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DICAS



Dicas de Livros Dicas de Filmes Dica de Música Dica de Série

 

Dicas de Livros




Um Estudo em Vermelho



“Um Estudo em Vermelho” é a obra de nascimento de um dos personagens mais aclamados da história: Sherlock Holmes. O livro que deu vida ao famoso detetive foi primeiro rejeitado por três editoras até sua primeira publicação em 1887, mas o sucesso estrondoso transcendeu as décadas. Arthur Conan Doyle escreveu inúmeras outras histórias sobre Sherlock que nunca deixaram de ser publicadas, além de existirem incontáveis adaptações para o cinema, a televisão e o teatro.

Qual o segredo de Sherlock Holmes? Como desvendar um assassinato no século XIX sem nenhuma das tecnologias disponíveis hoje? A lógica e a extrema perspicácia de uma mente determinada e bem treinada são capazes de coisas inimagináveis aos olhos leigos. A ciência da dedução se torna uma arte, cujas peculiaridades são dominadas apenas pelo detetive.

O Dr. Watson, um médico recém chegado do Afeganistão, cruza o caminho de Sherlock Holmes e se encanta com suas grandes habilidades. A busca por paz e sossego do doutor encontra um mundo de assassinatos e mistério. Esses dois sujeitos, extremamente diferentes, tornam-se grandes amigos.

Mais de um século depois de escritas, as histórias do personagem continuam encantando as novas gerações, o grande detetive é uma das figuras mais conhecidas em todo o mundo ocidental. “Um Estudo em Vermelho” é o começo de tudo, a primeira aparição pública do inigualável Sherlock Holmes e seu grande companheiro, Dr. Watson.

Ficha Técnica
Autor: Arthur Conan Doyle
Editora: Zahar
Edição:
Páginas: 192
Gênero: Ficção
País de Origem: Reino Unido

Camila Machado e Araújo





Morte no Nilo




Em meados da década de 30, Agatha Christie passeava em um navio a vapor pelo Egito e imaginava, em meio a tantas pessoas, personagens completamente diferentes dos que encontrava por lá, vivendo um drama que, mais tarde, se tornaria uma das mais famosas histórias da autora.

Linnet Ridgeway, bonita, elegante, extremamente conquistadora e nascida em uma família riquíssima; possuía uma amizade cultivada por anos com Jaqueline de Bellefort, que estava morando longe havia um tempo e voltava para visitar a amiga com uma notícia animadora: estava para casar-se com um homem encantador. A história muda de figura, no entanto, quando surge um interesse de Linnet pelo noivo da amiga.

O enredo principal se desenvolve em torno da morte de Linnet, quem poderia tê-la assassinado, como fez isso sem ser visto ou ouvido por mais ninguém dentro de um navio a vapor que viajava pelo Nilo, no qual por coincidência o detetive Hercule Poirot estava a passeio.

Em um trecho do prefácio, bastante objetivo, a autora diz “esta me parece ser uma de minhas melhores ‘histórias estrangeiras’. E se livros de detetives são ‘histórias de escape’ (não deveriam ser?), o leitor, confinado em sua poltrona, deve escapar tanto para terras ensolaradas e águas cristalinas quanto para o crime.”

Ficha Técnica
Autor: Agatha Christie
Editora: Nova Fronteira
Edição: -
Páginas: 248
Gênero: Romance policial
País de Origem: Inglaterra

Ellen Ribeiro Lucena


Dicas de Filmes



Bingo: O Rei das Manhãs



É raro que um diretor de cinema consiga tanto sucesso e visibilidade em seu primeiro trabalho como Daniel Resende. Apesar de ser sua estreia na direção, Daniel entrega um filme de qualidade excepcional, que já pode ser considerado um dos melhores filmes feitos em língua portuguesa.

Com um planejamento de vários anos, o filme foi pensado para ter Wagner Moura em seu papel principal. Porém, quando a época de gravação finalmente chegou, Wagner estava muito ocupado com outros projetos e não pôde assumir o papel. Por indicação do próprio ator, Vladmir Brichta foi chamado e assumiu o protagonismo do filme. Apesar de Wagner Moura ser um dos maiores atores atualmente no Brasil, a troca de elenco sem dúvida foi de grande auxílio para o filme; Vladmir se entrega ao papel e devolve uma atuação excepcional.

O filme conta a história de Augusto Mendes (Vladmir Brichta), ator sem muito sucesso e divorciado que vê uma oportunidade de melhorar sua vida quando descobre que estão abertas as vagas para concorrer ao papel do Bingo, palhaço que faz sucesso na televisão americana e que será interpretado também no Brasil. Ao conseguir o papel, Augusto vê sua condição financeira, relacionamento com o filho e satisfação pessoal melhorarem cada vez mais, porém, algo começa a incomodá-lo.

O problema maior do enredo, contudo, é que Augusto é um ator, e como todo ator, queria ser reconhecido, queria ser famoso. O Bingo se torna um sucesso, líder de audiência no horário e famoso por todo o Brasil. O Bingo, porém, não é Augusto. Por motivos contratuais, a identidade do palhaço não poderia nunca ser revelada e Augusto começa a ter sérios problemas pessoais relacionados a isso. Depois de um tempo, ele não consegue mais se dedicar tanto ao seu filho e sua relação começa a ser problemática. Além disso, ele começa a se envolver com drogas e a apresentar comportamento alcoólatra.

Para quem não percebeu, essa é a história de Arlindo Barreto, o Bozo da televisão brasileira dos anos 80, contada através de novos personagens e novos nomes. Apesar disso, o filme não é uma biografia, mas sim um dos maiores dramas já apresentados no cinema nacional, que deve ser assistido por todos aqueles que valorizam nosso cinema e também por todos os que criticam, porque, com esse filme, com certeza vão mudar de opinião.

Ficha Técnica
Diretor: Daniel Resende
Lançamento: 2017
Duração: 1 horas e 53 minutos
Classificação: Livre
Gênero: 16 anos
País de Origem: Brasil

Pedro Henrique O. T. Ximenes












Jim and Andy: The Great Beyond




Jim Carrey é um artista multifacetado. Ele sempre foi conhecido por ser uma pessoa extremamente engraçada e isso se traduz em filmes como Ace Ventura, O Máskara e Sim Senhor. Talvez o que nem todo mundo saiba é que ele é, também, um ator com uma carga dramática inquestionável. Jim entende muito bem como funcionam as emoções dos indivíduos e é um mestre em expressar isso.

Jim and Andy: The Great Beyond é um documentário sobre os bastidores do filme “Man on the Moon”, de 1999, em que Jim Carrey interpretou o comediante Andy Kaufman. A obra mostra o intenso processo de imersão no qual o ator se envolveu durante as filmagens. Segundo o próprio Jim, quando soube que recebeu o papel, ele sentiu que o espírito do Andy Kaufman o tocou nas costas e disse: “Sente-se. Eu vou fazer o meu próprio filme”.

Durante toda a gravação, Jim não saía do personagem em nenhum momento. O resultado disso são histórias hilárias, mas preocupantemente desgastantes para os envolvidos, que nos fazem refletir, de maneira completamente inesperada, sobre a vida e a arte. Um dos maiores exemplos disso é quando Jim Carrey explica como, em todo filme que ele fez, seu personagem era a manifestação da consciência dele naquela época.

As fitas de gravação usadas no documentário permaneceram sem serem vistas durante 20 anos. Ao final da filmagem do filme “Man on the Moon”, Jim recebeu o prêmio Globo de Ouro na categoria de melhor ator.


Ficha Técnica
Diretor: Chris Smith
Lançamento: 2017
Duração: 1 horas e 35 minutos
Classificação: 10 anos
Gênero: Dodumentário
País de Origem: Canadá, Estados Unidos

André Igor Nóbrega da Silva

Dica de Música




Darkest Darks, Lightest Lights 




No front do novo Country, poucas bandas fazem realmente sucesso e muitas outras disputam um lugar ao sol; mas esse não é o caso de Jake Smith, também conhecido como The White Buffalo, que já escancarou a porta estreita com sua voz incomum e composições emocionais e profundas. O búfalo da Califórnia, após o sucesso com seus cinco discos e as trilhas sonoras originais das séries Sons of Anarchy e Californication, lança “Darkest Darks, Lightest Lights”; o trabalho mais complexo e maduro do compositor e de sua banda até o momento.

Diferente de “Hogtied Visited" e "Once Upon a Time in the West”, o som que escutamos no novo álbum às vezes apresenta um tom mais elétrico e também mais escuro. Como o próprio nome sugere, “Darkest Darks, Lightest Lights” é um álbum cheio de dualidades e mudanças de ritmo fazendo o espectador ficar preso na única coisa constante, perene e impactante presente em todas as músicas: a voz e as composições de Jake. Comparado muitas vezes com o poder e a extensão musical de Johnny Cash, Smith mostra que ele tem seu espaço e sua originalidade e sai de sua zona de conforto das tradicionais baladas, ousando arriscar ritmos mais elétricos como o blues e do Southern rock.

Apesar de todas as mudanças, o “big Jake” ainda continua o mesmo contador de histórias de sempre. O Country fora da lei permanece presente em músicas como “Robbery”, que destaca as relações de honra entre dois bandidos que realizam um roubo, assim como as baladas românticas “The Observatory” e “If I Lost My Eyes”, que são ternas histórias de amor. Os avanços dele no território do blues aparecem em "Nightstalker Blues”, o ponto mais rápido do álbum. A construção do disco também é algo que impressiona, as canções foram colocadas de modo a preencher o ouvido de todos com o impacto da voz do The White Buffalo, ao mesmo tempo, provocar e estimular com as constantes mudanças de ritmo e velocidade. “Darkest Darks. Lightest Lights” é o tipo de álbum que deve ser escutado na ordem que foi gravado, pois muito além das faixas, a forma como as canções levam o ouvinte torna as músicas experiências únicas.

“Darkest Darks, Lightest Lights” é um álbum repleto de contrastes e diferenças, mas é o pico do trabalho do The White Buffalo. A construção temática e a constante oposição das canções fazem com que as ondas sonoras da voz de Jake Smith penetrem ainda mais nos ouvidos de todos. Apesar da mudança de estúdio, The White Buffalo mostrou para o mundo todo seu potencial e que consegue ser dinâmico e flexível sem perder a qualidade, retirando 110% de tudo que sua incrível voz pode oferecer.


Ficha Técnica
Banda ou Artista: The White Buffalo
Gravadora: Unison Music Group
Lançamento: 2017
Gênero: Country, Blues e Americana
País de Origem: Estados Unidos

José Iuri Barbosa de Brito





Dica de Série




Mindhunter 



A série original da Netflix aborda o início dos estudos criminais em psicologia comportamental e montagem de um perfil do que hoje é conhecido na ciência forense como um serial killer. Apesar de ser mais uma série policial de suspense, gênero que na última década foi inundado com vários títulos a exemplo de “Mentes Criminosas”, “O Mentalista”, “Hannibal” e vários outros, a série dirigida por David Fincher (Seven: Os Sete Pecados Capitais) inaugura uma nova era com um roteiro inovador e um tom documental que faz com que a história tenha um objetivo muito maior do que a mera solução do crime.

Baseada no livro homônimo, Mindhunter conta a história do investigador do FBI John E. Douglas, que na série recebe o nome de Holden Ford, um dos primeiros investigadores do Quântico (cidade onde fica localizada a academia de treinamento do FBI) a escrever perfis criminais e estudar as características psicológicas dos chamados “assassinos em série”. A série exibe como Ford e seu parceiro Bill Tench começaram seus estudos sobre ciência comportamental e a maneira como os culpados de múltiplos assassinatos pensavam, quais as características psicológicas e histórico pessoal que poderiam ter influenciado ou determinado a conduta criminosa. A série que é baseada em fatos reais exibe com perfeição uma sutileza na fotografia e uma trilha sonora que se adequa ao ritmo lento do seriado.

O que de fato diferencia Mindhunter das demais séries do mesmo gênero é, sem dúvida, o ritmo. A lentidão intencional faz com que a história não seja apressada a ter um desfecho. Não existe a obrigatoriedade de se encontrar um culpado ou solucionar o crime, muito mais importante que isso é detalhar ao extremo as características psicológicas dos criminosos (fato evidenciado pelas extensas cenas de entrevistas). Os personagens principais não são separados dos crimes e também são afetados por eles, de modo que toda a série é uma evolução e ao mesmo tempo imprevisível. A sensibilidade dos detalhes e a exibição da extrema frieza e crueldade dos assassinos faz com que os próprios espectadores fiquem de alguma forma afetados pelo comportamento e personalidade dos criminosos.

Mindhunter é um belíssimo exemplar de thriller que se aproxima do espectador, apesar de lidar com situações terríveis. Bem diferente das demais séries policiais, Ford e Tench entram nas profundezas da mente humana, principalmente naquelas que são perturbadas e potencialmente loucas.

Ficha Técnica
Criador: Joe Penhall
Lançamento: 2017
Temporada corrente: 1ª temporada
Gênero: Suspense, Policial
País de Origem: Estados Unidos

José Iuri Barbosa de Brito




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