Dicas de Livro
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Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil
Aprendemos desde cedo histórias
sobre o Brasil que nem sempre condizem com a realidade, mas que ficaram enraizadas
pelo senso comum possivelmente por reforçarem um sentimento nacionalista.
Índios imaculados que foram praticamente exterminados por portugueses maldosos,
a audácia de grandes heróis nacionais como Zumbi, Santos Dumont e Aleijadinho,
nações ambiciosas e desumanas que por interesses econômicos motivaram conflitos
como a Guerra do Paraguai e muitas outras, compõem o rol das histórias mal
contadas. O jornalista Leandro Narloch mostra, de maneira clara e com certos
toques de humor, que as aulas tradicionais de história do Brasil precisam ser
revistas.
“Guia politicamente incorreto da
história do Brasil” é fruto de uma historiografia que ganhou força na última
década. Esta nova linha não tende logo a levar divergências para o campo
político-ideológico, como no período da ditadura, e se sente mais livre para extrair
de fontes históricas por vezes inexploradas conclusões mais concretas,
independente do efeito que elas possam causar.
Descobrimos, por exemplo, que muitos índios não eram tão inocentes e
amigos da floresta como se prega – eles viam nos europeus fortes aliados contra
tribos inimigas e trocavam o pau-brasil por objetos sem peso na consciência.
Zumbi, símbolo da luta pela igualdade racial, tinha escravos. Santos Dumont não
foi o inventor do avião – nem do relógio de pulso. Aleijadinho, visto como um dos
maiores escultores brasileiros, está mais para um personagem literário. A
Inglaterra não provocou a Guerra do Paraguai e nem sempre era movida por
interesses econômicos.
O “Guia” já tem mais de 200 mil
exemplares vendidos e é uma ótima pedida para quem gosta de história – bem
contada.
Júlio César Cavalcanti
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A Arte da Guerra
A Arte Da Guerra, obra do guerreiro e filósofo chinês Sun Tzu, foi escrita a mais de 2000 anos sendo um dos mais importantes tratados de estratégia militar da história. A obra expõe princípios estratégicos básicos que devem ser seguidos com o intuito de se obter a vitória.
O livro apresenta trechos célebres como: “O verdadeiro objetivo da guerra é a paz”. Apesar de ser um livro com mais de vinte séculos de idade, a obra se insere perfeitamente no contexto atual, sendo utilizada como uma metáfora, no campo de batalha em que se transformou a concorrência entre as empresas.
O livro de Sun Tzu tornou-se um clássico. Atualmente, presidentes e diretores de grandes corporações, líderes políticos e grandes executivos o estão utilizando como um manual de marketing.
Rayan Lucas Barreto
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Dicas de Filme
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Cry Wolf - O Jogo da Mentira
It’s a lier game. The
objective: Avoid suspicions, manipulate your friends, eliminate your
enemies
Um grupo de estudantes em um jogo
em que é necessário descobrir quem está mentindo ou morrer tentando.
Secretamente escolhido entre os integrantes do grupo, o lobo é o mentiroso enquanto
todos os outros são as ovelhas. Vence quem encontrar o lobo e convencer todos
os outros a votar nele, ou o próprio lobo caso ele sobreviva sem ser descoberto.
Quando o novato Owen (Julian
Morris) chega ao colégio Westalke, Dodger(Lindy Booth) resolve mudar as regras
e envolver toda a escola. Aproveitando a notícia da morte misteriosa de uma
garota, o grupo decide espalhar o boato de que existe um assassino em série no
campus. E assim começa uma intricada trama de acusações, desaparecimentos e perseguições
que pode fazer certas mentiras se tornarem verdades.
A primeira vista, Cry Wolf parece mais um típico filme
americano de assassinatos em série, porém, o final surpreendente prova
exatamente o contrário. Com uma trama envolvente favorecida por uma direção
ágil e excelente fotografia, o filme coloca o telespectador no centro do jogo,
mostrando que ao contar uma mentira, apostar no óbvio é geralmente a melhor
opção.
Thyago Sá
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Whatever Works
Dirigido por Woody Allen, Whatever
Works (em português, Tudo pode dar certo), narra a história do velho e
hipocondríaco Boris Yelnikoff e a jovem e ingênua Melodie St. Ann Celestine.
O roteiro inicial data de 1970,
mas, devido à morte do ator Zero Mostel, cotado para o papel principal, foi
arquivado até 2009, ano do lançamento oficial do longa.
O filme revela a possibilidade da
mudança inesperada na vida das pessoas: mesmo quando você se conhece tão bem,
não é capaz de prever seu futuro e destino. São mostradas histórias
individuais, que circulam em torno do personagem principal, e a mudança radical
na vida dos coadjuvantes. Um velho físico, uma jovem
interiorana, uma esposa religiosa e um marido tradicional e apegado aos
costumes têm um fim imprevisível, contrariando todas as previsões e mostrando
que, no final das contas, a vida reserva surpresas inimagináveis.
Vítor Silveira
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