Sete dicas para uma melhor programação em C
Conheça dicas que vão te ajudar nos desafios de programação.
O Grupo PET-Elétrica realizou recentemente o Minicurso de Introdução à Linguagem C, que ocorre uma vez em cada período letivo. Com isso em mente, aqui estão algumas dicas que podem ajudá-lo nos diversos projetos de programação propostos durante a vida.
1 – Planeje antes de escrever. Um bom código sempre começa com a concepção da ideia com alto grau de liberdade em relação ao código em si. Se um problema oferecer desafios como ordenações ou buscas de formas exóticas, por exemplo, é possível pensar em toda a estrutura do problema e trabalhar logicamente sobre o requerido antes de transferir para a linguagem de programação.
2 – Dividir e conquistar. Qualquer problema grande de programação pode ser divido em blocos ou módulos menores. Cada um desses pode ser trabalhado individualmente para que funcione e, após estarem funcionando, eles podem ser otimizados um a um. Neste aspecto, as linguagens de programação utilizam o conceito de função para dividir uma tarefa menor (e até agrupar tarefas menores em uma só). Analogamente, há as classes e métodos para linguagens orientadas a objetos e os módulos das linguagens de descrição de hardware.
3 – Pesquise quando necessário. Durante a criação de um programa, muitas dúvidas e limitações surgem no código. Às vezes é a incapacidade de extrair determinado tipo de dado de determinado dispositivo de entrada, ou então como tratar um dado extraído. A linguagem C é uma linguagem de programação já bem consolidada e muito utilizada por várias pessoas ao redor do mundo para diversas aplicações. Sendo assim, há diversos fóruns que discutem perguntas técnicas ou pedagógicas. Sempre que possível, consulte novas fontes e busque alternativas mais eficientes para fazer a sua tarefa. Talvez em uma dessas pesquisas você encontre um algoritmo novo para solucionar o problema que também possui menor custo computacional.
4 – Escreva o problema em pseudocódigo. Fluxogramas e pseudocódigos são ferramentas muitas vezes subjulgadas. O uso delas permite que o usuário expresse logicamente seus pensamentos para resolver o problema e identifique os passos necessários para tal. A partir daí, as possibilidades para escrever o código propriamente são inúmeras; então é bom, sempre que possível, começar a escrever ou pensar em pseudocódigo. O pseudocódigo é uma linguagem pouco formal feita para ser o meio-termo entre a sua língua nativa e a linguagem de programação: o que importa nela é o conteúdo, e não tanto a forma. Seguindo todos os passos mencionados até agora, o problema será pensado, depois divido em blocos menores, que serão implementados de certa forma. Caso essa forma não esteja clara, a pesquisa pode ser aplicada, levando em conta o pseudocódigo pensado ou escrito.
5 – Interprete o código (fuja do F9). Para a IDE mais utilizada pedagogicamente, a DevC++, o botão F9 representa a função “compilar e executar”, o que significa que o código escrito passa por um teste de sintaxe, é compilado, e já executa em sequência. A vantagem que é ganha com o tempo em que essas ações são feitas é o mesmo que se perde por não analisar o código previamente. Muitas vezes são apontados diversos erros de compilação menores, como ausência de certos caracteres especiais ou erros de digitação simples. Outras vezes, no entanto, o erro não está na escrita do programa, e sim em sua execução. Essas falhas são dificilmente notadas pelo usuário, pois o programa executa perfeitamente, mas podem ser prevenidos pela leitura do código. A linguagem C é sequencial e, salvo pelo uso de funcionalidades depreciadas pela linguagem, não salta de um ponto a outro sem lógica. Isso quer dizer que uma leitura do código linha a linha de cima a baixo irá mostrar o funcionamento esperado do programa antes de executá-lo. Com isso, você ficará mais familiarizado com o programa lido, seja ele seu ou de outro programador, e acabará dominando ainda mais a arte de programar.
6 – Simplifique o possível. O aumento na capacidade de memória e processamento dos computadores tem feito com que muitos programadores inexperientes não levem em consideração questões de otimização no projeto. Dependendo da aplicação, alguns dados precisarão ser guardados em memória ou não; outros precisarão tão somente ser adquiridos e escritos no próprio disco-rígido sem necessidade de um espaço reservado de memória existindo durante todo o programa. O ponto ótimo da simplificação está quando o código está bem enxuto e, ao mesmo tempo, facilmente legível para outra pessoa.
7 – Pratique. Saber de todas as funções e bibliotecas existentes pode ser muito valioso para um bom programador, mas o que há de mais importante é ter prática e pensamento lógico para resolver problemas novos, que é justamente o papel natural de um bom programador ou engenheiro!
Danilo B. Cavalcanti
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