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O lado cinza das Nuvens Digitais
Conheça as "Nuvens Digitais", tecnologia que nos permite acessar, de qualquer lugar, dados e programas salvos em servidores. Suas consequências ao ambiente e no nosso dia a dia.



           Antes de falar sobre as “nuvens”, vamos entender o que elas são. A nuvem digital é o que nos permite acessar, de qualquer lugar, dados e programas salvos em servidores. Essa tecnologia surgiu da evolução do armazenamento de dados que vem desde sistemas que não ofereciam memória, passando por disquetes, CDs, HDs e chegando hoje nos “Servidores Cloud”, enormes bancos de dados invisíveis ao usuário. Apesar do termo não ser tão comum, e de muitas pessoas ainda pensarem que há alguma relação com o clima, a Computação em Nuvem é hoje tão necessária quanto a própria internet. Ações cotidianas, como checar e-mails, fazer uploads de vídeos ou fotos, acessar sites, redes sociais ou realizar operações bancárias, são possíveis graças a esses Data Centers.

O crescimento rápido dessa tecnologia possibilitou benefícios, dentre os quais se destaca a diminuição do uso do papel. Porém, por sua complexidade, alguns problemas ainda encontram-se pendentes de solução. Um dos maiores refere-se ao uso de energia elétrica e aos efeitos das emissões de carbono no meio-ambiente.

Para manter os servidores em funcionamento e preparados para possíveis picos de uso, sem que haja uma queda no desempenho dos sites/serviços, é necessário que eles trabalhem em máxima performance, mesmo que os dados não estejam sendo solicitados. Diferentes empresas apresentam diferentes números, mas em média, apenas de 6% a 12% da eletricidade é efetivamente utilizada no fluxo de dados. Além disso, grande parte desses Centros funciona nos Estados Unidos, país que depende do carvão mineral — fonte não renovável — para a geração de energia.

Em escala global, o consumo de energia dos mais de 30 milhões de data centers ultrapassa o de países como Brasil, Alemanha ou França. Pode-se assim ter uma ideia das consequências que mudanças referentes à eficiência e novas fontes de energia teriam. E as responsabilidades recaem sobre todos, não só sobre as empresas. Um exemplo é que falhas, mesmo rápidas, de serviços não essenciais têm na mídia e usuários grande repercussão. Assim, para preservar o nome da empresa, prioriza-se um site sempre on-line ao invés de uma diminuição na conta energia. Outro exemplo é que a demanda desnecessária se tornou a propaganda, como e-mails que incentivam o acúmulo, citando constantemente que apenas 0,2% dos 30GB de memória disponível estão sendo usados.

Como já foi dito, esse sistema de informações e dados é novo e complexo. As soluções não são simples, individuais ou imediatas. Todavia, alguns deveres podem melhorar a situação: cabe às nações prover infraestrutura tecnológica sustentável e criar/consolidar as leis ambientais. Às empresas, como já algumas têm feito, migrar para países onde a eletricidade é mais barata e seu processo de geração menos impactante e investir em tecnologias como algoritmos capazes de “prever” a necessidade em tempo-real. E aos usuários, tentar ao menos entender o mundo que existe depois do cabo de internet. Dessa forma fica mais fácil conciliar as nuvens (digitais) com um céu mais azul!


Humberto Brito

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