A História do Curso
Saiba como foram os primeiros anos do curso de Engenharia Elétrica da UFCG e como foi adquirida cada estrela.
O surgimento do Curso de Engenharia Elétrica da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) está associado à fundação da Escola Politécnica da Paraíba no ano de 1954. A POLI, como era chamada pelos alunos e professores, fazia parte de uma das cinco Escolas agregadas da Universidade Estadual da Paraíba e oferecia apenas o curso de Engenharia Civil.
Anos mais tarde, em 1960, por medidas estabelecidas pelo então presidente da república Juscelino Kubitschek, a Universidade Estadual da Paraíba foi federalizada passando à se chamar Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Com essa nova estrutura, a cidade de Campina Grande contava com a Escola Politécnica (POLI) e a Faculdade de Ciências Econômicas (FACE).
A necessidade de expandir a opção de cursos disponibilizados pela POLI acarretou na proposta do vice-diretor da escola, professor Lynaldo Cavalcanti de Albuquerque, em criar duas novas graduações: a de formação de engenheiros eletricistas e a de engenheiros mecânicos. A proposta de Lynaldo priorizou a criação do curso de Engenharia Elétrica. Pouco tempo depois, em 1963, foi designada uma comissão com o objetivo de estruturar o que viria a ser a primeira grade curricular do curso.
Em abril do ano de 1963, o curso foi autorizado pelo Conselho Universitário e nesse mesmo ano foi realizado o primeiro vestibular para ele. Desta forma, foram aprovados dezesseis candidatos para cursar o primeiro período. Além destes, outros dois alunos de Engenharia Civil aproveitaram disciplinas necessárias e foram transferidos para o terceiro ano de Engenharia Elétrica.
A evolução e o pioneirismo do curso nos anos iniciais são creditados, principalmente, à política adotada pelo diretor da Escola Politécnica, Lynaldo Cavalcanti, ao longo dos seus sete anos à frente do cargo, de 1964 a 1971.
A busca por um corpo docente de qualidade se deu ainda no começo do curso. Os primeiros professores que compunham o corpo tinham todos formações em escolas militares de alto padrão: Wilson Gonçalves de Almeida e Renato (cujo sobrenome não foi encontrado), oriundos do Instituto Militar de Engenharia (IME) juntamente com José Rezende Pereira Neto, oriundo do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), o qual seria o primeiro chefe do departamento do curso de Engenharia Elétrica.
Os demais professores necessários foram contratados em visitas anuais do diretor da escola ao ITA. Durante os anos de 1964 e 1966, foram feitas estas visitas, visando contratar futuros professores dispostos a lecionar no recém criado curso de Engenharia Elétrica; esses seriam conhecidos como os “iteanos“.
Em 1970, foi criada a pós-graduação do curso de Engenharia Elétrica, que foi de fundamental importância para expansão da graduação e reconhecimento da POLI. A partir de então, foram iniciados os convênios com grandes universidades da Inglaterra, Canadá, Alemanha e França. Nesses convênios vieram professores de fora que realizavam a troca de experiência com o corpo docente local, elevando a qualidade de ensino no curso.
No ano de 1974, a Universidade Federal da Paraíba criou o Centro de Ciências e Tecnologia (CCT) em Campina Grande, absorvendo a Escola Politécnica, a Faculdade de Ciências Econômicas de Campina Grande e a Escola de Agronomia de Areia. Esse período durou apenas quatro anos (1974 – 1978). Foi um intermédio até que a antiga POLI fosse elevada à categoria de Campus II da Universidade Federal da Paraíba.
Por muito tempo assim permaneceu até que o denominado campus II da UFPB fosse desmembrado, dando origem à Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). Embora esse fato tenha repercutido em todos os cursos que aqui existiam, o curso de foram os cursos de Engenharia Elétrica e Ciências da Computação que sofreram uma significativa mudança: a criação do atual Centro de Engenharia Elétrica e Informática (CEEI).
O resultado de todos esses anos de evolução é refletido no grau de excelência do curso. As últimas premiações demonstram esse fato: cinco estrelas na revista Guia do Estudante da editora Abril desde 2008 e a oitavo colocado no ranking das universidades pela Folha de São Paulo em 2013.
Essa matéria foi realizada com base no material disponibilizado por professores e funcionários do departamento, sendo estes de muita importância para o resultado final.
Hugo Gayoso Meira Suassuna de Medeiros
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