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Nanotecnologia: mais uma promessa da ciência
A promissora nanotecnologia saiu dos laboratórios e invadiu a sociedade rapidamente. Confira algumas aplicações desse novo fruto da ciência.


Desde as primeiras ideias de átomo na Antiguidade até o presente, muito já foi pensado, dito e feito quando o assunto é a dimensão dos materiais. Com o átomo já desbravado e com o surgimento da eletrônica, as mentes envolvidas com essa área mantiveram a preocupação e a busca incessante pela otimização, compactação e aperfeiçoamento das tecnologias, levando os estudos a dimensões cem mil vezes menor que o diâmetro de um fio de cabelo: a escala nano. Em meados do século XX, a nanotecnologia ganhou seus primeiros contornos e, hoje, já não vive apenas nos laboratórios e beneficia diversos setores da sociedade – só não dá para vê-la a olho nu.

A palavra chip é umadas que mais remete à dimensão nanométrica – talvez por estar mais acessível às pessoas. Nesse circuito integrado, milhões e milhões de transistores, dispositivos eletrônicos feitos de material semicondutor, são conectados de forma a cumprir funções específicas com uma dimensão mínima. Um dos problemas no desenvolvimento dessa tecnologia é realizar a ligação entre os milhões de transistores, além de limitações físicas ligadas aos tipos de materiais e processos de fabricação – questões relacionadas à temperatura e propriedades diferentes das analisadas macroscopicamente, por exemplo.

O setor fármaco se destaca no uso da nanotecnologia, fazendo organismos microscópicos enfrentarem “alguém” do tamanho deles. Um exemplo é o uso do tungstato de prata no combate a uma superbactéria muito comum em ambientes hospitalares: quando em meio úmido, filamentos de prata no minúsculo material reagem, produzindo radicais livres responsáveis por alterar o metabolismo da membrana protetora das bactérias e causar a morte desses seres. Apesar dos benefícios apresentados pelo uso de nanomateriais, há a preocupação com os efeitos que podem surgir com o uso de produtos dopados com esse tipo de tecnologia. E, apesar do ainda não completo conhecimento sobre o efeito nos organismos, sabe-se que fatores ligados ao período de exposição, à quantidade e ao perigo de reação de cada elemento, devem ser observados.

Além das inúmeras já conhecidas aplicações da nanotecnologia, muitos estudos estão focados em ampliá-las. Há pesquisas voltadas para otimizar as fontes renováveis de energia com nanomateriais, como o uso de nanopartículas metálicas na melhoraria da eficiência das células fotovoltaicas. Há também estudos para a agricultura, baseados no embarque de materiais minúsculos em vegetais, fazendo-os absorver mais elementos nutritivos. Promessas não faltam.

Os cientistas tem diminuído as dimensões e otimizado tecnologias, mas também tem ganhado muitas preocupações com relação aos cuidados e atenção no manuseio do novo fruto da ciência. Só resta esperar pelo desenvolvimento das próximas atrações e não demorará muito para que o conhecimento sobre esse tema seja ampliado. Tema que, por sinal, só tem de pequeno o tamanho.

Filippe José Gadelha Tertuliano
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A convite do Jornal PET Elétrica, o Prof. Edmar tece comentários a respeito de sua experiência no exterior. Confira!


 


O Professor Dr. Waslon Terllizzie Araújo Lopes fala sobre suas áreas de atuação, descreve o instituto ao qual está vinculado e comenta sobre seus projetos de pesquisa em andamento. Confira!





                         








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