O negócio é economizar energia elétrica
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Fisicamente, energia não é a mesma coisa que potência. Potência é uma grandeza instantânea; enquanto energia inclui a variável tempo, ou melhor dizendo, por quanto tempo a potência está sendo aplicada.
Matematicamente, energia é igual à potência ativa (watt) multiplicada pelo tempo (hora). Em termos de unidades, a potência ativa é representada pela letra W (maiúscula) e a energia elétrica ativa pelas letras Wh (watt-hora), ou ainda por kW e kWh, respectivamente, quando grandes quantidades de potência ou energia estão presentes. Observe-se que as letras k, de quilo, e h, de hora, devem ser escritas, sempre, com letras minúsculas.
Assim, quando se deseja medir a quantidade de energia ativa consumida, numa residência, por exemplo, é necessário empregar um medidor que registre a quantidade de potência usada por um determinado período.
Talvez, dentre os instrumentos de medidas elétricas, o medidor de energia elétrica seja o mais conhecido e o mais popular destes equipamentos, pois está instalado junto à maioria dos consumidores: residenciais, comerciais e industriais.
Desenvolvido no final do século dezenove, o popular “contador de energia” representa para a empresa concessionária (a Energisa, por exemplo), o mesmo que o caixa registrador significa para um supermercado.
A analogia nos parece boa, pois quanto mais o consumidor utiliza a energia elétrica, mais deverá pagar por ela. Neste particular, é que entra a necessidade de o consumidor ser devidamente esclarecido quanto ao uso eficiente da energia elétrica, o que significa, utilizar energia, com o menor desperdício possível, dentro de critérios técnicos e econômicos, sem abrir mão do conforto que ela proporciona.
O combate ao desperdício de energia elétrica é um assunto de extrema importância, não apenas para quem utiliza este tipo de insumo, mas para toda a sociedade e, sobretudo, para a preservação do meio ambiente e dos recursos naturais.
No âmbito governamental, o combate ao desperdício de energia elétrica tem obtido alguns resultados a partir da implantação do Procel – Programa de Combate ao Desperdício de Energia Elétrica, que estabeleceu como meta para o ano de 2015 a economia progressiva de energia elétrica da ordem de 130 milhões de MWh (mega watt-hora), o que eqüivale ao adiamento da construção de duas Itaipu, reduzindo investimentos e impactos ambientais.
Atualmente, além do governo, de alguns pesquisadores e dos defensores do meio ambiente, as empresas já começaram a perceber que conservar energia elétrica é um bom negócio, pois além de postergar investimentos e melhorar a imagem, tornam-nas mais competitivas no mercado globalizado.
Do lado do consumidor, recomendo a adoção da prática de economizar energia elétrica, transformando desperdício em lucro. As dicas de como proceder podem ser obtidas junto às próprias empresas concessionárias, ao Procel (www.eletrobras.gov.br/procel/), ou mediante a consultoria profissional de um engenheiro eletricista especialista no assunto.
Prof. Dr. Benedito Antonio Luciano Tutor do PET-Elétrica
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