A História do CarnavalDo Egito antigo (10.000 a.C.) até o Rio de Janeiro
Apesar de não se saber ao certo a origem do carnaval (assim como o próprio termo), acredita-se, baseado na história da evolução humana, que o carnaval surgiu dos antigos cultos agrários, ou seja, logo quando o homem começou a prática da agricultura (cerca de 10.000 a .C.). Desta forma, foram os egípcios, que evoluíra a agricultura pelo favorecimento do rio Nilo, que comemoravam, com mais intensidade, a entrada da primavera com cantorias e dança, espantando assim as “forças negativas” que prejudicavam o plantio e também faziam culto a deusa Ísis. Apesar de não se saber ao certo a origem do carnaval (assim como o próprio termo), acredita-se, baseado na história da evolução humana, que o carnaval surgiu dos antigos cultos agrários, ou seja, logo quando o homem começou a prática da agricultura (cerca de 10.000 a .C.). Desta forma, foram os egípcios, que evoluíra a agricultura pelo favorecimento do rio Nilo, que comemoravam, com mais intensidade, a entrada da primavera com cantorias e dança, espantando assim as “forças negativas” que prejudicavam o plantio e também faziam culto a deusa Ísis. Além dos egípcios, outros povos praticavam rituais agrários e cultos a deuses, como os persas, os fenícios, os cretenses, os babilônicos, etc. Estas “festas” logo se espalharam, chegando então na Grécia, até que no século VII a.c. Pisístrato resolve oficializar o culto ao deus Dionísio, começando assim o que se chama de carnaval pagão. Além dos cultos a Dionísio, Pisístrato também organizara procissões onde a imagem do deus era transportada, pelas ruas, pros navios com rodas, chamadas de carrum navalis (alguns estudiosos acreditam que o nome carnaval surgiu deste termo), com homens e mulheres nus em seu interior e sendo seguido por uma multidão mascarada. Outros estudiosos dizem que a palavra carnaval surgiu quando o papa Gregório I, o Grande, criou o termo “ dominica as carne levandas”, sendo abreviada para “ carne levandas ” depois “ carne levale ”, “ carne levamen ”, “ carneval ” e, por fim, “ carnaval ”. Já em Roma, ocorriam os que se chama de saturnálias, saudando a chegada de Saturno (início da primavera). Este deus pregava a igualdade, assim, nas festas, os escravos tomavam os lugares dos senhores e saíam pelas ruas comemorando a liberdade e igualdade entre os homens, cantando e se divertindo numa grande desordem. Além das saturnálias, ocorriam os lupercais, homenagem ao deus Pã. Esta segunda fase do carnaval acaba quando a igreja católica adota a festa, em 590 d.c., transformando em carnaval cristão. A igreja tentou, de uma maneira ineficaz, proibir os festejos, ditos pagãos. Assim, sem alternativa, tiveram que adaptar o calendário eclesiástico as festas consideradas profanas, mas não totalmente desligadas da religião. Desta forma, em 590 d.C., Gregório I, atual papa, marca em definitivo a data do carnaval (obedecendo as regras que determinam a páscoa dos católicos). A medida que o tempo foi passando, o carnaval foi ficando mais característico, sobretudo, pelo mediterrâneo da Europa - na Itália (Roma e Veneza), na França (Paris e Nice) e Alemanha (Colônia e Nuremberg). As festas foram ganhando força nestas regiões e a igreja, além de ter oficializado, também começava estimular a festa, organizando corridas de cavalos, anões, corcundas, lançamentos de ovos, etc. Com a oficialização do carnaval, o povo passou a comemorar o início da quaresma, bebendo e comendo, para compensar o jejum. Este ritual foi se tornando bruto e grosseiro. Daí surgiu o que se chama de Entrudo, do latim ( intróitos ), significa início, começo, abertura da quaresma. O carnaval da renascença chegava a durar um mês inteiro, começando em janeiro e à medida que se aproximava da quaresma, as festas iam se intensificando. Com a formação do atual calendário (Juliano – Gregoriano), o Papa Gregório XIII, em 1582, estabeleceu, em definitivo, as datas do carnaval (aprenda a calcular a data do carnaval ). Com o passar do tempo, o carnaval foi se modificando, de uma maneira natural, e com o surgimento da industrialização surge a nova era do carnaval, a partir do século XVIII, sendo definido como carnaval contemporâneo. O carnaval da renascença, em que as principais ruas e praças da cidade se convertiam em palcos, tornando a cidade num imenso teatro, sem paredes, onde os habitantes eram ao mesmo tempo atores e espectadores, foi se modificando para se enquadrar na velocidade do mundo pós-moderno, se transformando aos poucos em paradas (desfiles, espetáculos). No Brasil, como sempre sobre grande influência da Europa, ocorriam festas parecidas com os entrudos portugueses, ou seja, eram festas grosseiras, violentas e imundas. Isto ocorreu até o fim do século XIX, quando começaram a fazer festas com máscaras e fantasias, também com influência da Europa. As roupas de disfarces, ou as fantasias foram aos poucos sendo reduzidas ao mais sumário possível, permitindo maior liberdade de movimento e fugindo do calor no período mais quente do ano, chegando o homem, no fim da década de 1950, a usar uma bermuda e a mulher usava maiô de duas peças e alguns enfeites. O primeiro carnaval brasileiro foi realizado no Rio de Janeiro em 1641, onde o atual governador, Salvador Estácio de Sá e Benevides, fez uma festa em homenagem a Dom João IV. Esta festa durou uma semana. Com desfiles de rua, corridas, meladeiras, etc. O primeiro baile de mascaras no Brasil ocorreu em 22 de janeiro de 1840. A partir daí, mais bailes carnavalescos eram realizados em casas de espetáculos, se generalizando em 1870. Em 1928 surge a primeira escola de samba, a “Deixa falar”, no bairro Estácio, no Rio. A partir daí, foram surgindo outras escolas como Portela, Mangueira, Unidos da Tijuca, etc. Estas escolas faziam desfiles livremente pelas ruas do bairro, realizando algumas competições patrocinadas por empresas privadas, até que em 1935 foram oficializados os desfiles e as escolas passam a receber subsídios da prefeitura. Desde então, ocorre, no Rio, desfiles das escolas, exceto nos anos de 1938 e 1952 quando as chuvas impediram a promoção do evento, de interesse no turismo. Nustenil Segundo de Moraes Lima Marinus
|
Matérias >