Dicas‎ > ‎

ed61



DICAS



Dicas de Livros Dicas de Filmes Dica de Música

 

Dicas de Livros



On the Road 


Jack Kerouac escreveu “On the Road” em um único rolo de papel, em 1951; quarenta metros de puro texto sem parágrafos. Das palavras, emergia a história de Sal Paradise e Dean Moriarty, dois jovens à procura de sensações, em uma geração pós-guerra. De carro, eles traçaram o território dos Estados Unidos da América de uma costa à outra, colhendo experiências, mulheres e gerando um espírito de liberdade marcante não só na época deles, mas nas gerações do porvir. Pois o livro se tornou um dos principais elementos da chamada geração Beat e inspirou ícones da segunda metade do século XX.

Os cenários carregam a poeira da estrada, a umidade do sul, a altitude das montanhas, a energia dos clubes repletos de música emitidas por instrumentos de metal, vibrantes, provocando no leitor a vontade de cair no mundo. Não há luxos para os almejantes de asas; nas sarjetas e nos casebres dormem as personagens desta trama, sem preocupações iminentes. O texto, após revisões de editores, adquiriu contornos entendíveis; os conhecedores dessas linhas não negam a admiração e o respeito por estes jovens desprovidos de riquezas, apesar das loucuras aos olhos inocentes.

Sal Paradise é o próprio autor e Dean Moriarty, seu amigo Neal Cassady. Por eles passaram nomes fortes do cenário literário e musical daquela época e sobre eles foi escrito; sobre tudo de mais experimental e melancólico, também. A vontade de fugir rumo ao desconhecido, de fazer valer cada segundo, de sentir prazeres escondidos, de ver gente, de ser gente, é o combustível daqueles jovens intelectuais e insanos. Se sente o mesmo, peregrine com “On the Road”.

Filippe José Gadelha Tertuliano







Nem vem que não tem: a vida e o veneno de Wilson Simonal



Fruto de dez anos de pesquisas e um meticuloso trabalho de jornalismo investigativo empreendido por Ricardo Alexandre, “Nem vem que não tem: a vida e o veneno de Wilson Simonal” é um livro importante, por trazer à luz fatos reveladores desse que foi um dos maiores intérpretes da música brasileira.

Lançado em 2009, pela Editora Globo, São Paulo, a leitura do livro “Nem vem que não tem: a vida e o veneno de Wilson Simonal” conduz o leitor por favelas do Rio de Janeiro, pela infância e pela adolescência desse grande artista, pelos palcos de Brasil, pelos palcos internacionais, pelos festivais na televisão e até pelos porões da ditadura militar.

Enfim, trata-se de uma biografia contextualizada da incrível trajetória do cidadão Wilson Simonal de Castro, nascido no Rio de Janeiro, em 26/02/1939: da miséria ao estrelato, do ápice ao ostracismo a que foi relegado, devido ao preconceito e ao patrulhamento ideológico a que foi submetido por setores da esquerda, até a sua morte, em 25/07/2000.

Benedito Antonio Luciano, professor do Departamento de Engenharia Elétrica da UFCG


Dicas de Filmes







Família do Bagulho


Após ser roubado, o traficante atrapalhado David Clark (Jason Sudeikis) é obrigado por seu chefe, Brad Gurdlinger (Ed Helms), a viajar até o México para fechar uma negociação envolvendo um grande carregamento de maconha. Para isso, ele resolve contratar três pessoas para formar uma “família” para servir de mula e trazer as drogas, passando pela rígida polícia da fronteira americana.

David convida a stripper Rose O’Reilly (Jennifer Aniston), sua vizinha, para ser sua falsa esposa e os adolescentes Casey (Emma Roberts), rebelde e sem teto, e Kenny (Will Poulter), um jovem inocente meio bobo, para serem seus supostos filhos. Juntos, eles formam a família Miller, que aparentemente estariam fazendo uma pacata viagem rumo ao México a bordo do trailer da família; entretanto, ao longo do caminho seus comportamentos vêm à tona e nem tudo sai como o planejado.

Os personagens são bem característicos, enfatizando muito bem o psicológico conturbado dos quatro protagonistas, além de garantir muitos risos. O filme, dirigido por Rawson Marchall Thurber, é bem dinâmico e possui roteiro eficiente, provocando em algumas sequências risadas de tirar o fôlego.

Apesar de, em alguns momentos, abusar dos palavrões, “Família do Bagulho” lhe proporcionará muita diversão! Mas não se esqueça de tirar as crianças da sala.

William Pinheiro Silva


Deus não está morto


O filme do ano de 2014 é uma produção americana e consta em seu enredo uma discussão interessante que ocorre com frequência em universidades de todo o mundo.

Josh Wheaton (Shane Haper) entra para a faculdade e acaba sendo desafiado por seu professor de filosofia, que não acredita na existência de Deus, a convencer a turma sobre o contrário. Nesse contexto, Josh possui vinte minutos em três aulas para apresentar seus argumentos e defender sua fé. Então é iniciada uma disputa entre os dois, que estão dispostos a tudo para defender seus pontos de vista, chegando até mesmo a se afastar de pessoas realmente importantes em suas vidas.

Klynger Renan Menezes Dantas

Dica de Música









Sonic Highways 


Foo Fighters é um conjunto estadunidense formado em 1995, pelo ex-baterista da banda Nirvana , o vocalista Dave Grohl. Com quase 20 anos de carreira, o Foo Fighters hoje é considerado uma das mais influentes bandas de Rock.

Após uma memorável apresentação no estádio da seleção inglesa de futebol, Wembley Stadium, no ano de 2007, Grohl decidiu inovar no processo de criação do sétimo álbum do grupo, Wasting Light. A gravação do disco foi documenta e lançada no filme Back and Forth que narra a história da banda até aquele momento. Até então o Foo Fighters nunca tinha feito algo do tipo.

A gravação do filme Back and Forth estimulou o vocalista da banda, Dave Grohl, a experimentar o processo de direção e, em 2013, Grohl lançou o primeiro documentário dirigido por ele mesmo, Sound City. O Sound City Studios foi um estúdio musical localizado na cidade de Los Angeles palco de grandes clássicos da indústria fonográfica.

Muitos fãs e críticos da banda se perguntaram o que Dave e os demais membros iriam preparar para a gravação do oitavo disco da banda após um filme e um documentário. Para surpresa de todos, a banda não só anunciou que iria gravar uma série pela HBO, como também iria gravar cada uma das músicas em uma cidade diferente dos Estados Unidos.

A série Sonic Highways tem o mesmo nome do CD e foi dirigida por Dave com a intensão de registrar um “mapa musical da América”. Dessa forma, a banda passou uma semana em cada uma das oito cidades onde o disco foi gravado. As cidades escolhidas foram: Chicago, Washington D.C, Nashville, Austin, Los Angeles, Nova Orleans, Seattle e Nova York.

Em cada cidade foram feitas entrevistas com músicos locais sobre a influência do ambiente na música produzida. Paralelo a isso, a banda se organizava em um estúdio local e criava uma música nova sobre temas abordados pelos entrevistados. As próprias letras foram retiradas das entrevistas. Dentre os entrevistados, destacam-se Zac Brown, Pharrell Williams e o presidente Barack Obama.

Musicalmente, o disco não é muito diferente em relação aos últimos trabalhos da banda, com exceção das últimas faixas que apresentam um caráter mais sentimental comparado com as demais músicas. Apesar da grande expectativa, o álbum foi avaliado como intermediário pela crítica, mas a experiência de acompanhar a gravação do CD pela televisão foi bastante interessante.

Hugo Gayoso Meira Suassuna de Medeiros







Dicas das Edições Anteriores




Comments