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Dicas de Livros



Morte Súbita 


A história dos personagens se envolve profundamente com a história de seu próprio cenário, o vilarejo de Pagford. Inicialmente, Pagford nos parece apenas uma pequena cidade, como outra qualquer. Mas após a morte inesperada de Barry Fairbrother, membro do Conselho do vilarejo, toda Pagford fica em choque. O assento vazio deixado por Barry no Conselho desencadeia uma eleição, que torna-se a maior guerra, que a cidade já viu; guerra esta travada por meio de segredos, calúnias e manipulações.

O início do livro torna-se um pouco confuso devido a quantidade de personagens que são apresentados em poucas páginas, mas no desenrolar do processo eleitoral para o Conselho da cidade, os personagens mostram seu íntimo, revelando para o leitor todos os seus pensamentos e sentimentos, mostrando-se maridos dominadores, senhorinhas cruéis e fofoqueiras, adolescentes bullynados e introvertidos, alunos que recorreram às drogas devido a desgraças familiares.

Com a morte de Barry nas primeiras páginas do livro, J.K. Rowling constrói um personagem principal ausente, movimentando a trama exatamente por não estar mais lá. Com o desenrolar da história, a autora vai nos apresentando cada família da pequena cidade e nos mostrando o impacto que a morte de Barry teve em cada uma. O que fascina no livro é como passamos a conhecer mais Pagford do que a cidade em quem vivemos, e passamos a conhecer cada personagem melhor até que membros da nossa própria família.

No livro, a autora disseca os personagens, expondo-nos suas víceras mais egoístas, cruéis, gananciosas, desesperadas e manipuladoras, tornando impossível não nos remetermos às nossas relações cotidianas e às pessoas com as quais convivemos diariamente, ou, até, a nós mesmos. Rowling nos mostra, página a página, que as pessoas têm muitos segredos, e que todas elas reunidas são capazes de multiplicar e fazer explodir esses segredos.

Esta obra confirma o talento raro da autora, que nos faz passar mais de 500 páginas num só fôlego, aflitos para saber o que acontecerá com cada um dos seus personagens.

Nathália Guerra de Sousa







Um cadáver ouve rádio



“Um cadáver ouve rádio” é um livro de 1983, escrito por Marcos Rey e pertencente à tradicional Coleção Vaga-Lume. Trata-se de uma obra voltada ao público infanto-juvenil e que se baseia na busca por desvendar um misterioso assasinato ocorrido em um prédio de construção abandonado.

A história começa com o jovem Muriçoca que, procurando emprego, entra no prédio abandonado e acaba vendo o corpo de Boa Vida, um sanfoneiro local que se dava bem com todos. O surpreendente é que na cena do crime é encontrado um rádio ainda ligado, o que acaba dando o nome ao livro. As investigações do caso são feitas pelo Dr. Arruda, porém o mesmo pede ajuda a Léo, Gina e Ângela, um trio de jovens detetives, que acabam sendo os personagens principais da história.

Durante a trama, várias são as descobertas feitas pelo grupo e os suspeito que aparecem. Assim, não falta emoção e aventura, além de, sobretudo, mistério durante toda a obra. Mesmo sendo um livro até certo ponto simples, ele acaba te prendendo e se torna uma leitura bastante interessante.

Arthur Silva Vasconcelos


Dicas de Filmes







Chef


Sabe aquela dica dos economistas para não gastar demais no supermercado? “Não vá de barriga vazia...”. Essa dica é extremamente aplicável ao cinema. Nunca veja, com fome, um filme sobre gênios da culinária. Em “Chef”, dirigido e escrito pelo também protagonista do longa, Jon Favreau, o amor de um homem pela sua arte culinária cozinha o juízo de quem, faminto, o assiste; são quase duas horas de uma interessante história marcada por belas refeições.

Não sentir vontade de pular para a cozinha e desbravá-la, ou de querer morder o tão elogiado prato pelos figurantes do filme, é inevitável quando acompanhamos a jornada à procura do sucesso de Carl Caspar. Após ser limitado pelo ex-patrão e de ter recebido comentários amargos de um crítico gastronômico renomado, Carl fica sem rumo, ansioso para ser feliz de novo, dentro de uma cozinha. E é dentro de um Food Tuck que ele irá reviver o prazer profissional e causar muitos outros prazeres aos famintos.

Além de todo o queijo derretido e dos sanduíches assados na chapa, no filme são apresentados o poder das redes sociais e o relacionamento, abalado pelo divórcio, de Carl com o filho, dando um drama delicado à trama. No elenco, Scarlett Johansson, Dustin Hoffman, Sofía Vergara e Robert Downey Jr. temperam as cenas. Essa divertida e deliciosa produção, ponha-a no seu prato e bom apetite!


Filippe José Gadelha Tertuliano


Planeta dos Macacos: A origem


O filme Planeta dos Macacos: A Origem (Rise of the Planet of the Apes), dirigido por Rupert Wyatt, conta a história de Will Rodman (interpretado por James Franco), um cientista em busca da cura para o Mal de Alzheimer, que faz aplicações em macacos para testar sua nova fórmula. Quando aparentemente estava tudo certo na pesquisa, o macaco usado nos testes tem um ataque de fúria, quebrando tudo no laboratório e enfurecendo os patrocinadores da pesquisa, o que leva ao sacrifício do macaco.

Logo depois, Will descobre que o macaco agiu daquela maneira pois tinha um filho e estava querendo protegê-lo. Will leva o filhote para a casa, e passa a tomar conta dele, tornando-o membro da família, chamando-o de Caesar. O pai do cientista, que mora junto com ele, sofre do mal de Alzheimer, e por isso a luta incansável do cientista para encontrar a cura.

Os anos se passam e o macaco cresce as pesquisas de Will retomam e ele passa a fazer testes com o seu pai, tendo resultados muito positivos, o que posteriormente abre os olhos cada vez mais do chefe do laboratório.

Caesar possui uma inteligência fora do comum, algo que veio na genética devido aos testes feitos em sua mãe o que faz com que ele se superdesenvolva com muita rapidez. Mas um incidente faz com que Will se separe de Caeasar e este é mandado para um abrigo de primatas. No abrigo, ele começa a organizar uma rebelião, que culmina na fuga de todos os macacos. A primeira etapa do filme, que se estende por quase 105 minutos, serve para desenvolver de maneira inteligente e eficiente os personagens, deixando a ação principalmente para o segundo filme.

Saul Borges Nobre

Dica de Música









Awake 


Scott Hansen é um artista visual que trabalha com fotografias sob o pseudônimo de ISO50. A partir de 2004, Scott passou a lançar suas músicas utilizando o nome Tycho em seu primeiro CD intitulado Sunrise Projector . Entretanto, o seu trabalho musical passou apenas a ser bem reconhecido após o seu terceiro álbum, Dive em 2011.

As músicas de Tycho seguem um estilo eletrônico ambiente, que usam sintetizadores e contrabaixo como instrumentos mais presentes e marcantes. O sucesso de Dive fez com que Scott incorporasse novos membros ao trabalho , possibilitando melhor performance em shows . Os músicos que forneceram suporte à turnê de Dive foram incorporados durante a gravação do seu último álbum, Awake .

Para quem já conhece os trabalhos anteriores do compositor, a primeira impressão ao ver Awake é que sua capa é muito parecida com a do disco anterior, Dive. Ambas contém a mesma imagem de um Sol se pondo embora Awake distorça mais a figura adicionando listras de cores, criando um aspecto mais vintage. As semelhanças também são encontradas nas próprias músicas. Ainda que o estilo de música ambiente de Tycho esteja presente em todos os seus quatro CDs , é possível distinguir os elementos sonoros usados nos três primeiros. Awake deixa transparecer que o quarto álbum é uma continuação do terceiro.

Para quem escuta, o álbum é uma verdadeira viagem. As músicas fazem o ouvinte entrar em transe devido ao som oscilante dos sintetizadores. Nesse novo trabalho, as músicas são mais dinâmicas e junto com incorporação de batidas não eletrônicas fazem o álbum mais vivo do que o seu antecessor. A introdução de Montana e See lembram bastante a banda irlandesa U2 e demonstram a versatilidade de Tycho nesse disco.

Hugo Gayoso Meira Suassuna de Medeiros







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