UFCG e REUNI
No dia vinte e
quatro de abril de dois mil e sete o Presidente da República
enunciou o Decreto No
6.096 que instituiu o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação
e Expansão das Universidades Federais (REUNI), o qual tinha, e ainda
tem, como objetivo retomar o crescimento do ensino superior público,
assegurar a qualidade do ensino por meio de inovações acadêmicas,
promover uma integração entre graduação, pós-graduação e
educação profissional e tecnológica, realizar uma interiorização
do ensino superior - criando novos campus em municípios afastados
que necessitassem de uma maior demanda de profissionais
especializados em uma determinada área - e além desses interesses
almejava-se otimizar o aproveitamento das instituições federais por
parte da população.
A
Universidade Federal de Campina Grande
foi uma das pioneiras a aderirem ao programa, ou seja, estava
presente na primeira chamada para a implantação, que ocorreu no dia
vinte e nove de outubro de dois mil e sete, e conforme propôs,
estava disposta a dar início as atividades exigidas pelo REUNI no
primeiro semestre do ano seguinte (2008). Confirmada a adesão da
UFCG ao REUNI a instituição estava, portanto de acordo que teria
que cumprir o mais breve possível com as metas estratégicas que
deveria ocorrer com a contratação, e uma eventual seleção, de
novos docentes, a ampliação e readequação da infra-estrutura
física, equipamentos, bens e serviços fundamentais para o
funcionamento dos novos regimes acadêmicos.
Estando hoje em
2011, observamos que há edifícios ainda em construção, livros não
suprindo a demanda de alunos, salas superlotadas, professores
despreparados para ministrar aula para uma turma de mais de 80
alunos, laboratórios com pouco equipamento e material para uma turma
que dobrou de tamanho, salas com estrutura física imprópria para
auxiliar no aprendizado dos alunos, professores que dominam o
conteúdo, entretanto, não sabem transmitir para os alunos, e mesmo
assim não é feita uma freqüente avaliação desses professores. Há
falta de vagas nas disciplinas devido a ausência de sala ou de
profissionais capacitados para lecionar, não há acessibilidade, as
salas não são limpas freqüentemente, há esgotos expostos e muitas
outras falhas que prejudicam o cotidiano dos alunos e a afinidade dos
mesmos com o ambiente – instituição - em que estudam ou
trabalham.
Por conseguinte,
considerando-se que está ocorrendo uma “excelente” administração
dos bens públicos, e que a nossa universidade esta sempre preocupada
com a sua qualidade, até esta presente data, nos interrogamos: Qual
foi a vantagem de sermos os primeiros a aderirem ao programa?
Andréia Bispo do Nascimento