Falta de vagas: uma nova nuance
Com a chegada da época de matrículas, já é esperado muito estresse e dificuldade de conseguir vagas nas disciplinas desejadas. Como principais motivos, temos a concorrência nos laboratórios, o sistema sobrecarregado, choques de horários, além da problemática falta de vagas. Entretanto sabemos que, ao ingressar no curso de Engenharia Elétrica da UFCG, temos o direito de cursar todas as disciplinas por ele oferecidas no momento que desejarmos desde que obedeçamos aos pré-requisitos.
À primeira vista, parece que os problemas de falta de vagas são exclusividade das disciplinas do básico, cujas turmas já estão inchadas a um bom tempo por conta do REUNI. O mesmo aumentou o número de vagas nas universidades brasileiras, mas ainda não produziu a infra-estrutura necessária. Entretanto, agora podemos enxergar os problemas ocasionados pelo REUNI nas disciplinas do profissional: várias pessoas de períodos avançados estão ficando sem vagas nas disciplinas que desejam cursar.
O problema toma grandes proporções com a alta taxa de reprovação em nosso curso, reconhecidamente difícil, o que contribui significativamente para a falta de vagas. Muitas pessoas acabam submetendo-se a um novo processo seletivo para, além de retirar as reprovações, ter menos problemas durante a matrícula. Enquanto isso, outros alunos acompanham pelo controle acadêmico as vagas acabarem antes que se iniciem seus horários de matrícula e, posteriormente, precisam enfrentar longas filas durante o período de reajuste.
Infelizmente, o problema de falta de vagas não parece próximo de se resolver e, caso algo não seja feito, tomará proporções cada vez maiores e prejudicará muitos alunos. Cabe ressaltar que a necessidade de vagas não deveria ser resolvida simplesmente criando turmas maiores que distanciam professores e alunos e dificultam o aprendizado, mas contratando mais professores e melhorando a infra-estrutura da universidade.
Nayara Brandão de Freitas
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