Matérias‎ > ‎

ed58art2

------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Luz, câmera, inovação!

Projetores de cinema a laser e televisores com ultra resolução, a tecnologia a favor da sétima arte.



Para quem ama a sétima arte, o cinema transcende a razão. Décadas já se passaram desde a primeira projeção de luzes sobre a tela e ainda é possível encontrar olhos tão radiantes quanto o projetor, encantados com a imensidão das tramas sobre a telona. Há quem troque a atmosfera da sala do cinema pelo conforto do sofá de casa, apesar da diminuição significativa das dimensões da tela. Porém, seja onde for, as imagens nunca deixam a desejar quando se assiste às recentes atrações da ciência. A tecnologia, com seus passos largos, conseguiu colorir o preto e o branco desentortar curvas e captar detalhes físicos inimagináveis outrora, valorizando as produções. Os desafios já vencidos na transmissão e reprodução de imagens apenas servem para empurrar os profissionais da área para um espaço mais complexo e difícil de ser implementado. Enquanto, por exemplo, projetores de imagens a laser migram para se tornar realidade, os televisores com ultra resolução, que já foram pensamentos insanos de mentes ousadas, abrilhantam vitrines!

O diretor Quentin Tarantino recentemente tornou-se dono do New Beverly Cinema, lugar conhecido pela transmissão de filmes clássicos em Los Angeles e propõe um ponto fora da concorrência dos grandes cinemas atuais: exibirá apenas filmes em 35 mm, reavivando o prazer da arte nos cinéfilos; nada de digitais. A postura do diretor é uma maneira de manter os filmes de película em circuito em meio ao domínio dos filmes digitais. O cinema digital entrou em cartaz no final dos anos 1990 com o intuito de fornecer boa qualidade de imagem e som com baixo custo de transmissão. Para a exibição das imagens em alta resolução, conta com projetores digitais provedores de brilho e cores, além de áudio, não encontrados nas películas. O armazenamento digital acontece em discos rígidos, tornando o material menos sujeito a condições adversas, ao contrário da película. O projetor digital conta com uma montagem óptica complexa composta por prismas, filtros e dispositivos responsáveis pelas componentes vermelha, verde e azul da imagem e deve decodificar e processar o arquivo para posterior exibição, sincronizando áudio com vídeo. Mas o caçador virou caça e hoje a projeção digital está com dias contados, ameaçada pelos projetores a laser.

Uma matéria na Revista IEEE Spectrum, edição março/2014, aponta os projetores a laser como salvadores da indústria cinematográfica. Dentre as diversas vantagens citadas no uso de laser, está a não limitação física dos equipamentos. Para valorizar a qualidade da imagem é preciso mais brilho no processo, o que exigiria um aumento exagerado do bulbo da lâmpada de arco usado nos projetores. Com o laser, o controle de um feixe sobre uma pequena área associado a um uso eficiente da energia envolvida promove imagens com qualidade superior - é possível reproduzir até 60 por cento das cores perceptíveis ao olhar humano contra os 40 por cento permitido pela tecnologia vigente. Porém, os problemas em implementar esta tecnologia estão no armazenamento do filme. Com o aumento da resolução, mais espaço é preciso no disco podendo atingir a escala tera em oposição aos gigabytes de hoje, o que ampliariam custos e dificultaria a popularização do equipamento.

A preocupação de Tarantino em manter vivo um cinema com filmes sem toques digitais pode ser justificada, segundo ele, pelo fato de que, com as projeções digitais, as pessoas vão ao cinema apenas para ver um DVD como em casa, só que rodeados por estranhos em uma sala diferente da deles. As televisões tornaram-se bem mais que uma mera TV, ficaram smart, com imagens tão radiantes quanto as exibidas nas telonas. O Full HD, com seus 1920x1080 pixels, logo entrou em promoção dando espaço agora para as 4K, televisores com até quatro vezes mais pixels (3840x2160p), permitindo dimensões bem maiores da tela sem perda da qualidade do vídeo. E o presente já conta com a tecnologia 8K (7680x4320p), oito vezes melhor que a HD! Sim! É muito avanço em pouco tempo. Pobres emissoras de TV que mal acabaram de implementar a transmissão HD e já estão ultrapassadas.


Filippe José Gadelha Tertuliano

    _________________________________________________________________________________________

Comentários












A convite do Jornal PET Elétrica, a engenheira eletricista Rachel Suassuna de Medeiros escreveu sobre a turma de 1973, da então Escola Politécnica da UFPB. Confira!




O Professor Dr. Marcelo Sampaio de Alencar destaca, em seu texto, as finalidades do Iecom, as pesquisas, as parcerias e os projetos nos quais está envolvido. Confira!




          








Comments