Chuvas atingem a infra-estrutura da UFCG
Por Arthur Araújo
Nos últimos dias, Campina Grande tem enfrentado sérios problemas em função dos altos índices pluviométricos. Situada no agreste paraibano e com 552 metros acima do nível do mar, a cidade tem seu período chuvoso entre os meses de maio e agosto, e em 2011, essa previsão não foi desrespeitada.
A rotina dos membros da Universidade Federal de Campina Grande, em particular, tem sido comprometida pelas chuvas. Blocos como o CA e o REENGE foram inundados na manhã da terça-feira, dia 3, impossibilitando a continuação de aulas e avaliações. O bloco CAA ficou inacessível neste dia. A ponte que separa a Reitoria da Biblioteca Central foi destruída pela chuva, inviabilizando o uso do único caminho coberto para centros de aulas, departamentos, laboratórios e a própria biblioteca.
As inundações e enchentes favoreceram a proliferação de animais nocivos, e tanto a saúde dos estudantes quanto a higiene da instituição estão sendo comprometidas. O matagal entre o Diretório Central dos Estudantes (DCE) e o bloco CA foi alagado, o que levou ao desmoronamento de um barranco e levantou dúvidas a respeito da segurança no único caminho - desprotegido da chuva - que se tem para várias dependências da universidade. Seria realmente necessário esperar que conseqüências desse tipo ocorressem para que se percebesse a falta de infraestrutura do campus e a urgente necessidade de mudanças?
Frente a uma problemática desse nível, todos devem contribuir para que a situação seja amenizada. Os estudantes, professores e funcionários podem, por exemplo, evitar o depósito de lixo em lugares que propiciem esses problemas. Porém, eles estão longe de serem os principais culpados por isso. Na verdade, são as principais vítimas, pois têm que arcar, diretamente, com as conseqüências de situações que não criaram e que não podem solucionar de forma prática. O que lhes resta a fazer é, de modo geral, reivindicar melhorias estruturais para o campus enquanto problemas maiores não ocorrem.