Dicas de Livro
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Quincas Borba
“Ao vencedor, as batatas.”
Clássico da literatura
brasileira, o livro Quincas Borba é
uma continuação da obra Memórias Póstumas
de Brás Cubas. A obra machadiana apresenta-nos Pedro Rubião de Alvarenga,
ex-professor que se torna enfermeiro e seguidor do filósofo Quincas Borba. Com
a morte deste, Rubião é nomeado herdeiro de sua enorme fortuna, sob a condição
de que o cachorro do falecido – que tinha o mesmo nome do dono – fosse cuidado.
Em viagem para o Rio de Janeiro,
Rubião conhece Cristiano de Almeida (um capitalista) e sua esposa, Sofia. Apesar
de uma aparente amizade se desenvolver daí, constatamos posteriormente que o
principal interesse do casal é a fortuna de Rubião. A situação se complica
quando este se vê apaixonado por Sofia, que devido aos seus olhares e forma
singular de tratamento com ele, parece corresponder aos seus sentimentos. Tal
fato acaba por despertar a loucura em Rubião.
O principal ensinamento de Quincas
Borba ao seu discípulo foi a filosofia fictícia conhecida como Humanitismo, que
defende que num mundo competitivo sobrevivem os mais espertos, ricos e fortes.
Tal pensamento era, na verdade, uma crítica a diversos movimentos que ascendiam
no final do século XIX, quando o livro foi escrito, como o positivismo, o
materialismo e a teoria darwiniana da seleção natural. O livro apresenta
aplicações da tal filosofia em diversos momentos, principalmente na relação entre Rubião e o casal Cristiano e Sofia.
Quincas
Borba é
um marco do realismo no Brasil. A obra, com uma escrita bem singular, apresenta
uma realidade bem diferente da dos heróis infalíveis românticos, ao tratar de
temas como a loucura e a busca dos próprios interesses. Apesar de ter sido
escrito há mais de um século, nos faz refletir sobre a sociedade atual e o que
esperar dela.
Júlio César Cavalcanti
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Equinox
A jornalista e escritora
Laura Niven retorna a Oxford em busca de inspiração para um novo romance.
Entretanto, ela encontra um cenário aterrador na pacata cidade universitária.
Um assassino está matando diversas pessoas seguindo uma agenda astrológica.
Cada morte corresponde à entrada de um planeta num raro alinhamento. De cada
uma das vítimas, o assassino rouba um órgão e no lugar coloca uma moeda cunhada
com o metal associado ao astro que está se alinhando. Com a ajuda de seu
marido, Laura penetrará nesse mundo de muito ritual e misticismo, em busca da
solução dessa sequência de crimes. Eles descobrem a Ordem
da Esfinge Negra, ordem esta que teve como membro o famoso físico Sir Isaac
Newton.
A obra, do autor britânico Michael White, é um
prato cheio para os leitores que se interessam por uma história com muito
suspense e misticismo. A cada página lida, fica a vontade de chegar ao tão
esperado desfecho da história. Sem dúvida alguma, uma excelente dica para quem
busca uma leitura premiada e bastante conceituada no velho continente.
Rayan L. B. França
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Dicas de Filme
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Trainspotting - Sem Limites
Trainspotting – Sem Limites é uma produção britânica de 1996 de
Danny Boyle, um drama baseado na obra de Irvine
Welsh, escritor escocês.
A proposta no
início do filme é criticar a sociedade pré-moldada, com um roteiro de vida
programado, onde o indivíduo constrói sua família, compra seus bens, cria seus
filhos e morre. Um grupo de jovens de Edimburgo, na Escócia, recusa-se a fazer
parte dessa massa e deixa-se levar pelo uso da heroína. A partir disso, Renton
(Ewan McGregor) e seus colegas buscam
um meio com poucas perspectivas para manter o vício.
A problemática
do filme gira em torno do surgimento de uma oportunidade para o grupo adquirir uma
quantidade considerável de dinheiro para o sustento próprio, em paralelo à
tentativa de Renton de se livrar do vício. Em meio a um propósito politicamente
incorreto, Renton acaba tendo a oportunidade de rever seus princípios e o grupo
tende para o próprio fim.
O filme não só
desfaz os paradigmas sociais impostos como também os
reconstrói sob uma nova perspectiva, e é isso que o torna atraente.
Trainspotting foi duramente reprimido em alguns países devido às referências ao
uso de drogas. Porém, foi eleito em 2004, pelo The New York Times, um dos 1000
melhores filmes já produzidos.
Arthur Araújo
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Thor
Na mitologia nórdica, Thor é o deus da guerra, dos relâmpagos e dos trovões. Ele empunha o martelo Mjolnir que nunca erra o alvo e sempre retorna a sua mão. A Marvel conseguiu simplificar essa complexa mitologia e transformá-la em HQ adicionando novas aventuras e situações.
No filme, Thor é um jovem impetuoso e arrogante. Ele desobedece a seu pai Odin, deus supremo de Asgard, atacando os Gigantes de Gelo e recomeçando uma antiga guerra com os mesmos. Odin, dotado de grande sabedoria, retira os poderes do filho e o manda para a Terra junto com o Mjolnir.
Thor percebe que perdeu sua força, não conseguindo mais empunhar seu martelo e, durante a aventura, deverá tornar-se digno dos poderes que outrora possuía. Em meio a essa situação, seu invejoso irmão Loki arquiteta planos para tomar o trono da Cidade Dourada (Asgard) que é de Thor por direito.
Sem dúvidas, Thor é um ótimo filme para os que gostam de histórias fantásticas e que envolvem mitologias. Algo a ser destacado é que o filme consegue se fazer entender e divertir mesmo para as pessoas que não conhecem os quadrinhos Marvel ou a mitologia nórdica. Ele também faz muitas referências ao que aparece nos Vingadores e em outros filmes da Marvel.
Nayara Brandão de Freitas
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