Edifício Eletricamente Vivo
Uma extensão da Torre Sul em Södermalm, Estocolmo, apresenta uma nova forma de conversão de energia, utilizando da tecnologia piezoelétrica e da energia eólica.
Ideias inovadoras surgem todos os dias ao redor do mundo, principalmente, em termos de geração de energia elétrica. Em Södermalm, Estocolmo, temos uma prova visível disto que é exatamente a extensão da Torre Sul, uma construção que mixa uma estrutura visual bastante atrativa a um funcionamento tecnológico bastante interessante.
O projeto do BelatchewArchitects busca dar à torre suas dimensões originais, projetada a priori, e ainda explorar novas tecnologias que possam ser empregadas em outros edifícios e torres, com a finalidade de criar um futuro parque eólico urbano.
Utilizando da chamada tecnologia piezoelétrica, a qual é baseada na capacidade que alguns cristais possuem de gerar uma certa tensão elétrica como resposta a uma pressão mecânica exercida sobre os mesmos.
Tendo conhecimento de tal tecnologia, o Belatchew Architects utilizou de um grande número de filamentos, cerdas anexas à torre, o que possibilitaria a geração de energia elétrica através de pequenos movimentos gerados pelo vento. Isso foi algo bem oportuno, uma vez que usando desta técnica, todo e qualquer edifício, seja este antigo ou novo, é potencialmente transformável numa unidade de geração de energia elétrica, desde que apresente uma altura significativa.
Esse projeto tem vantagens sobre as turbinas eólicas tradicionais, devido ao fato de não causar perturbação a vida animal e aves. E, também, por ele operar com baixo fluxo de ventos.
O Belatchew Architects trabalha no Belatchew Labs, laboratório no qual o foco são projetos experimentais, nos quais o objetivo central é exatamente testar novas soluções para questões urbanas e arquitetônicas, de forma que os projetos desenvolvidos por eles normalmente sejam considerados visionários por natureza.
Outro ponto oportuno a ser ressaltado é que o projeto não se preocupou apenas com a parte técnica e sustentável, que seria a conversão de energia eólica em elétrica, mas ainda com a parte visual de toda a torre. Quando em funcionamento, o design atribuído faz com que a torre assemelhe-se a um corpo respirando, além de que a fachada da mesma aparenta sofrer constante mutação devido ao movimento das cerdas. Essa aparência é intensificada à noite, quando a iluminação existente conta com uma variedade de cores.
A parte superior da torre, além de produzir energia elétrica, também é um lugar para onde os moradores da cidade têm a oportunidade de desfrutar da vista inigualável.
Lucas Candeia Medeiros Maia
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