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Dicas de Livro




O Grande Gatsby 


“O Grande Gatsby” foi escrito em 1925 pelo norte-americano F. Scott Fitzgerald. A obra se tornou um clássico da literatura nos Estados Unidos com direito a várias adaptações para a televisão e o cinema.

É sob a narrativa de um dos personagens, Nick Carraway, que o leitor é levado à Nova Iorque dos anos 1920. Nick é um recém chegado à cidade, passando a morar em uma humilde, mas bem localizada, residência. Vizinho do misterioso Jay Gatsby, o narrador descreve o convívio com personagens da alta sociedade, como o próprio vizinho e a delicada prima Daisy Buchanan, casada com o atlético Tom Buchanan. A retomada das relações com o primo lançam Daisy em contato direto com Gatsby, fazendo-a reviver sentimentos abafados pelo tempo. As festas das quais pode desfrutar não poderiam passar despercebidas aos olhos de Nick por serem elementos importantes na descrição da sociedade em questão.

É envolta por uma atmosfera de muita ostentação, de festas regadas a muita bebida alcóolica – mesmo com a proibição da mesma – e embaladas pelo Jazz, que a trama se ergue, fomentando as centelhas de um romance. É impressionante apreciar uma sociedade tão vibrante, ansiosa por expor suas fortunas, frequentada por caráteres dubitáveis. Mas nem só o glamour é descrito nas páginas. O contraste fica a cargo da região marcada pelo carvão, marginalizada, da qual são tirados importantes personagens e elementos, como o outdoor com a propaganda do oculista, que tudo vê.

Filippe José Gadelha Tertuliano







Sob a Redoma



Ao dizer que o livro é escrito por Stephen King o respeito pela obra já se estabelece com razão. Sob a Redoma trata de mais uma obra de arte de um dos maiores escritores da atualidade. Apesar de ser conhecido por escrever livros de terror, desta vez King preferiu dar um tom de thriller. Ao deixar os monstros de lado, ele foca nos aspectos humanos mais profundos, como a nossa própria potencialidade para o bem e para o mal.

Tudo começa em uma manhã como qualquer outra na pequena cidade americana de Chester’s Mill; a qual, do nada, passa a ser isolada do resto do mundo por algo que parece ser um campo de força invisível. Familiares são separados, carros são destruídos e aviões explodem ao tentar atravessá-lo. Somente um pouco de ar passa pelo que começou a ser chamado de redoma, e a água chega como uma pequena neblina. Em um lugar onde nem a chuva pode interferir, cada vez mais os do lado de “dentro” influem uns nos outros.

Assim, para tentar manter o controle na cidade sob a situação de crise, Dale Barbara, veterano da guerra do Iraque, une-se à oposição de um político local, Big Jim Rennie, que encontra-se disposto a tudo para manter-se no poder -- ou para o “bem da cidade”, como diria ele -- inclusive matar, não importa quem.

Prendendo o leitor de modo impressionante, com detalhes minuciosos e paradoxalmente realistas, Stephen King agrada a quem gosta de soluções simples, porém geniais, com direito até de um pouco de Ciência à la Conan Doyle. Presas sob algo cujos olhos não podem ver, em que estrelas cor-de-rosa caem e o sol sangra ao se pôr, as pessoas passam a enfrentar algo que ainda não conheciam: a si mesmas.

Emilly Rennale Freitas de Melo


Dicas de Filme






RoboCop


O filme “RoboCop”, dirigido por José Padilha Neto, o mesmo diretor de Tropa de Elite 1 e 2, traz Joel Kinnaman interpretando Alex Murphy, um detetive da polícia da violenta cidade de Detroit. Com sede pela justiça, ele decide investigar o caso de Antoine Vallon (Miguel Ferrer), chefe de um grande esquema de venda de armas, no qual investigadores da polícia estão contribuindo.

Alex sofreu um atentado comandado por Vallon, quando estava perto de capturá-lo e teve seu corpo quase todo comprometido com a explosão do seu carro. Entre a vida e a morte, uma oportunidade de salvá lo surgiu: a fusão do resto de seu corpo com uma máquina. Esta foi proporcionada pela OmniCorp, empresa liderada por Raymond Sellars (Michael Keaton), que já vinha desenvolvendo drones para combater o crime, mas que não era uma ideia aceita pelo governo dos Estados Unidos da América.

Gary Oldman, famoso pelo papel de Sirius Black na série de Harry Potter, interpreta o doutor Dennet Norton, responsável pela transformação de Alex em um ciborgue. Depois de treiná-lo e realizar algumas modificações para que sua agilidade fosse maior do que a dos drones, Norton fica com receio de que Murphy tivesse sua consciência alterada.

Para quem achava que as críticas de José Padilha estavam restritas ao governo brasileiro está muito enganado, pois foi audacioso o suficiente para criticar, no filme, ações do governo norte-americano, o que faz lembrar seus filmes anteriores, mas com uma quantidade mínima de sangue. O filme ainda conta com a participação de Samuel L. Jackson, Abbie Cornish, o que torna ainda mais contundente a ideia de assistir a ele.

Daniel Abrantes Formiga



Amarcord


Amarcord (1973) é considerado uma obra-prima do grande cineasta italiano Federico Fellini (1920-1993). Segundo depoimento do próprio diretor, mesmo não sendo um filme explicitamente autobiográfico, há nele passagens semelhantes a eventos vividos pelo cineasta em sua infância.

Em Amarcord, pelos olhos do personagem Titta (Bruno Zanin), o diretor dá uma olhada na vida familiar, na religião, na educação e na política dos anos 30, quando o fascismo era a ordem dominante na Itália. Além de Titta, há outros personagens interessantes, como o pai e a mãe dele, que estão constantemente trabalhando para viver com dignidade, além de um padre que escuta confissões só para dar asas à sua imaginação anti-convencional.

Nesse filme, os personagens possuem um lirismo e uma delicadeza que só a arte musical pode alcançar. Neste particular, destaque especial há de ser dado para a magnífica trilha sonora composta por Nino Rota.

Vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 1975, Amarcord foi, também, indicado aos Oscars de Melhor Diretor e Melhor Roteiro Original, em 1976, pois o filme só veio a circular nos Estados Unidos naquele ano.

Prof. Dr. Benedito Antonio Luciano

Dica de Música









Random Access Memories 


A dupla eletrônica formada pelo luso-francês Guy-Manuel de Homem-Christo e pelo francês Thomas Bangalter ganhou destaque novamente no ano de 2013 com o lançamento de Random Access Memories, o quarto álbum de estúdio da banda.

O primeiro single do álbum foi disponibilizado para download um mês antes da data de lançamento do CD. Em pouco tempo a música intitulada Get Lucky tornou-se hit de grande sucesso. Além de sua boa sonoridade, o single chamou a atenção devido à colaboração vocal de Pharrell Williams e a presença de diversos instrumentos não eletrônicos, o que foge um pouco à proposta inicial da banda, que se definia como house music.

O lançamento do CD repercutiu positivamente tal qual o single que fora lançado um mês antes e apesar de confirmar a mudança do estilo da dupla, não deixou a desejar quanto à qualidade do álbum. Vale lembrar, entretanto, que elementos da música funk, rock e baladas sempre estiveram presentes nos trabalhos anteriores da banda, mesmo que este álbum tenha fugido das origens dela.

É perceptível que a música do Daft Punk tem muito mais letras hoje do que nos seus primeiros trabalhos, tornando o álbum um pouco pop. Além disso, um número considerável de colaborações foram feitas em sua composição: Julian Casablancas, Pharrell Williams e Todd Edwards são alguns dos artistas que deixaram sua marca nas músicas de Random Access Memories.

Ao escutar o álbum, é possível perceber certa sincronia entre as faixas. Por exemplo, os acordes da música Within são os mesmos da sucessora Instant Crush. O ritmo do álbum é quase sempre o mesmo, o que causa a impressão de que não há a passagem das faixas.

O longo período que o Daft Punk passou sem grandes lançamentos foi bem recompensando, afinal a dupla recebeu quatro Grammys: Melhor Álbum (Random Access Memories), Melhor Gravação do Ano (Get Lucky), Melhor Atuação Pop de um duo ou grupo (Get Lucky) e Melhor Disco de Música Eletrônica ou Dance (Random Access Memories). Um prêmio de Melhor Engenharia ainda foi concedido aos técnicos responsáveis pela gravação, produção e mixagem. Com tantas premiações, não há dúvidas de que vale a pena escutar Random Access Memories do Daft Punk.

Hugo Gayoso Meira Suassuna de Medeiros







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