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Dicas

 

21ª Edição

Dicas de Livro Dicas de Filme

 

Dicas de Livro



O Arqueiro, Bernanrd Cornwell

    Estamos na Guerra dos Cem anos, França e Inglaterra em uma rivalidade histórica disputam o comando da Europa. Milhares vidas que se definem no ritmo de combate. Uma delas é a do jovem arqueiro Thomas de Hockton. Há quatro anos, sua aldeia fora atacada por um grupo de franceses liderados por um homem conhecido apenas pelo nome de O Arlequim, ou soldado do demônio. A família de Thomas é assassinada no ataque. O motivo: seu pai era o guardião de um dos maiores tesouros da Cristandade, a Lança de São Jorge.

    Obstinado a obter vingança e recuperar o objeto roubado, Thomas se une ao exercito inglês, porém ele se verá em meio a uma conjuntura que vai além de seus próprios desejos e que o colocará na busca do Santo Graal. Ele agora é uma peça de um jogo de guerra com regras bem definidas.
Consagrado com a Trilogia as Crônicas de Arthur, Bernard Cornwell confirma em  O arqueiro as mesmas características que o conceituaram como escritor de romances históricos. A mistura de história e misticismo de forma quase indistinguível, a   narrativa cheia de reviravoltas, a descrição da religiosidade e do código de ética da época  assim como  a descrição extraordinária de cada batalha são apenas alguns  dos fatos que prendem o leitor do início ao fim do livro.

Thyago  Sá






A morte de Ivan Ilitch


        Recentemente tive a oportunidade de ler "A morte de Ivan Ilitch", do escritor russo Leon Tostói. O livro conta a história da vida do personagem principal, Ivan Ilitch, e o seu drama psicológico e filosófico quando passa a conviver com a certeza da iminência de sua morte. Não vou contar aqui mais detalhes da história, porque essa é certamente uma das obras primas da Literatura mundial e merece uma leitura prazerosa.

        Mas, assim como Ivan Ilitch, todos nós um dia vamos passar por esse misterioso acontecimento que é a morte. Sim, a morte. Tão mitológica, tão folclórica, tão amedrontadora para alguns, o fim ou  o começo, não se sabe. Um acontecimento, ou o acontecimento, singular da vida. A morte é paradoxal a tudo aquilo que nós somos porque está diretamente relacionada ao existir. Cada um de nós vive em universo particular gerado por sua consciência. Nesse sentido é um viver solitário, já que ninguém, a não ser você, pode saber como são os seus sentidos, seus pensamentos. Meu sentimento de alegria ou de tristeza pode ser diferente do seu, ou não, mas nunca poderemos comparar o que sentimos, pois os objetos de comparação estão em universos diferentes. Talvez seja por isso que a morte nos impressione tanto, afinal pode ser, e é muito provável que seja, o fim de um universo, do nosso universo, tão íntimo a nós mesmos, tão particular. No entanto, retirando o caráter subjetivo, a morte é muito natural de ser compreendida. Bom, para quem gosta de reflexões sobre a vida e da boa Literatura fica a dica do livro do genial Tolstói.

Edson Porto da Silva

 

Dicas de Filme







Chico Xavier

        Foi notícia do jornal O Globo no ultimo dia 19: "Chico Xavier, o filme, de Daniel Filho, é o novo sócio do clube dos dois milhões de espectadores". Enquanto vivo, Xavier foi alvo de polêmicas e notícias. Mais que isso, ele sempre foi uma figura extremamente popular, independente de religiões, crenças e seitas o povo brasileiro nutriu grande carinho e estima pela pessoa e pelos ensinamentos do médium. Era então previsível que um filme com este tema fosse sucesso nacional de bilheteria, fato que aparenta desencadear agora uma nova onda de filmes espíritas e/ou baseados nos livros "do autor".

        Independente disso, nas salas de cinema o que se tem visto é uma produção razoável que beira o simplismo. Bons atores e nomes muito famosos compõem o elenco: Tony Ramos, Cristiane Torlone, Nelson Xavier, Ângelo Antônio, Cássia Kiss, Giovanna Antonelli entre tantos outros conhecidos. Alguns dos personagens bem interpretados, como Chico (na ultima fase da vida), Orlando e Glória, e tantos outros que não atingiram bom desempenho. A trilha sonora do filme não tem qualquer representação, beirando a miséria. Já a produção fez um ótimo trabalho na replicação das entrevistas e nas cenas das ruas mineiras. As cenas nos bastidores e direção das entrevistas ganharam um papel notório e deram ao filme um rumo diferente da biografia de Chico, apesar de, no final, convergir para o caso mais famoso do médium, quando uma de suas cartas psicografadas foi aceita como prova num julgamento de assassinato.

        O trabalho da direção foi bem executado, sem grandes feitos, nem grandes erros. O enredo optou pelo equilíbrio, balanceando as cenas pesadas da vida difícil do protagonista com cenas meio cômicas e mais leves. Deixando tudo isso muito claro, pelo próprio discurso feito (pelo ator e por Chico) no final. Por fim, o que se vê é uma produção nacional que não irrita, não apela e não constrange. Os que acreditam nos feitos de Xavier certamente irão gostar os que não acreditam vão continuar sem acreditar e não terão grande arrependimento em ter passado duas horas na sala de cinema.

Ilis Nunes A. Cordeiro







Viagem Inesperada para o Alaska

Diariamente imigrantes são deportados dos Estados Unidos da América por não apresentarem o Green Card (visto permanente de imigração). Desta forma, estas pessoas não podem fixar residência nos Estados Unidos não sendo, portanto, consideradas cidadãs americanas. Dentre muitas limitações, estão a de não poderem trabalhar, estudar e realizar os seus sonhos em um país promissor. Em situação semelhante a esta se encontra Margaret, personagem do filme A Proposta interpretada por Sandra Bullock.

Filme considerado como "A melhor comédia do ano" e "Engraçado de dar gargalhadas", A Proposta relata de forma hilária e divertida a história de uma escritora canadense que reside nos Estados Unidos de maneira ilegal. Conseqüentemente, certo dia em seu escritório a controladora Margaret é surpreendida pela visita do desconfiadíssimo agente de imigração. Assim a escritora às vésperas de ser deportada e com o receio de perder status e o poder do melhor emprego de sua vida, inesperadamente ela anuncia o seu noivado com o mais improvável pretendente, seu escravo e assistente de escritório Andrew, interpretado por Ryan Reynolds. Sem muita opção, já que não desejava perder o seu emprego, Andrew concorda com o casamento, desde que Margaret aceite algumas exigências suas, tal como publicar um livro escrito por ele. E na tentativa de se conhecerem mais eles partem para a casa da família do "pobrezinho" Andrew no Alaska. A partir de então um belíssimo romance passa a se desenrolar na tentativa de provar que esta farsa de casamento seria real (e se tornará real).

A comédia romântica mais envolvente, não só para casais de namorados como também para aqueles que almejam se divertir e sonhar com uma belíssima história de amor, é dirigida por Anne Fletcher, contém um ótimo e experiente elenco de apoio incluindo Mary Steenburgen , Betty White e Croig Nelson, (mãe, avó e pai de Andrew respectivamente) e um lindo e implicante cachorrinho. O filme apresenta aproximadamente cento e sete minutos de duração e é recomendado para maiores de doze anos, devido apresentar em alguns momentos linguagem chula e nudez. Em relação ao áudio e à gravação do filme pode-se afirmar que é de excelente qualidade.

Esta louca e deliciosa Proposta irá fazer os expectadores repensarem em suas posturas duras e mal humoradas com o próximo, seja no trabalho ou no cotidiano, demonstrar o que estamos sentindo e quem sabe passar a dizer "sim" muitas e muitas vezes ao amor deixando de lado o individualismo e a vergonha. Por conseguinte, preparem-se para sorrir e chorar no mais envolvente pedido de casamento.


Andréia Bispo do Nascimento

 

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