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Síndrome X, a possível fonte da juventude
Uma doença que possui origem e tratamento desconhecidos, mas que proporciona um estudo para frear o envelhecimento, essa é a Síndrome X.



           “O curioso caso de Benjamin Button” talvez tenha chamado a atenção da maioria das pessoas que o assistiu ou que ficou sabendo da sua história. Quem viu o filme, com certeza se fascinou com a vida da personagem principal, que, quanto mais envelhecia, mais nova aparentava ficar. Envelhecer e permanecer jovem é, possivelmente, um dos maiores sonhos do homem, que agora, mais do que nunca, está sendo estudado, levando em consideração uma doença muito rara, em que bebês não conseguem se desenvolver fisicamente, nem mentalmente.

Essa doença, ainda sem nome, mas denominada por alguns de “Síndrome X”, foi encontrada apenas em meia dúzia de pessoas ao redor do mundo, a maioria delas é do sexo feminino. Três casos foram estudados pelo Dr. Richard Walker de uma universidade do Sul da Flórida, que dedicou parte da sua vida para entender o envelhecimento e encontrar uma forma para que ele pudesse ser parado e, nesse estudo, ele observou um grande potencial de solução.

Um dos casos foi o de Gabrielle Williams, que possui dez anos de idade, com uma aparência de bebê. Ela possui pouco mais de cinco quilos, mede em torno de sessenta centímetros e só usa roupas para recém-nascidos. A única atividade que ela consegue desenvolver sozinha é se sentar, sendo incapaz de comer ou falar.

Gabrielle Williams com os pais

Outro caso foi o de Brooke Greenberg, que faleceu ano passado, aos vinte anos. Seu corpo tinha idade óssea de dez anos, mas a mental era de apenas um. Ela pesava em torno de sete quilos e media setenta e seis centímetros, conseguia reconhecer seus pais, mas, assim como Gabrielle, não realizava atividades básicas como andar ou falar.

Brooke Greenberg à esquerda.

E o menos conhecido caso é o de Nicky Freeman, de quarenta e três anos, que se assemelha a um garoto de dez anos tanto fisicamente quanto mentalmente. Ao contrário das “bebês”, Nicky consegue desenvolver algumas atividades básicas, como caminhar, andar de cavalo, mas não consegue enxergar e falar e hoje, vive em um lar para adultos deficientes, contando sempre com a ajuda de sua mãe.

Nicky Freeman

Walker acredita que a causa dessa doença esteja relacionada a alguma mutação genética, mas todos os exames que ele havia feito com seus pacientes deram negativo. Mesmo assim, continua estudando e tentando encontrar em que possíveis genes estaria essa mutação, que interrompe o crescimento físico e mental dos portadores.

Caso os estudos sobre essa doença sejam intensificados e os pesquisadores consigam entender o seu funcionamento e a partir daí controlá-la, futuramente, poderão surgir tratamentos para esses portadores. E o sonho do homem de não envelhecer, talvez, seja realizado, pois o envelhecimento seria controlado e, então, freado. Um sonho distante, mas não impossível. Será que daqui a trinta anos você estará lendo essa matéria em um corpo de vinte?

Daniel Abrantes Formiga

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