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DICAS



Dicas de Livros Dicas de Filmes Dica de Música Dica de Série

 

Dicas de Livros




Morte no Buraco Negro e Outros Dilemas Cósmicos



Astrofísico no American Museum of Natural History e diretor do Hayden, um dos principais planetários do mundo situado em Nova Iorque, Neil deGrasse Tyson é conhecido mundialmente por suas pesquisas e atuação na divulgação científica. Como divulgador, dirige e apresenta a série de TV Cosmos, criada por Carl Sagan, na qual conduz o público pelos maiores mistérios do universo com linguagem clara e muito entusiasmo. Além disso, é autor de vários livros sobre astronomia e cosmologia.

Em “A Morte no Buraco Negro”, Tyson reuniu mais de quarenta de seus principais artigos publicados entre 1995 e 2005, com o objetivo de explorar a infinidade de tópicos que envolvem a existência. Na obra ele aborda o cosmos, a vida, a ciência, a religião e o cotidiano, tendo como ponto de partida a natureza do conhecimento.

Tyson discorre sobre a progressão do planeta Terra até o estado atual, como a vida extraterrestre é erroneamente representada pela indústria cinematográfica, a relação entre ciência e religião e como seria estar dentro de um buraco negro. Tudo em um único livro, organizado em sete seções independentes que, brilhantemente, se completam.

Ao aventurar-se nessa jornada literária, você será conduzido pelos mais bonitos e mais assustadores dilemas cósmicos. Por muitas vezes, ficará perplexo com as surpreendentes revelações e, mais perplexo ainda, com a leveza com que Neil tratou de assuntos extremamente complexos e delicados.

Morte no Buraco Negro e Outros Dilemas Cósmicos é um deleite de conhecimentos e indicado para o mais deslumbrado pelos enigmas do universo até o mais leigo no assunto.

“Penso em Morte no Buraco Negro como um portal do leitor para tudo o que nos comove, ilumina e aterroriza no universo.” Neil DeGrasse Tyson

Ficha Técnica
Autor: Neil deGrasse Tyson
Editora: Editora Planeta do Brasil, 2016
Edição: 1
Páginas: 432
Gênero: Astronomia
País de Origem: Estados Unidos

Wislayne Dayanne Pereira da Silva








Ilha do Medo




Originalmente publicado com o nome de “Paciente 67”, o livro “Ilha do Medo” foi escrito por Dennis Lehane, uma referência nos suspenses policiais. O autor ficou bastante conhecido por sua obra “Sobre Meninos e Lobos” e teve essas duas obras adaptadas para o cinema.

“Ilha do Medo” é um suspense psicológico excelente e muito bem construído com foco na investigação e paranoia do personagem principal, xerife Teddy Daniels. A história começa quando Teddy e seu parceiro, Chuck Aule, são chamados ao Hospital Psiquiátrico Ashecliffe, reservado a pacientes criminosos, para investigar a fuga da assassina Rachel Solando, que escapa descalça de um quarto vigiado e trancado à chave sem deixar vestígios.

Logo que chega à ilha onde se localiza o hospital, o xerife percebe uma resistência dos pacientes e empregados em colaborar com a investigação e em pouco tempo ele se depara com diversas situações estranhas que o leva a desconfiar de que o hospital esteja realizando experiências científicas ilegais com os pacientes. Quanto mais avança na investigação e mais perto da verdade Teddy chega, mais enganosa ela se torna. Com um final muito surpreendente e inesperado, “Ilha do Medo” é um livro sensacional e é indicado para quem gosta de suspense e literatura policial.

Ficha Técnica
Autor: Dennis Lehane
Editora: Companhia das Letras
Edição: Primeira
Páginas: 344
Gênero: Suspense policial
País de Origem: Estados Unidos

Camila de Oliveira Abrantes


Dicas de Filmes



Star Trek: The Motion Picture


br>Star Trek: The Motion Picture foi a primeira adaptação para o cinema de uma das melhores séries de ficção científica já feitas. A série Star Trek, criada por Eugene Roddenberry, conquistou fãs de várias gerações desde a sua estreia na televisão na década de 1960. Um dos motivos é o enredo sempre marcado por sua fidelidade científica e destaque a questões filosóficas.

O filme, lançado em 1979, reúne novamente os personagens clássicos que caracterizam a obra, interpretados pelos mesmos atores da série. O incrível e astuto Capitão Kirk, vivido por William Shatner, está mais uma vez no comando da nave interestelar USS Enterprise. Leonard Limoy está no papel de Spock, o Primeiro Oficial e Oficial de Ciências, metade vulcano e metade humano, que segue puramente a lógica em todas as suas ações e o Dr. Leonard McCoy, Oficial Médico e amigo do Capitão Kirk é interpretado por DeForest Kelley.

Quando uma nave alienígena desconhecida e muito poderosa destrói três naves Klingons, uma estação espacial avisa a Federação; mas, logo após, também é dizimada. Esse grande poder de fogo dirige-se para a Terra e o Capitão Kirk é designado a comandar a USS Enterprise mais uma vez e interceptar o invasor misterioso.

Embora os efeitos especiais sejam de 1979, os questionamentos filosóficos levantados não poderiam ser mais atuais. Star Trek: The Motion Picture confronta, de forma brilhante, nosso medo frente ao desconhecido do universo com as dúvidas existenciais que são parte da natureza humana, assim como a busca pelo conhecimento. Além disso, como todo grande filme de ficção científica, apresentar um desfecho arrebatador.

Ficha Técnica
Diretor: Robert Wise
Lançamento: 1979
Duração: 2 horas e 12 minutos
Classificação: Livre
Gênero: Ficção Científica, Mistério e Aventura
País de Origem: Estados Unidos

Camila Machado de Araújo








Animais Fantásticos e Onde Habitam




Para muitos, o brilhante e mágico enredo do universo Harry Potter estagnou-se com o lançamento do oitavo e até então o último filme da saga: Harry Potter e as Relíquias da: Morte Parte 2. Entretanto, J. K. Rowling assumiu o seu primeiro trabalho como roteirista e tirou de um personagem periférico de suas obras uma história totalmente diferente. Não mais ambientada naquela Londres escura, repleta de florestas e pântanos sombrios, Animais Fantásticos e Onde Habitam se passa em uma Nova Iorque teatral e grandiosa, coberta por prédios e figurinos impecáveis.

A história começa quando Newt Scamander (Eddie Redmayne), um ex-aluno de Hogwarts especializado em magizzologia (estudo de criaturas mágica) adentra a cidade de Nova Iorque com uma mala cheia de animais fantásticos. Em paralelo a sua chegada, uma misteriosa criatura mágica vem devastando as ruas da metrópole americana, provocando a exposição do mundo bruxo ao assassinar um trouxa (pessoa que não possui habilidades mágicas). O Obscurus é uma nuvem negra e sombria repleta de rancor produzida por crianças forçadas a subjugar os seus dons mágicos. Há alguma criança, em Nova Iorque, reprimindo uma magia naturalmente poderosa e criando um ponto de conflito entre a comunidade bruxa americana e as facções de bruxos fanáticos.

Apesar do tom tenebroso introduzido pelo Obscurus no enredo, a direção do filme conseguiu mesclar as cenas dramáticas com as cômicas tentativas de Newt, junto ao seu novo amigo, o padeiro Jacob Kowalski (Dan Floger), de capturar as criaturas que escaparam da mala. No meio disso tudo, Scamander ainda passa a ser supervisionado pela da impetuosa Porpentina Goldstein (Katherine Waterston) e da sua irmã Queenie Goldstein (Alison Sudol), dando espaço a um romance, sem grandes holofotes, entre os personagens.

Com Animais Fantásticos e Onde Habitam, J. K. Rowling abre uma nova porta surpreendente do universo que ela mesma criou. Em vez de readaptar a jornada do famoso bruxo Harry Potter, ou então continuar a sua história, o filme retrocede algumas décadas e migra para uma cidade totalmente diferente. A nova ambientação e os novos personagens deixam os fãs e apreciadores ansiosos pelos próximos quatro filmes que virão.


Ficha Técnica
Diretor: David Yates
Lançamento: 2016
Duração: 133min
Classificação: 12 anos
Gênero: Fantasia, Aventura
País de Origem: Reino Unido, EUA

Saulo Afonso Sobreira Lima

Dica de Música




The 2¢ Show 




O movimento Steampunk nasceu na literatura, e rapidamente se tornou popular entre os anos 80 e 90. Ele trata de maneira simples como seria o mundo se os grandes avanços tecnológicos do momento (e até tecnologias que ainda não existem realmente) tivessem ocorrido na época em que as principais máquinas eram movidas a vapor.

Dentre os bons representantes desse movimento na música, está a banda Steam Powered Giraffe, que foi fundada em 2008 pelos irmãos gêmeos idênticos David e Isabella Bennett juntamente com Jonathan Sprague após se conhecerem na escola de artes teatrais de Grossmont College.

Cada um de seus integrantes interpreta um robô movido a vapor com história e origem particulares, nomeadamente: Rabbit (também chamada de Bunny), interpretada por Isabella; Spine, interpretado por David e Jon, interpretado por Jonathan. Apesar das diferenças entre suas estruturas e personalidades, os três foram desenvolvidos para combate, e após diversas missões bem-sucedidas, eles se tornaram inoperantes e foram modificados para cumprirem funções de entretenimento, surgindo assim a banda Steam Powered Giraffe, nomeada em homenagem à girafa que era o meio de transporte deles.

As origens da banda, assim como outras histórias e crônicas sobre heróis e contos de amor, são sempre fielmente retratadas nas músicas do grupo, que são bastante líricas e chegam a tornar os instrumentos aparentemente dispensáveis. Estes são um detalhe a mais na qualidade das composições, pois elas são majoritariamente formadas por instrumentos clássicos mesclados com sintetizadores de voz, o que reforça a influência Steampunk presente.

Dentre as músicas (ou contos) do álbum “The 2¢ Show”, algumas se destacaram mais, como “Rex Marksley”. Ela conta a história de um herói que foi considerado o melhor atirador de sua época, com habilidades tão singulares que o renderam a lenda de ter conseguido desarmar 40 bandidos gastando apenas dois tiros e de ter derrotado diversos vilões fantásticos sempre montado em seu fiel cavalo movido a vapor, como o gigante Rei Cascavel.

Não há apenas composições que contam histórias felizes, um bom exemplo é “Airheart”, que desenvolve a trama de uma jovem robô filha de um piloto e seu avião. Ela se apaixonou e teve um relacionamento com o piloto Jimmy Wright, que tragicamente desapareceu em seu avião e foi considerado morto após apenas ter os seus óculos encontrados. Mesmo com o passar dos anos, ela ainda conseguia ouvir o seu amado em suas viagens, até que, após uma colisão contra uma montanha, Airheat teve o seu destino fundido com o de Jimmy, pois novamente nenhum corpo foi encontrado dentre os destroços, apenas os velhos óculos de Wright.

Mesmo com o excelente nível das produções, uma delas é facilmente considerada a “cereja do bolo” do álbum, e esta é “Honeybee”, uma composição capaz de levantar diversos sentimentos em seus ouvintes. Ela conta a triste história de um robô que acabou de sofrer uma desilusão amorosa com uma robô abelha humanoide. Ainda perdidamente apaixonado ele lamenta o dia em que se olharam e se tocaram pela primeira vez, pois esse momento o persegue em todos os seus sonhos e pensamentos. Ele implora pela liberdade, pois sabe que esperou por ela durante toda sua vida e agora está com medo de ter que viver o resto dela sozinho. Por fim, ao perceber que sua tristeza o está enlouquecendo, ele aceita que, mesmo sem entender, é o momento de deixá-la ir embora.

O álbum é uma obra fora dos padrões musicais mais difundidos, porém ele, assim como as outras produções da banda, vale a oportunidade de ser escutado e apreciado. Nos últimos anos o grupo sofreu algumas pequenas mudanças em sua formação e algumas músicas receberam versões com as novas vozes, o que permite uma renovação nos sentimentos gerados pelas produções, visto que elas eram as grandes responsáveis pelo envolvimento do ouvinte com a história.

Giuseppe Di Giuseppe Deininger





Dica de Série




Doctor Who 



Em 23 de novembro de 1963, estreava a série de ficção científica que se tornaria a mais longa e famosa série do gênero, Doctor Who. Teve sua gravação parada em 1989 e retornou em 2005 com a inovadora trama de Steven Moffat (também roteirista da série “Sherlok”).

A série cria uma nova realidade facilmente adotada pelo espectador. Alienígenas não apenas existem, também têm suas próprias organizações sociais, aparências distintas e motivos para guerra. É nesse cenário que a Terra torna-se protagonista; ela é constantemente atacada por diferentes povos interessados em estudar a cultura, dominar a humanidade por considerá-la inferior, ou simplesmente exterminá-la por maldade. E em cada uma dessas situações, o Doutor é quem luta pelo planeta, cuidando para que os alienígenas não obtenham sucesso em seus ataques e ainda para que os seres humanos não descubram a existência desses outros povos (tal descoberta seria muito perigosa para seres tão egocêntricos e alarmados).

O principal personagem tem aparência humana, mas é da espécie dos Senhores do Tempo. Ainda criança, ele escolhe um nome simbólico que seria uma promessa por toda a vida, “Doutor”. Seu verdadeiro nome não é revelado em nenhum momento da série, apesar da pergunta recorrente “Doutor quem?” (que dá nome ao programa), ser feita por todos que escutam “o Doutor” como resposta a “quem é você?”.

Em todas as temporadas, o Doutor recebe ajuda de outros, sejam alienígenas ou seres humanos, em especial, de seus acompanhantes, que são muitíssimo estimados por ele. Especialmente porque o Senhor do Tempo diz não poder viajar sozinho por ter uma natureza má que, apesar de estar quase sempre sobreposta por seu bom temperamento e obras de salvação na Terra, pode dominá-lo em momentos de angústia e solidão.

Apesar de, em um primeiro contato, parecer uma narrativa de certa forma boba e exagerada, ela é na verdade muito cheia de críticas à humanidade e ressalta, de maneira singular, o caos para o qual caminha toda a natureza. Cada viagem do Doutor com seus acompanhantes, tanto para o futuro, quanto para o passado, revela uma nova história, nova crítica, estranhos personagens e muitos encantos.
Ficha Técnica
Criador: Sydney Newman / C. E. Webber / Donald Wilson
Lançamento: 23 de novembro de 1963
Temporada corrente: 26 (1963 - 1989); 10 (2005 – atualmente)
Gênero: Ficção Científica / Drama
País de Origem: Reino Unido

Ellen Ribeiro Lucena




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