Diversos

 

18ª Edição

Desafio Poesia

 

Desafio


A história conservou poucos dados sobre a vida de Diofanto. Tudo o que se conhece a seu respeito encontra-se no seguinte epigrama que figura no seu túmulo e está escrito sob a forma de um enigma matemático:


Caminhante! Aqui estão sepultados os restos de Diofanto. E os números podem mostrar (milagre!) quão longa foi a sua vida, cuja sexta parte foi a sua bela infância. Tinha decorrido mais uma duodécima (1/12) parte de sua vida, quando seu rosto se cobriu de pêlos. E a sétima parte de sua existência decorreu com um casamento estéril. Passou mais um quinquênio e ficou feliz com o nascimento de seu querido primogênito, cuja bela existência durou apenas metade da de seu pai, que com muita pena de todos desceu à sepultura quatro anos depois do enterro de seu filho.


Quantos anos tinha Diofanto quando morreu?


Consegue solucionar o problema? Se sim, mande a resolução para jornalpeteletrica@gmail.com.
Obrigado pela participação!


Responsável: Felipe Maia Másculo

 

Poesia

Goethe é um clássico, e isso quer dizer

e é dito a exaustão- que sua obra representa

um dos ápices do espírito humano, que ela

sintetiza brilhantemente o seu tempo, que ela

é um tesouro de seu país e um patrimônio

universal etc., etc.,etc.

[Folha de S. Paulo – Caderno Mais! 1999]


É preciso abraçar a volúpia, fartar-se de

prazeres e não ter medo da morte.

[Johann Wolfgang von Goethe]

Não há quem nunca tenha ouvido falar em Fausto (um dos 10 livros a serem lidos antes de morrer) ou nos Sofrimentos do Jovem Werther. Goethe não é apenas um clássico da literatura mundial, é a essência e o princípio da literatura germânica.

O curioso, é que Goethe nasceu em 1749, descendente legítimo da burguesia local, filho do conselheiro imperial do Sacro Império Romano Germânico. Naquela época sequer havia Alemanha (era um conjunto de reinos distintos, duducados e cidades livres) e o idioma era pouquíssimo conhecido uma vez que não havia obras de arte notórias a título de poemas, romances ou peças como no caso do francês e italiano. Se hoje há uma literatura alemã, por certo, ela existe graças ao suicídio de um jovem apaixonado e de um doutor que vendeu a alma ao diabo.

Goethe foi autor da primeira grande tragédia do teatro alemão ( Götz Von Berlichigen), tornou-se ainda jovem uma celebridade, e quando mais maduro não foi apenas um escritor influente, foi um pensador respeitado e defensor da educação e cultura. Influenciou diversos grandes nomes como Shelley, Byron, Nietzsche e Freud.

Dentre autobiografias, cartas, conversas, notas críticas, resenhas, diários, anotações científicas e ficções o que se percebe na totalidade da obra Goetheana é uma alta carga de pessoalidade, muito do que foi escrito por ele foi antes disso intensamente vivido, mesmo suas convicções e seu ideário racional foram fruto de experiências intensas e algumas até físicas.

Goethe morreu aos 82 anos, em Weimar, poucos dias após o término da segunda parte de Fausto, obra que segundo o próprio autor encerrou a sua missão artística.

Ilis Nunes Almeida Cordeiro

Poemas São como Vitrais Pintados

Poemas são como vitrais pintados!
Se olharmos da praça para a igreja,
Tudo é escuro e sombrio;
E é assim que o Senhor Burguês os vê.
Ficará agastado? — Que lhe preste!...
E agastado fique toda a vida!

Mas — vamos! — vinde vós cá para dentro,
Saudai a sagrada capela!
De repente tudo é claro de cores:
Súbito brilham histórias e ornatos;
Sente-se um presságio neste esplendor nobre;
Isto, sim, que é pra vós, filhos de Deus!
Edificai-vos, regalai os olhos!

Johann Wolfgang von Goethe, in "Poemas"
Tradução de Paulo Quintela

Reconciliação

A paixão traz a dor! — Quem é que acalma
Coração em angústia que sofreu perda tal?
As horas fugidias — para onde é que voaram?
O que há de mais belo em vão te coube em sorte!
Turbado está o espírito, o agir emaranhado;
O mundo sublime — como foge aos sentidos!

Mas eis, com asas de anjo, surge a música,
Entrelaça aos milhões os sons aos sons
Pra varar, lado a lado, a alma humana
E de todo a afogar em eterna beleza:
Marejado o olhar, na mais alta saudade
Sente o preço divino dos sons e o das lágrimas.

E assim aliviado, nota em breve o coração
Que vive ainda e pulsa e quer pulsar,
Pra ofertar-se de vontade própria e livre
De pura gratidão pela dádiva magnânima.
Sentiu-se então — oh! pudesse durar sempre! —
A ventura dobrada da música e do amor.

Johann Wolfgang von Goethe, in "Últimos Poemas do Amor, de Deus e do Mundo"
Tradução de Paulo Quintela

Feliz Só Será

Feliz só será
A alma que amar.

'Star alegre
E triste,
Perder-se a pensar,
Desejar
E recear
Suspensa em penar,
Saltar de prazer,
De aflição morrer —
Feliz só será
A alma que amar.

Johann Wolfgang von Goethe, in "Canções"

Tradução de Paulo Quintela.

 

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