Dicas de Livro
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O mundo assombrado pelos demônios
No livro “O mundo assombrado pelos demônios: a ciência vista como uma vela no escuro”, o astrônomo, professor, cientista, escritor e divulgador científico norte-americano Carl Sagan (1934-1996) nos apresenta, ao longo dos vinte capítulos e das 509 páginas, as suas preocupações com “o vírus do analfabetismo científico” que se alastra mundialmente, tendo como meios de propagação os veículos de comunicação de massa, instituições religiosas e até mesmo instituições de ensino.
Efetivamente, a preocupação com o analfabetismo científico não é nova, pois no capítulo 1, intitulado “A coisa mais preciosa”, Carl Sagan menciona escritos da Suméria, de mais e quatro mil anos, e de Platão, de mais 2.400 anos, nos quais os autores lamentam o declínio dos padrões educacionais, que tornavam os jovens desastrosamente mais ignorantes do que a geração imediatamente anterior. Fenômeno facilmente constatado nos dias atuais.
Lançado no Brasil pela Editora Companhia das Letras, em 2006, “O mundo assombrado pelos demônios” é um livro denso, para ser lido e relido por quem busca a verdade para além das explicações místicas, superstições e manipulações de consciências.
Prof. Dr. Benedito Antonio Luciano
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O Restaurante no Fim do Universo
O segundo livro da coleção O Guia do Mochileiro das Galáxias não deixa fã algum desapontado. Os personagens sem pés nem cabeça – ou com cabeças de sobra – estão obstinados em ser exatamente como eram, apesar das viagens improváveis que traçam ao redor do espaço a bordo da nave Coração de Ouro. Os tripulantes são Ford Prefect, um mochileiro que ficou preso na Terra por uma década; Arthur, que teve sua casa e seu planeta demolidos no mesmo dia; Trillian que em uma festa qualquer o rejeitou para ficar com Zaphod, um extraterrestre com duas cabeças e uma nave legal que achou que virar Presidente da Galáxia seria uma boa ideia para passar o tempo; e Marvin, um robô com capacidade computacional maior que o universo afogado em depressão.
ZaphodBeeblebrox, presidente procurado em todo o espaço sideral, decidiu não se preocupar com isso. Também decide que está com fome. E que melhor espaço-tempo para isso que um restaurante no fim do universo? Nada melhor que deliciar-se com a carne de um boi que acabou de se apresentar como jantar antes de ir para o forno enquanto ver tudo virando nada. Em meio a tantas confusões, alguns capítulos serão reservados à ceia.
Um humor aguçado com aquele toque britânico, o livro foi concebido com a medida certa de ironia, devaneio e boas ideias. O narrador onisciente brinca com pensamentos avulsos e com a falta de concentração dos personagens e divaga ao redor do tema sem pressa com piadas com e sem sentido ridiculamente bem posicionadas ao longo da linha narrativa.
O foco aqui não é uma pessoa, ou uma questão, mas o universo inteiro e suas peculiaridades, que devem ser saboreados, assim como esse livro, sem moderação. Douglas Adams continua a série com competência, levando o leitor numa viagem louca sem jamais esquecer sua toalha e seu Guia do Mochileiro das Galáxias.
Ana Paula Tavares de Melo
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Dicas de Filme
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Caché
Um casal começa a receber fitas k7 contendo gravações da frente da casa, da rotina dele. Em seguida, estranhos desenhos começar a acompanhar as fitas. Sem a ajuda da polícia, pois esta não se manifesta pela falta de evidências de um crime, Georges Laurent e Anne Laurent são lançados em um mistério que domina, gradativamente, o filme “Caché”.
Dirigido e escrito pelo talentoso Michael Haneke, quem assiste a esse filme francês vai adquirir uma peculiar sensação de aflição mesclada com a ansiedade para descobrir o responsável por mais um problema na vida da família Laurent. Lembranças adormecidas despertam no enredo, além de inesperados acontecimentos – é inevitável não ficar tão intrigado quanto os personagens. As cenas são de uma simplicidade belíssima, com planos que mais parecem pinturas realistas em movimento. No elenco há Juliette Binoche e Daniel Auteuil em boas performances. “Caché” esconde um mistério, envolva-se nele.
Filippe José Gadelha Tertuliano
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A Fantástica Fábrica de Chocolate
O livro “A Fantástica Fábrica de Chocolate”, escrito por Road Dahl, teve sua primeira adaptação feita no filme de mesmo nome dirigido por Mel Stuart e lançado no ano de 1971. Willy Wonka (Gene Wilder), mundialmente conhecido por ser dono da melhor fábrica de chocolates do mundo e pelas suas receitas inovadoras, decidiu fechar a fábrica e demitiu todos os seus empregados, por causa do grande número de espiões que queriam roubar suas receitas.
Anos depois, a fábrica voltou a funcionar, mas os seus portões continuaram fechados, sendo um verdadeiro mistério. Wonka lançou a promoção dos cinco bilhetes dourados colocados em seus chocolates e quem os encontrasse passaria um dia inteiro visitando a sua fábrica, com o direito de levar um acompanhante. O pobre menino Charlie Bucket (Peter Ostrum) vê nessa promoção uma oportunidade para realizar o seu sonho de conhecê-la de perto, não só por trás dos portões. Ao chegar em casa e dar a notícia à sua família, seu avô Joe (Jack Alberston) o entregou uma certa quantia em dinheiro que ele já guardava havia muitos anos e o menino correu para comprar uma barra de chocolate, só que não encontrou o bilhete.
Depois da notícia de que os cinco bilhetes foram encontrados, Charlie ficou muito triste, mas logo em seguida saiu a notícia de que o quinto bilhete era falso. Com um dinheiro que arranjara, o garoto foi até a loja de doces e comprou mais uma barra, dessa vez obtendo sucesso.
Chegando o grande dia, Charlie leva seu avô Joe consigo e começa a grande jornada na fábrica de chocolates, juntamente com as outras quatro crianças e os seus acompanhantes. Muitas situações inusitadas ocorrem no local e cada criança é testada. Qual será o real objetivo de Wonka com essa visita?
Daniel Abrantes Formiga
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