Descarte de pilhas e baterias
Devido à quantidade de aparelhos eletrônicos que passaram a fazer parte do nosso dia-a-dia, o consumo de diversos tipos de pilhas e baterias é inevitável. Entretanto, o que em geral muitas pessoas desconhecem ou ignoram é o fato de que o descarte destes produtos pode acarretar sérios danos ambientais, caso seja feito de maneira inadequada. Estes produtos trazem em sua composição diversas substâncias tóxicas (por exemplo, mercúrio, chumbo, cobre, zinco, cádmio, manganês, níquel e lítio) que possuem um alto potencial de contaminação do solo e dos mananciais. Dentre esses metais os que apresentam maior perigo à saúde humana são o chumbo, o mercúrio e o cádmio.
Mas, então o que fazer? É dúvida comum o que deve ser feito com uma pilha, ou bateria de celular, por exemplo, quando é chegado o fim da sua vida útil. Comumente, ou as pessoas guardam em casa, por não saberem como proceder, ou jogam o material em meio ao lixo comum, não se importando com, ou desconhecendo, os riscos ambientais que este ato pode trazer. Como na maioria destas situações, a melhor alternativa para lidar com esse problema é procurar informação.
Desde julho de 2000, está em vigor no Brasil uma norma do Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA (Resolução Nº 257 de 30 de junho de 1999) que atribui aos fabricantes a responsabilidade sobre o material tóxico que produzem. Então, o problema é dos fabricantes? De forma alguma, como consumidores nós temos tanta responsabilidade quanto os mesmos. A resolução estabelece que tipo de material pode ser descartado diretamente pelo lixo doméstico e também aqueles que necessitam de tratamento especial. Alguns produtos disponíveis no mercado já atendem às normas de segurança, podendo ser jogados normalmente no lixo. No caso das pilhas, a embalagem do produto deve trazer a informação de que é, ou não, necessário devolvê-las ao fabricante para serem recicladas. Para as baterias de celular e telefone sem fio, as empresas fabricantes devem informar no manual a forma correta de descarte. As baterias de níquel-cádmio (Ni-Cd) não devem ser jogadas no lixo e sim devolvidas ao seu fabricante. Para tanto, deve-se entrar em contato com o fabricante para saber que procedimentos adotar. A resolução estabelece ainda que os revendedores e a assistência técnica autorizada também devem receber o material usado e, em seguida, repassá-lo aos fabricantes ou importadores.
Apesar de o lixo doméstico ser uma alternativa possível em alguns casos, uma vez que toda pilha ou bateria contém metais pesados, mesmo que em mínimas quantidades, a forma mais apropriada de descarte seria entregá-las, posteriormente ao seu esgotamento energético, aos estabelecimentos que as comercializam ou à rede de assistência técnica autorizada pelas indústrias. Outra opção são postos de coleta que recebem esses materiais e os encaminham para reciclagem.
Edson Porto da Silva