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57 Anos da Corrida Espacial - Da rivalidade à cooperação
Há mais de meio século a cooperação entre EUA e Rússia, para a exploração espacial, era inimaginável. Hoje, esta parceria existe e engloba mais nações, inclusive o Brasil.



       Após o término da Segunda Guerra Mundial, com a vitória dos Aliados, formados pelas três maiores potências bélicas da época – Estados Unidos da América (EUA), União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) e Inglaterra -, o mundo se viu dividido entre duas grandes ideologias. De um lado o capitalismo, defendido pelos EUA, do outro, o socialismo, propagado pela URSS. Na tentativa de mostrar ao mundo qual sistema econômico era melhor, deu-se início à Guerra Fria. Um embate muito mais filosófico e científico do que bélico.

Pode-se dizer que o ápice dessa disputa começou no dia 4 de outubro de 1957, quando os russos lançaram o primeiro satélite artificial da Terra, o Sputnik 1, dando início à Corrida Espacial. Apenas um mês depois, os soviéticos ousaram ainda mais e levaram ao espaço o primeiro ser terráqueo, a cadela Laika. Como resposta, os EUA criaram a National Aeronautics and Space Administration ou Administração Nacional da Aeronáutica e do Espaço (NASA), que viria ser a maior agência espacial do mundo. A partir daí, o conflito apenas se intensificou; Yuri Gagarin versus Neil Armstrong era na verdade URSS versus EUA.

Cadela Laika momentos antes de ir ao espaço.

Finalmente, em 1969, os EUA tomaram a liderança, virando o jogo contra a URSS, que havia sido pioneira na exploração do espaço. Os norte-americanos ganharam a corrida por meio da Apollo 11, missão que foi capaz de levar um grupo de astronautas à Lua e trazê-los novamente para a Terra em segurança.

Chegada do homem à Lua.

Com o fim da URSS em 1991, acabou-se a Guerra Fria e, consequentemente, chegou ao fim a Corrida Espacial, porém as pesquisas espaciais continuaram. Uma nova página da história era escrita: os antigos adversários começavam uma parceria para explorarem o Espaço, juntamente com outras nações. Segundo o Prof. José Leonardo Ferreira, do Instituto de Física da Universidade de Brasília (UnB), os motivos para a cooperação são claros: “Os investimentos na área são muito altos e ninguém detém toda a tecnologia. Por isso a cooperação aumentou. A mudança no tabuleiro econômico e a crise tornaram os investimentos mais enxutos”- portal de notícias Terra.

A maior conquista e marco dessa parceria foi a International Space Station ou Estação Espacial Internacional (ISS), cuja montagem em órbita começou em 1998 e foi finalizada em 2011. A ISS é um laboratório permanente no espaço, que dá suporte a diversos programas espaciais e abriga astronautas.

International Space Station - ISS

Atualmente, os países asiáticos vêm ganhando cada vez mais espaço na nova corrida espacial. A China está construindo a sua própria estação espacial que deve ficar pronta na próxima década. Os chineses pretendem, também, enviar uma missão tripulada à Lua. Outro gigante asiático que se destaca neste cenário é a Índia, com planos de explorar o planeta Marte. Lembrando que nove dos países que já lançaram satélites em órbita, cinco são da Ásia.

O Brasil não se abstém do desejo de explorar o espaço também. Nosso país mantém uma parceria com a China, desde 1988, intitulada Programa CBERS (China-Brazil Earth Resources Satellite ou Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres). Neste projeto, cada país desenvolve parte dos equipamentos para montagem de satélites de sensoriamento remoto, com cronogramas em comum.

Diferentemente de como tudo começou, muitos países agora são enfáticos ao afirmar que desenvolvem seus programas espaciais com fins pacíficos. Muitos são contrários à instalação de armas ou qualquer tipo de corrida armamentista espacial, dando preferência às parcerias de exploração espacial conjunta. Espera-se, então, que tenhamos nas próximas décadas poderosas ferramentas que nos auxiliarão a compreender melhor o universo no qual estamos inseridos.


Danilo Pequeno

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A convite do Jornal PET Elétrica, a engenheira eletricista Rachel Suassuna de Medeiros escreveu sobre a turma de 1973, da então Escola Politécnica da UFPB. Confira!




O Professor Dr. Marcelo Sampaio de Alencar destaca, em seu texto, as finalidades do Iecom, as pesquisas, as parcerias e os projetos nos quais está envolvido. Confira!




          











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