de navegação, e também não serve usar a janela no modo privativo , o usuário estará sempre sendo rastreado. Isto é o “avanço” da tecnologia nos ajudando, ou não. Tal fato é deixado mais evidente quando vemos um cartoon, publicado em Julho de 1993 no The New Yorker, satirizando o fato de que não se sabe como a pessoa que está utilizando o computador é.

Percebemos que hoje não somente se sabe como a pessoa é, mas do que ela gosta, se está doente, sua opção sexual e outras coisas da vida pessoal.