A Engenharia Elétrica a favor da vida
A medicina é uma área científica de extrema importância para o ser humano. Relatos históricos dos mais antigos já a colocam presente no cotidiano das pessoas. Essa arte veio se desenvolvendo e ganhando corpo durante toda a evolução humana, desde os processos de mumificação, com os egípcios, e os avanços nos estudos de sintomas de doenças, com o grego Hipócrates, considerado o pai da medicina.
Entretanto, foi a partir do início do século XX que a medicina obteve um salto significativo em sua evolução. Com a invenção do microscópio eletrônico por Reinhold Rudemberg, em 1931, a física, e mais propriamente a engenharia elétrica, aliaram-se às ciências médicas proporcionando avanços que antes pareciam impossíveis de acreditar.
A microeletrônica, já a partir da segunda metade do século XX, com o aparecimento do transistor, fez com que a medicina evoluísse numa proporção inimaginável. O eletrocardiograma, que já era utilizado de forma rudimentar há algumas décadas, se transformou em um preciso e eficiente meio de detectar problemas cardíacos a partir da análise e mapeamento do campo elétrico do coração.
Com o advento do computador, diversos engenheiros eletrônicos se dedicaram a buscar formas de aplicar toda essa tecnologia na análise e no tratamento médico. Um desses engenheiros, o inglês Godfrey Wewbold Hounsfield, estudou a possibilidade de o computador melhorar as imagens obtidas através do aparelho de raio-x. Com isso, a tomografia computadorizada surgiu para revolucionar a medicina da época.
Diversas outras aplicações vieram da engenharia elétrica para proporcionar à medicina a possibilidade de curar doenças e fazer diagnósticos antes impossíveis de serem realizados. Desde o pequeno aparelho de marca-passo cardiológico até o potente aparelho de ressonância magnética, todos esses equipamentos colocaram a engenharia de mãos dadas com a medicina a serviço de um bem comum: a vida humana. É difícil imaginar como seria possível a realização de complexas cirurgias neurais, por exemplo, sem a utilização de diversos equipamentos eletrônicos que possibilitam aos médicos uma maior visualização de todos os parâmetros que envolvem tão complicado processo cirúrgico.
Atualmente, fala-se da nanotecnologia, uma nova e promissora área da engenharia elétrica, como o futuro da medicina. Serão utilizados sistemas de investigação e diagnósticos mais rápidos e eficazes, que permitirão um controle contínuo da saúde do paciente, com a utilização de pequenos sensores e computadores.
Inúmeros são os métodos e aplicações que, por meio da engenharia elétrica, possibilitaram ao ser humano uma melhor perspectiva no que diz respeito à saúde. Tamanhas evoluções na área médica nos deixam orgulhosos pelos feitos de nossos antecessores, bem como sedentos por absorver o conhecimento existente para aplicá-lo na mais nobre de todas as atividades: a proteção da vida humana.
Rayan Barreto
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