Riscos do Estudo Noturno
A vida noturna está em grande expansão nos últimos anos como se vê, por exemplo, com a ampliação de serviços 24 horas nos supermercados, pet shops, floriculturas, restaurantes, entre outros. Além dos trabalhadores noturnos, há quem prefira ficar acordado durante a madrugada para assistir algum filme ou programação de TV, acessar a internet, sair com amigos, etc. Além disso, alguns estudantes universitários costumam utilizar o horário noturno para realizar tarefas da universidade e estudar para as provas do período.
Em muitos casos, o estudo realizado na madrugada é fruto da falta de planejamento dos horários no decorrer do dia. Geralmente o aluno não presta a atenção necessária às aulas, deixando para estudar todo o conteúdo em casa, o que acarreta falta de estímulo para se dedicar aos livros no fim do dia. Por atitudes como essa o assunto fica atrasado e o aluno só tem a preocupação de aprendê-lo na véspera da prova. O único método que resta para o estudante conseguir assimilar o assunto a tempo é estudar durante a madrugada e abdicar de uma noite de sono.
Existem também outras situações em que os alunos fazem essa escolha espontaneamente. O barulho em suas residências é menor pela madrugada, o que facilita a concentração nos estudos. Outros precisam trabalhar em um horário e só resta este tempo para estudar.
A longo prazo, uma pessoa que costuma dormir menos põe a saúde em risco, ficando sujeita a disfunções como problemas no coração, alterações hormonais e comprometimento imunológico. Além disso, o desempenho em atividades é comprometido, por causa das dificuldades em se concentrar. O estudante também tende a ficar irritado e a agir impulsivamente.
Problemas como hipertensão, arritmias e outras doenças cardíacas são ocasionados devido ao aumento de substancias estressoras (catecolaminas) no organismo e por não haver descanso fisiológico suficiente do sistema cardiovascular, ou seja, a redução da pressão arterial e da frequência cardíaca, que ocorre durante a noite. Quem não dorme à noite desenvolve predisposição à obesidade, pela dificuldade de ação da leptina (hormônio da saciedade), e ao diabetes, pela maior resistência à ação da insulina. As alterações metabólicas dos lipídios ainda podem aumentar o “mau” colesterol (LDL).
Uma solução para os estudantes que tem essa prática de estudo é dormir durante o dia de 6 a 8 horas, para que o corpo restabeleça suas energias. Já que na maioria dos casos o dia é repleto de atividades, a melhor atitude a ser tomada é prestar atenção no que o professor está transmitindo em sala e em casa apenas revisar o assunto, realizando alguns exercícios ou pequenos resumos, e não permitir que o conteúdo se acumule. Dessa forma, além de ser um bom estudante, compreender todo o assunto e provavelmente alcançar boas notas, sua noite será mais tranquila, permitindo que você tenha mais disposição no dia a dia.
Elvys Raposo Pontes
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