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Um pouco sobre cinema
Para os curiosos e cinéfilos, aqui vai um pouco sobre a sétima e maravilhosa arte. Do passado de engenhocas às telonas cheias de efeitos especiais, a indústria cinematográfica sempre fascinou os olhos do homem e agora conta com um artifício a mais: os óculos 3D.


As férias nos dão um bom descanso e a oportunidade de fazer muitas das atividades escanteadas pelo agito semanal de trabalho. Uma das opções para saciar nossa ânsia por diversão é ir ao cinema. A sétima arte sempre maravilhou o homem, colocando ideias, sons e sonhos em movimento; frames que iludem o nosso cérebro e estimulam a imaginação. Hoje, a simplicidade de outrora dá espaço a uma indústria ambiciosa, lucrativa e mais próxima do público com a Realidade Virtual, conhecida como 3D. Essa tecnologia moderna impõe uma fascinação impressionante – quando bem feita –, mas gera a dúvida sobre seu uso: como, quando e onde os cineastas devem aplicá-la?

De uma invenção à outra, espécies primitivas de câmeras filmadoras e de projetores passaram pelas mãos de Joseph-Antoine Plateau, de Thomas A. Edison até pousarem, em 1895, nas dos irmãos Louis e Auguste Lumière, desenvolvedores do Cinematógrafo, uma versão mais aperfeiçoada. Poucos anos depois, o francês Georges Mèliés (foto ao lado) consagrou como arte o cinema. Usando artifícios artesanais – pintava os quadros dos rolos de fita com lápis de cor, gerando filmes coloridos, por exemplo –, ele desenvolveu a base dos efeitos especiais e produziu mais de 500 filmes; mágico, literal e subjetivamente.

Muitos outros gênios do cinema surgiram após Mèliés: ficamos mudos com a grandiosidade de Charlie Chaplin, vimos o existencialismo pelas lentes de Ingmar Bergman, rimos e choramos com os personagens das obras de Pedro Almodóvar, viajamos por Nova Iorque guiados por Woody Allen... As transformações vividas pelo cinema, sempre que inauguradas, deixaram o público ansioso e boquiaberto. A passagem do preto e branco para o colorido, das expressões sem voz para a musicalidade das pregas vocais, do plano para a ilusória terceira dimensão são exemplos de momentos intrínsecos das salas de cinema.

Em 2009, pudemos vislumbrar o surgimento do novo “queridinho” da indústria cinematográfica, o 3D. Foi depois de “Avatar”, produção de James Cameron, que Holywood, insaciável por inovação e dinheiro, ganhou mais uma forma de lucrar e fascinar; a nova tecnologia passou a ser usada em filmes inéditos e em obras memoráveis, que foram reexibidas. Mas como aquilo era possível? Nem nos sonhos mais loucos de Tim Burton, em tempos remotos, hominídeos azuis poderiam saltar da tela em nossa direção! A ciência explica. 

O cérebro humano capta duas imagens e as alinha, causando efeitos de profundidade ou projeção do plano. Cada lente dos óculos especiais filtra a componente da imagem duplamente composta proveniente da tela – no modelo clássico de 3D, o Anáglifo, a lente vermelha impede a passagem do tom ciano, enquanto a lente azul filtra o vermelho; noutro modelo 3D Polarizado, ângulos diferentes são filtrados, cada olho enxerga a imgem com angulações diferentes. Nos passos velozes da ciência, em breve largaremos os óculos para admirar estes efeitos; não serão mais precisos, pois uma barreira será posta entre a tela e os olhos do observador, e esta barreira será responsável por fazer com que cada olho receba uma imagem com uma pespectiva diferente e o cérebro fará o alinhamento das duas imagens

Há quem critique o uso da tecnologia. É certo que em certas ocasiões ela com certeza poderia ter sido excluída. Contudo, basta uma boa técnica de direção e arte para que se faça um efeito bem-vindo. É o que acontece com o mais recente agraciado com essa tecnologia, o filme “As aventuras de Pi”; um trabalho excelente no qual realidade se confunde com a ficção. A solução para um uso adequado do 3D não poderia ser outro: o bom senso. Basta a cada equipe ter a noção do que querem fazer, causar no público e colher no futuro para investir. Durante as férias, seja na praia ou no cinema, ponha o óculos para se divertir. Assista aos filmes com ponderação.

Filippe José Tertuliano
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Resgate histórico da turma 1974.2, que teve como um de seus componentes o professor Rômullo Raimundo Maranhão do Vale.