Dicas de Livro
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O
Silmarillion: A Bíblia de Tolkien
Um livro para
aqueles que já leram O Hobbit e Senhor dos Anéis, mas ainda possuem sede
de conhecer mais sobre o universo tolkieniano. O livro cria uma nova e
fantástica mitologia, na qual os leitores mergulham nas descrições de forma que
não seria admirável se surpreenderem acreditando na história.
O Silmarillion
é uma compilação de cinco histórias, contando desde a criação da terra pelos
Ainur¹ segundo o desígnio de Eru Ilúvatar² e o
surgimento do mal até o início da Quarta Era com a destruição dos anéis de
poder. Descreve com esmero todos os ambientes, possui inúmeros personagens e
mostra os caminhos que o mundo tomou de modo a chegar aos fatos contados nos
demais livros do autor.
É extremamente
denso, em muitos momentos fazendo-se necessário recorrer ao glossário, a mapas
e a árvores genealógicas de forma a possuir um maior
entendimento das histórias e conseguir acompanhá-las. É um livro imperdível
para as pessoas que gostam de épicos, de histórias complexas e repletas de
fantasia, além de muita emoção.
Nayara Freitas
¹ : Espíritos criados por Eru de seu pensamento.
² : Deus supremo nas obras de Tolkien.
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Desastre
“Ao contrário do que pensa a maioria dos seres
humanos, destino e fado não são a mesma coisa. O destino não pode ser impingido
à força para alguém. Se a pessoa é pressionada por circunstâncias, então isso é
um fado. E o fado está morbidamente associado com o inevitável, com a
possibilidade de que alguma coisa sinistra está para acontecer.” (trecho de Desastre)
Regra #1: Não se envolva com
humanos.
Fábio é um imortal que designa sinas
a 83% das pessoas na Terra. Desempenhando essa função desde o início dos tempos
e assistindo seus humanos errarem recorrentemente nas suas escolhas, ele se
sente extremamente insatisfeito com seu emprego. Porém, quando Sara (uma mulher
que está na trilha do Destino e cujo futuro ele desconhece) surge em sua vida,
as coisas parecem mudar.
Apaixonado, ele modifica sua
atitude perante seis humanos, quebrando a regra número um. Mas interferir na
lei dos caminhos gera repercussões, provocando uma verdadeira bagunça no reino
dos Céus que não passará despercebida por Destino, com quem ele mantém uma
relação de amor e ódio. Personificando as virtudes
celestiais, pecados capitais e outros elementos de forma não convencio-nal, Desastre é uma comédia leve e sarcástica
que faz o leitor repensar no poder de suas escolhas. Um dos primeiros livros de
S.G.Browne, o texto apresenta uma escrita agradável, divertida, crítica em
relação aos valores da sociedade de consumo, e que leva o leitor a concluir que
o amor não é uma escolha, é um desastre.
Thyago Sá
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Dicas de Filme
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A corrente do Bem
A chegada de um novo professor de estudos
sociais numa escola iria mudar completamente a vida de um garoto. Para
entusiasmar seus novos alunos e fazê-los refletir sobre a conduta de cada um
deles, Eugene Simonet (Kevin Spacey) desafia seus alunos a pensarem em algo que
mudaria o mundo. O pequeno Trevor Mckinney (Haley Joel Osment) tem uma ideia
brilhante que, segundo ele, poderia mudar o mundo: a corrente do bem. Ele
escolherá três pessoas necessitadas para as quais fará uma boa ação a cada uma
destas; em seguida, estas três pessoas deverão fazer também uma boa ação para
mais três pessoas e assim por diante.
A sua primeira escolha será sua
própria mãe, Arlene (Helen Hunt), a qual ele tentará aproximar de seu
professor. Dessa forma, Eugene Simonet passa a estar cada vez mais presente na
vida de Trevor, fazendo surgir mais do que uma relação de aluno-professor. A
segunda escolha do garoto é um mendigo usuário de drogas que o mesmo encontrou
na rua. Entretanto, o clímax do filme vem quando a corrente se propaga e um
repórter tenta chegar até o criador da corrente. Após divulgar sua fabulosa
ideia em rede nacional, ele fará sua terceira escolha onde mudará completamente
o rumo de sua vida.
Baseado na obra de Catherine Ryan
Hyde, o filme produzido em 2000 e dirigido por Himi Leder, inspirou um movimento mundial que tem como objetivo conscientizar as
pessoas a fazer boas ações no dia a dia. Um filme emocionante e surpreendente
que nos faz refletir sobre nossa conduta e o que temos realizado de bom para o
mundo.
Larissa Diniz
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Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembrança
Muitas vezes
as pessoas têm um enorme desejo de apagar alguns momentos de sua memória,
principalmente quando essas lembranças estão ligadas a relacionamentos
amorosos. Nesse filme, podemos ver o que provavelmente aconteceria se realmente
fosse possível apagar o que quiséssemos da memória sempre que desejássemos.
Brilho Eterno
de uma Mente sem Lembranças, lançado em 2004 nos EUA e dirigido por Michael
Gondry, é uma comédia-dramática com toques de ficção científica que mostra a
inusitada história de um casal, protagonizado por Jim Carrey e Kate Winslet. Com
diversas indicações a prêmios, foi consagrado com o Oscar de Melhor Roteiro e
Charlie Kaufman ganhou um enorme destaque como excelente
roteirista nos EUA.
Toda a
história acontece em função de um tratamento experimental ao qual Clementine
(Kate Winslet) se submete para retirar Joel (Jim Carrey) de sua memória. Após
descobrir o que Clementine havia feito, Joel, movido pela dor de saber que
alguém que ele tanto ama foi capaz de apagá-lo, também resolve se submeter ao
método nada seguro. Só que durante o processo ele se arrepende e o filme leva
os espectadores a torcer por ele enquanto prende a atenção alternando momentos
reais e lembranças.
O roteiro não
segue uma linha temporal, o que chama a atenção do espectador e o instiga a
pensar: será que uma história de amor se encerra por aí? É possível esquecer um
amor apenas apagando lembranças de momentos vividos juntos? E também a torcer
por Joel e sua luta contra sua decisão.
Natália Medeiros
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