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Dicas de Livro








 A chave de Sarah

Tatiana de Rosnay conta-nos, paralelamente, duas histórias que convergem para o mesmo lugar: Vélodrome d’Hiver. E nos mostra uma versão, não muito conhecida, da participação francesa na 2° Guerra Mundial. Julia Jarmond, jornalista americana radicada na França, descreve o triste acontecimento ocorrido em 16 de julho de 1942, em que milhares de judeus foram confinados pela própria polícia francesa e mortos em Auschwitz, de acordo com o que vai descobrindo em sua pesquisa para uma publicação na revista para a qual trabalha.

Ao mesmo tempo que acompanhamos as descobertas de Julia, conhecemos também a trágica trajetória de Sarah, uma judia de 10 anos de idade que narra todo o sofrimento e as humilhações a que milhares de judeus foram submetidos. E principalmente o quanto eles tinham aprendido a temer os alemães desde que a guerra começara e o quanto estavam surpresos por serem levados pelas mãos dos franceses.

Não muito orgulhosos do que fizeram no passado, os cidadãos parisienses não falavam sobre o histórico fato e preferiam guardar aquilo como um eterno segredo, sentiam vergonha dos dias mais sombrios da história do país. Surpresa com tanto segredo, Julia se sente cada vez mais instigada a pesquisar sobre o assunto e encontrar algum vestígio, principalmente quando fica sabendo que a casa para a qual pretende se mudar com a família pertenceu a judeus que foram retirados de lá subitamente por ordem dos nazistas. Então ela se sente determinada a conhecer toda a história da menina.


Natália Medeiros






Capitães da Areia

Capitães da Areia é mais um romance do escritor baiano Jorge Amado. Inicialmente publicado em 1937, a obra foi barrada na ditadura do Estado Novo: sua primeira edição foi confiscada e vários exemplares foram queimados em público, na Bahia. A partir de 1940, porém, Capitães da Areia conseguiu espaço na literatura brasileira.

O livro trata da vida de um grupo de menores abandonados sobre o cenário de Salvador na década de 30. Esse grupo é chamado de Capitães da Areia e envolve jovens que convivem com a pobreza, com a liberdade nas ruas e com a imposição de uma maturidade precoce. Ao longo da obra, Jorge Amado explora cada um dos personagens, suas frustrações e objetivos. O contexto dos Capitães da Areia é de uma cidade afetada pela varíola, pela repressão policial contra os menores e pelo sincretismo religioso traduzido no envolvimento dos capitães com adeptos do candomblé.

A obra foi lançada em idiomas estrangeiros, teve também adaptações para o rádio, teatro e cinema. A mais recente foi o filme lançado em 2011, que ganhou o prêmio de melhor filme no Festival de Filmes Brasileiros de Los Angeles.

Arthur Araújo

 

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A vida de Brian

O grupo inglês de comédia Monty Python surgiu no final da década de 1960, obtendo grande sucesso na TV e cinema. Seu estilo non-sense influencia humoristas e shows até os dias de hoje. Há, inclusive, o termo “pythonesco” (do inglês, pythonesque) nos dicionários da língua inglesa, significando algo surreal ou absurdo.

Dentre outros filmes criados pelo grupo, “A vida de Brian” (Life of Brian) traz a costumeira acidez característica dos Pythons. Com fortes críticas religiosas, políticas e sociais, “A vida de Brian” foi considerada por muitos uma blasfêmia.

A história acontece numa época paralela à de Jesus. Brian é confundido com o messias cristão ao nascer e, até a vida adulta, segue sua vida com a mãe. Então, por volta dos 30 anos, alia-se a um grupo contra o domínio romano. O filme retrata bem a pouca distinção entre diversas ordens políticas, além de sua ineficácia para tópicos práticos.

Com a perseguição do exército romano, Brian escapa fingindo ser um profeta. Porém, um grande grupo de pessoas acaba realmente o confundindo com um messias. Embora tente fugir dos “fiéis”, ele é incessantemente perseguido e qualquer coisa que faça é entendida como uma profecia que deve ser obedecida. Por fim, Brian é condenado à crucificação por Poncio Pilatos, ao som da música “Always look at the bright side of life”.

Além das críticas aos grupos políticos, há também polêmicas quanto à alienação religiosa; tanto quanto o primeiro ponto, ambos são tópicos ainda fortemente presentes na sociedade atual.

O filme aparece constantemente em listas de melhores filmes de comédia ou britânicos. Portanto, para quem aprecia um humor mais elaborado, “A vida de Brian”, apesar de feito em 1979 e “retratar” uma época 2000 anos atrás, ainda é bastante atual, pois mostra de forma bem humorada a alienação política, religiosa e social da população.

Vítor Silveira



Sombras de Goya

Goya’s Ghosts ou Los Fantasmas de Goya é uma produção hispano-estadunidense que rendeu poucos comentários por parte dos críticos como se tinha expectativas. Entretanto constitui um belíssimo filme que trata de assuntos políticos, religiosos e de arte.

Espanha, de 1792 a 1809, Francisco de Goya Y Lucientes (Stellan Skarsgård) um dos maiores pintores do cenário espanhol, tem suas obras criticadas pela Inquisição. O pintor retratava mercadores, famílias nobres e pessoas do alto clero. Ele recebe uma encomenda: pintar o retrato da jovem Inés Bilbatúa (Natalie Portman), filha de um mercador. Quando Lorenzo (Javier Bardem), importante membro da Inquisição Espanhola, vê o retrato de Inés, fica fascinado e a partir de então os três personagens tem sua trama entrelaçada. A jovem é acusada de heresia e é presa, passam-se 15 anos e o lugar é palco de grandes transformações. No decorrer, o exército de Napoleão Bonaparte invade a Espanha, e após a derrota dos franceses é restaurada a monarquia espanhola.

O filme dirigido por Milos Forman é baseado na obra Fantasmas de Goya do escritor Jean Claude Carriere. A história transcorre pelos olhos do artista Goya, que se torna mais do que um personagem principal, mas o responsável por preservar os fatos em suas obras por séculos e séculos.


Larissa Diniz

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