Uma simples mudança de atitude


É muito comum vermos muitas notícias em jornais e revistas sobre ecologia e como cuidar do meio ambiente procurando parar esse processo de degradação do mesmo. As propostas para solucionar esse problema são diversas, mas cabe a cada um procurar colocar em prática pelo menos uma delas.

O Brasil possui 194.946.000 habitantes produzindo em média 1kg de lixo por dia, totalizando uma enorme quantidade de lixo gerada diariamente. Hoje, somos o país que mais recicla alumínio. Isso é porque somos conscientes? Não, isso é porque existem inúmeros catadores informais recolhendo todo esse alumínio por aí, já que o quilo de alumínio é um dos mais caros quando se vai vender para as indústrias de reciclagem.

Assim como o alumínio, todos os outros materiais seguem para a reciclagem no Brasil por meio da árdua tarefa desempenhada por esses trabalhadores. O processo de reciclagem é basicamente sustentado pela catação informal. De acordo com a CBO (Classificação Brasileira de Ocupação), catador de material reciclável é, oficialmente, considerado uma profissão, comprovada através de cadastro em órgãos e conselhos provedores de programas assistenciais.

A UFCG desenvolve, em cooperação com os catadores, ações de apoio e solução de suas demandas desde a atuação no antigo lixão até o meio urbano. O Programa de Extensão: Mobilização Social em Saneamento Ambiental - Instrumentos Práticos e Teóricos de Educação Ambiental, sob a coordenação do curso de Engenharia Agrícola, porém com o envolvimento de muitos professores e técnicos, além de alunos bolsistas e voluntários dos cursos de Engenharia de Produção, Engenharia Elétrica, Pedagogia, História, Geografia e Engenharia Sanitária (UEPB) soma-se aos catadores da COTRAMARE para realização de oficinas práticas e teóricas, visando a melhoras sanitárias, econômicas, ambientais e, sobretudo sociais do município de Campina Grande.

A COTRAMARE (Cooperativa de Trabalhadores de Materiais Recicláveis) é composta por cerca de 30 catadores que trabalhavam no Lixão de Campina Grande. Eles realizam esse projeto em residências comuns, condomínios, indústrias e na própria UFCG. O lixo coletado é aquele que ainda pode ser reaproveitado, reutilizado e reciclado. O trabalho deles consiste em recolher esse material, separar, prensar, enfardar e depois comercializar.

            

É um trabalho que parece simples, mas que tem um impacto relevante, pois deixa as ruas da nossa cidade mais limpas, diminui a quantidade de matéria prima que será retirada da natureza para a produção de novos materiais, economiza água e energia utilizada nesses processos e ainda diminui os gastos com o transporte e destino do material que é retirado do lixo convencional.

Várias pessoas já estão contribuindo separando o lixo em suas casas. Nós também podemos ajudar com uma simples mudança de atitude, de hábito. Não é necessário colocar vários baldes de lixo com a designação dos materiais em casa, apenas separe o lixo que pode ser reciclado do que não pode, separe o lixo seco do lixo molhado. Esse gesto não vai fazer você gastar mais ou menos tempo.


Muitos ainda se perguntam: “Mas e depois de separar, o que fazer?”. Você pode entregar diretamente na sede da COTRAMARE (Rua Santa Rita, 486-Quarenta), no Posto de Entrega Voluntária-PEV da UFCG – Bloco BX ( Disque Coleta-21011188) ou entrar em contato com a cooperativa e combinar um horário para que eles possam recolher esse material em sua residência. É um ato simples que tem um importante resultado para a sociedade em geral e para a natureza.


Natália Medeiros
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