Competições Universitárias
Oportunidades de crescimento pessoal e acadêmico estão sempre presentes na graduação. Conheça algumas delas!
Hoje, para que um aluno saia da universidade como um profissional completo, é necessário que os limites do seu conhecimento sejam maiores do que as paredes das salas de aula. Além dos reconhecidos projetos de iniciação científica e estágios, as competições universitárias desempenham um ótimo papel no crescimento pessoal e acadêmico dos estudantes.
Uma dessas competições é a American Solar Challenge. Nela, times de futuros engenheiros são desafiados a projetar e construir um carro movido à energia solar para uma corrida de quase 3000 km. Desafios como este colocam os participantes mais próximos da realidade de um engenheiro.
“Junto aos meus colegas, eu tive de calcular riscos, consertar defeitos, tomar decisões e manter uma visão otimista frente aos obstáculos e adversidades”, disse a ex-petiana de Engenharia Elétrica-UFCG, Paola Furlanetto, que participou do American Solar Challenge, em 2012, representando a Iowa State University.
No Brasil existem desafios parecidos, como o Baja SAE, que também permite ao aluno aplicar na prática os conhecimentos adquiridos em sala de aula, melhorando sua qualidade acadêmica e abrindo portas no mercado de trabalho. No projeto Baja SAE, os alunos são responsáveis por construir modelos off-road. O resultado é calculado a partir das características técnicas, conformidade com o projeto e de uma corrida entre os participantes. Com o apoio de empresas, a SAE Brasil também é responsável por outras provas como Aerodesign e Formula SAE.
Desafio Baja.
Além dessas oportunidades, existem as Olimpíadas Científicas, que, pelo caráter desafiador, promovem uma maior dedicação voluntária aos estudos por parte dos alunos e professores que os orientam em um grande reforço para a educação. Essas Olimpíadas conseguem dar visibilidade nacional e internacional aos participantes, colocando-os em contato direto com importantes profissionais e instituições da área e revelando talentos. Sejam de Química, sejam de Matemática, as Olimpíadas sempre prezam pelo raciocínio lógico e fazem com que o aluno deixe para trás fórmulas decoradas e passe a pensar por si só.
Grandes cientistas reconhecem a importância dessas provas e um deles é o brasileiro Artur Ávila, ganhador da Medalha Fields em 2014, que deu os seus primeiros passos na matemática por meio de olimpíadas na época de escola. “O programa de Olimpíadas já exerce um papel importante para a parte criativa da matemática. Geralmente, um problema é os estudantes terem a impressão de que matemática é algo muito chato, óbvio, só aplicação de fórmula. É importante expor toda essa criatividade, característica de toda pesquisa em matemática, com que você já tem contato fazendo as Olimpíadas de Matemática.”, afirmou o brasileiro em entrevista concedida a “Época”. Já ao site "G1", confirmou: “No meu caso, as olimpíadas tiveram papel muito importante, foi essencial, aconteceu num momento apropriado e não poderia ter funcionado melhor. Sou muito agradecido por ter tido essa oportunidade.”. Dentre os prêmios conquistados por Artur estão bronze e três ouros na Olimpíada Brasileira de Matemática, prata na Olimpíada de Matemática Cone-sul, Prêmio da Sociedade Matemática Europeia, e muitos outros.
Já outros desafios reconhecidos, como o Prêmio Jovem Cientista, NASA Robotic Mining Competition, Go Green in the City, Desafio Sebrae etc., que, além de toda experiência do decorrer, premiam os ganhadores com bolsas de estudo, viagens e dinheiro.
Vale salientar que o capital privado tem um papel importante no patrocínio dessas competições. Mais do que permitir a participação do estudante, esse patrocínio é um investimento na futura mão de obra tecnológica que trará desenvolvimento tanto para as empresas como para o país.
Percebe-se, então, a quantidade de desafios e oportunidades ao alcance dos estudantes. Por meio deles é possível fazer diferença em qualquer escala. Cabe a cada um buscar e perseverar.
Agradeço pela colaboração da ex-petiana Paola Furlanetto.
Humberto de Brito Rangel Neto
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