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DICAS



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Dicas de Livros



O Cortiço




Publicado em 1890, O Cortiço é um romance naturalista escrito por Aluísio Azevedo, um dos principais representantes desse estilo no Brasil.

A animalização dos personagens, a descrição detalhada das pessoas e do ambiente, a retratação da pobreza, da miséria, das grandes diferenças sociais e a comprovação de que um ambiente degradado leva à decadência das pessoas. Essas eram as principais características das obras naturalistas no Brasil, que são bem retratadas nas obras de Aluízio Azevedo, além de como O Cortiço, O Mulato e Casa de Pensão.

Nessa obra são contadas as histórias de dois imigrantes portugueses de índoles diferentes. De um lado, João Romão, que buscava enriquecimento acima de tudo, muitas vezes usando de meios ilícitos para isso. Ele se aproveita de sua amante Bertoleza, uma negra fugida que trabalha todos os dias e junta o dinheiro necessário para comprar sua carta de alforria, mas que é enganada e roubada por João Romão.

De outro lado vemos a história de Jerônimo, que mora no cortiço do João Romão, mas que ao contrário dele é um trabalhador honesto. Embora, ao longo do romance, ele ceda às ideologias naturalistas de que viver em um ambiente como o cortiço pode levar as pessoas de boa índole a uma degradação de seus princípios.

Retratando as diferenças sociais, o preconceito e a realidade das classes mais pobres, O Cortiço é considerado a obra prima de seu autor. Uma importante obra da literatura naturalista brasileira e que merece ser apreciada por você.

Camila de Oliveira Abrantes








Queda de Gigantes




Formado em filosofia pela University College, de Londres, o galês Ken Follett é conhecido como um dos maiores escritores de ficção histórica da atualidade, com mais de 100 milhões de livros vendidos. Follett teve, também, obras adaptadas para o cinema ou televisão como as séries The Pillars of The Earth e World Without End, baseados nos livros Os Pilares da Terra e Mundo Sem Fim, respectivamente.

Queda de Gigantes é o primeiro livro da Trilogia do Século, que, como o próprio nome sugere, percorre os acontecimentos que ocorreram no século XX. Tendo início no juntamente com o século, o primeiro livro narra diversos fatos marcantes num período de aproximadamente 30 anos tais como a Primeira Guerra Mundial, a Revolução Russa, o movimento pelo Sufrágio Universal e a ascensão da classe trabalhadora.

A obra não apresenta um personagem principal pois é contada sob o ponto de vista de cinco famílias de diferentes nacionalidades e condições financeiras. Desse modo, Ken consegue transmitir de maneira fantástica a estrutura social e o cotidiano das classes sociais da época e de como os acontecimentos do século afetaram cada uma dessas famílias.

Com personagens muito envolventes e interessantes, Follett consegue prender a atenção do leitor e ao mesmo tempo “dar uma aula” de história muito melhor do que você pode ter em qualquer escola.

Pedro Henrique Oliveira Toscano Ximenes


Dicas de Filmes



Jobs



O ator Ashton Kutcher protagoniza um filme que de início poderia parecer apenas mais um filme bibliográfico, mas que revela muita criatividade de um jovem inventor, em um cenário que se passa entre os anos de 1971 e 2001.

Lançado em Janeiro de 2013, o filme conta a história de Steve Jobs, interpretado por Kutcher que, no início da década de 70, era considerado apenas um estudante hippie do Reed College e trabalhava na Atari.

Jobs era conhecido por ser uma pessoa difícil de lidar e com uma personalidade magnética, que às vezes o filme exagera. Cada discurso dele é ouvido com muita atenção e reverência, dando uma cara de filme de autoajuda para quem tem interesse por empreendedorismo.

De hippie, sem foco nos estudos, Jobs inicia com seus amigos, na garagem de sua casa, um projeto que, segundo ele, iria revolucionar o mundo da tecnologia. Então, foram lançados os primeiros computadores pessoais com os quais era possível interagir facilmente. Jobs não parava de tentar inovar, para isso contratou os melhores para cuidar do hardware e do software, para que suas máquinas sempre fossem as mais surpreendentes do mercado.

Jobs não era apenas um gênio da tecnologia, mas também do marketing e seu lema na empresa era a simplicidade na divulgação dos produtos. A partir de então, surgiu o símbolo que representara a famosa marca Apple: uma ilustração de Isaac Newton em baixo de uma macieira que, obviamente, não obteve êxito. Posteriormente, Jobs se deu conta desse fato, e idealizou a maçã mordida, como símbolo de conhecimento e absorção do mesmo.

Assim, o filme “Jobs” exibe parte da carreira do visionário magnata, mostrando as relações que ele teve com seus amigos e companheiros da empresa, seus sucessos e fracassos, como também o impasse com Bill Gates.

José Wemerson Farias Lima



Operações Especiais




Encorajada por um assalto ao hotel onde trabalhava, Francis, interpretada por Cléo Pires, inscreve-se para fazer parte da Polícia Civil do perigoso estado do Rio de Janeiro. Com muito sucesso na academia, a protagonista rapidamente se engaja no trabalho com a burocracia da grande cidade.

No entanto, após uma intervenção policial a uma das favelas pseudo pacificadas do Rio, Francis, formada em turismo, é enviada em uma operação extraordinária a São Judas do Livramento onde deve atuar em campo assim como o resto da equipe, composta apenas por homens. O objetivo da missão liderada pelo delegado Paulo Froes (personagem interpretado por Marcos Caruso) é diminuir o índice de violência na cidade, entretanto, a equipe se depara com um cenário repleto de corrupção policial e em todos os poderes locais: Executivo, Legislativo e Judiciário.

Lançado em 15 de outubro de 2015, o filme Operações Especiais conta a história da mais nova integrante da polícia civil que tem de suportar a insegurança de trabalhar com uma arma na mão invadindo favelas e com a falta de confiança do grupo sobre sua capacidade de lidar com o serviço. Francis enfrenta o machismo dos policiais, a criminalidade do morro e a corrupção que envolve todo o estado do Rio de Janeiro.

Caio Victor Aires Diniz

Dica de Música





American VI: Ain’t No Grave 




John R. Cash (1932 – 2003) ou Johnny Cash, como é mundialmente conhecido, teve uma das mais longas e conhecidas carreiras da música americana. Com uma trajetória extensa e controversa, o cantor cruzou a segunda metade do século XX agitando e polemizando com sua voz potente e sepulcral, esta, que ditou os rumos e o futuro da música country.

A vida de Cash sempre foi uma caixa de surpresas. Protagonizou o considerado maior romance da história da música com sua esposa e também cantora June Carter. Devido a seu carinho especial por prisioneiros, voluntariava-se frequentemente para tocar em presídios, e chegou a gravar um álbum na prisão estadual de Folsom, na Califórnia. "At Folsom Prisom" está na lista dos 200 álbuns definitivos no Rock and Roll Hall of Fame.

Viciado em anfetaminas e barbitúricos, a vida pessoal de Cash passou vários problemas, apesar disso ainda compôs hits de sucesso como "Ring of Fire". Após a perda de dois filhos em um desabamento, o Homem de Preto, apelido recebido devido a seu visual característico, passou por uma longa fase de reabilitação e conversão religiosa. Após esse período de redescoberta, o cantor cristalizou seu estilo e imagem. No fim da década de 90, o cantor foi diagnosticado com complicações nervosas associadas à diabetes, doença que causou a sua morte em 2003.

American VI: Ain't no Grave é o último álbum gravado em vida por Johnny Cash, mesmo sendo lançado sete anos após sua morte. O disco é o final da coletânea de sucesso na gravadora American Records. A voz cansada e o tom melancólico das canções transformam as músicas em um verdadeiro passeio pelo espírito e as lutas do Homem de Preto. As faixas "I Corinthians 15:55" (passagem da bíblia que fala sobre a morte) e "For the Good Times" são uma amostra da visão do cantor acerca da sua própria morte.

Mesmo com a opinião dividida sobre o American VI, a crítica é unânime quanto ao esforço de Cash e à transparência da doença nas canções. Apesar de estar longe de suas melhores performances, "Ain't no Grave" é a exibição da humanidade e personalidade do ícone da música que se tornou Johnny Cash. O Álbum final da vida do Homem de Preto é a coroação da carreira de sucesso do cowboy que nunca "Andou na Linha".

José Iuri Barbosa de Brito





Dica de Série




Stranger Things 



Stranger Things é uma série estadunidense da Netflix que estreou em julho de 2016 e faz parte dos gêneros suspense e ficção científica.

Centrada inicialmente no desaparecimento de Will Byers e no aparecimento de uma garota chamada Onze, na pacata cidade de Hawkins, num ambiente típico dos anos 80, a história logo se mostra mais ampla, envolvendo experimentos secretos do governo e criaturas sobrenaturais.

Logo nos primeiros episódios, diferentes grupos de buscas são formados e eles vão além da busca do garoto desaparecido, mostrando as características de cada personagem, indo da inocência para o ceticismo diante dos fatos estranhos que acontecem ao redor de todos.

Além do já rico conteúdo e da bela ambientação, a série possui diversas referências a filmes marcantes dos anos 80, que são um atrativo a mais para o público. É uma obra indipensável para qualquer pessoa que deseje assistir a uma série que foge do clichê da maioria das histórias de suspense e de drama.

A série obteve uma aprovação dos críticos de 94% e aprovação do público de 96% segundo o Rotten Tomatoes, um dos mais conhecidos sites de avaliações de filmes e séries, valor bastante alto para apenas a primeira temporada de uma série sem grandes nomes envolvidos em sua produção.

Giuseppe Di Giuseppe Deininger




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