Com a ascensão e popularização da internet, a forma como os estudantes estudam mudou significativamente. Os alunos de hoje encontram no youtube uma infinidade de vídeo aulas que, segundo eles, podem ajudar a sanar e a aprender o conteúdo visto da maneira tradicional.

Essa metodologia não é tão recente. No Brasil, o programa Telecurso foi criado no ano de 1978 com finalidade de ensinar, via televisão, conteúdos do segundo grau para a parcela da população que ainda não tinha o segundo grau completo. Se procurarmos bem, podemos encontrar filmes da época da Segunda Guerra Mundial produzidos pelo governo americano visando ensinar para os soldados o manuseio de equipamentos de combate. A única diferença para os tempos de hoje é a praticidade em encontrar o material, que pode ser visto a qualquer hora.

Não é raro encontrar alunos que têm dificuldades em aprender a matéria por conta da má didática do seu professor. As vídeo aulas são extremamente eficazes nesse quesito, pois possibilitam suprir essa falha e tornam o aprendizado melhor para quem as assiste.

Não se pode negar que vídeo aulas também tornam o aprendizado mais prático, tendo em vista que o estudante pode pausar, voltar ou assistir quando tiver disponibilidade. Entretanto, essa comodidade poderia gerar resultados negativos a longo prazo?

O uso desse recurso tem se tornado cada vez mais frequente entre os estudantes e essa prática tem desestimulado a leitura convencional de livros didáticos. Quando o aluno opta por assistir a uma aula ao invés de ler um capítulo do livro, ele está sujeito a deixar de estudar muitos conteúdos que não são abordados pelo vídeo. Além disso, na busca por um vídeo mais rápido, os alunos acabam por optar por um vídeo que ensine como se dar bem na prova sem embasamento teórico, visando apenas memorização de fórmulas e datas.

A avalição positiva ou negativa das vídeo aulas varia bastante de estudante para estudante. Enquanto para alguns não há condições de estudar sem ver ao menos um vídeo, para outros é vista como uma total perda de tempo. Se o método é útil ou não, é muito relativo, mas é importante que o aluno tenha consciência de que o processo de aprendizagem não é instantâneo.