Benjamin Button, Entropia e Realidade Aumentada
Benjamin Button nasceu com a aparência de um idoso, com sintomas de doenças de um homem de oitenta anos. Misteriosamente, à medida que o tempo passou, a velha-criança ficou cada vez mais jovem, indo no sentido contrário da seta do tempo. A história de Benjamin é uma ficção, pois ninguém nasce velho e morre jovem. O tempo transcorre em apenas uma direção: do começo para o fim. Essa característica é tão própria do nosso cotidiano que dificilmente paramos para pensar sobre isso. Contudo, a natureza unidirecional do tempo é um enigma para a Ciência desde que o mundo é mundo. Para entendê-lo, precisamos ir até a origem do Universo e desconsiderar os limites da Física.
As leis que governam tudo a nossa volta são reversíveis, descrevendo fenômenos do passado, presente e futuro, sem nenhuma distinção. Todavia, na nossa realidade, esse tipo de “anomalia” não acontece, já que a maioria dos processos se dá em apenas uma direção, indo do passado para o futuro. A explicação está relacionada com a entropia, que consiste no grau de desorganização do Universo. No início havia apenas um ponto muito pequeno, quente e denso. Com o Big Bang, o ponto começou a se expandir e a se desorganizar, constituindo de forma irreversível, galáxias, estrelas e planetas. Esse caminho evolutivo deu origem à seta termodinâmica do tempo, que parte do passado de baixa entropia para um futuro de maior entropia. Para saber mais sobre essa relação, confira o artigo “A Seta do Tempo, Entropia e Caos”.
Fazendo uma retrospectiva na seta do tempo, é fácil notar o quão rápida e demasiada foi a evolução tecnológica. No passado, os homens se adaptavam às máquinas, agora os papéis se inverteram, a tecnologia se adapta a nossa realidade e, surpreendentemente, interage com ela. Tudo começou com um código que misturava gráficos virtuais com a realidade. Logo, a interação real-virtual deixou de ser apenas tema de filmes de ficção científica e passou a ocupar os cenários do nosso dia a dia. No artigo “Realidade Aumentada - RA” são abordadas as principais características da tecnologia que tem chamado a atenção dos entusiastas de jogos digitais nos últimos meses com o lançamento do aplicativo Pokémon Go.
Você já imaginou um ambiente em que as árvores possuem painéis fotovoltaicos no lugar de folhas? Pois é, caro leitor, a ficção cada vez mais se aproxima da realidade. Com curiosidade e imaginação de um cientista nato, o jovem americano Aidan Dwyer, de apenas 13 anos, revolucionou a forma de captação de energia por meio de árvores, que utilizam a energia solar para diversas aplicações. Com o intuito de fornecer energia elétrica de forma prática e limpa, as árvores solares vêm ganhando espaço nos grandes centros urbanos do mundo. Conheça o funcionamento dessa tecnologia com a leitura do artigo “Solar Tree”.
Para finalizar a aventura tecnológica da seta temporal dessa edição, apresentamos em “Quebrando Limites: um pouco do Overclock”, uma prática comum entre os entusiastas pelo alto desempenho, que por meio de uma série de processos conseguem acelerar e aumentar a performance do hardware acima das especificações definidas pelo fabricante.
Nesse cenário de seta do tempo, realidade aumentada, árvores solares e overclock, temos o prazer de apresentar a 81ª edição do Jornal PET Elétrica e reforçar nosso objetivo de manter você, caro leitor, sempre atualizado sobre as novidades da ciência e da tecnologia, bem como mantê-lo em dia com a leitura e o entretenimento por meio das seções culturais do nosso Jornal. Por fim, convidamos você mais uma vez a participar da primeira chamada de trabalhos para seção técnica do Jornal PET Elétrica (para mais informações acesse: https://sites.google.com/a/ee.ufcg.edu.br/jornalpet/home/chamada-de-trabalhos).
Boa leitura a todos!
Wislayne Dayanne Pereira da Silva
Equipe Editorial do Jornal PET-Elétrica
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