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A vida no caos
Desde os anos 1960, vemos o desenvolvimento da Teoria do Caos na tentativa de descrever como um sistema complexo se modifica completamente a partir de simples alterações nas suas variáveis.


Quando fazemos planos para o futuro, não é muito comum que prendamos nossa atenção em coisas simples como, por exemplo, a que horas eu irei acordar nesse mesmo dia daqui a dez anos ou qual será o melhor par de meias que usarei nessa mesma época futura. Ao fazer tais planos, faz muito mais sentido se preocupar com coisas de mais relevância, como que tipo de profissão exercer, onde morar, com quem viver, ou coisas do gênero.

É na hora de executar esses planos que percebemos que nem tudo está sob nosso controle e que temos que lidar diariamente com imprevisões, muitas das vezes pequenas o suficiente para não serem notadas, que podem modificar nossas vidas de forma bastante significativa.    

Imaginando situações hipotéticas sobre a vida de um indivíduo solteiro que ainda está tentando encontrar sua profissão, seria possível observar como coisas simples poderiam modificar completamente sua vida futura.

Situação I:

O indivíduo ainda está cursando o ensino médio e, enquanto isso, ao assistir a uma palestra realizada na sua escola, tem um grande interesse despertado para estudar engenharia. Depois de certo tempo, ele começa a cursar engenharia, se casa com uma colega da mesma turma e, quando concluem o curso, vão morar na Europa.

Situação II:

O individuo também está no ensino médio, porém, no dia anterior a palestra, ele se machucou praticando algum esporte e não teve a oportunidade de participar da mesma. Assim, ele não se interessou em fazer nenhum curso de graduação, parou de estudar assim que terminou o ensino médio, não se casou e continuou morando com a mãe.

A diferença entre as duas situações vividas pelo indivíduo hipotético seria muito bem explicada através da teoria do caos. 


https://sites.google.com/a/ee.ufcg.edu.br/jornalpet/_/rsrc/1349280378259/home/ed34/teoria%20do%20caos.jpg


Por volta de 1960, o meteorologista e matemático Edward Lorenz, do Massachusetts Institute of Technology (MIT), simulava o processamento de dados meteorológicos em um computador e teve a ideia de separar a simulação, que era bastante demorada devido à quantidade de variáveis, em duas partes. Lorenz simulou o processo até a metade do tempo, pegou os resultados e reiniciou a simulação tendo esses dados como iniciais. Antes de iniciar a segunda metade da simulação, arredondou algumas casas decimais, acreditando que a modificação do resultado final seria relativamente pequena. No final do processamento Lorenz percebeu que a alteração do estado inicial, considerada por ele ínfima, resultou em uma modificação drástica do resultado final da simulação. Em uma alegoria dizendo “o bater de asas de uma simples borboleta poderia influenciar o curso natural das coisas e, assim, talvez provocar um tufão do outro lado do mundo”, deixou essa observação conhecida como Efeito Borboleta.



Sydeney Wagner
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Resgate histórico da turma 1974.2, que teve como um de seus componentes o professor Rômullo Raimundo Maranhão do Vale.





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