Dicas

 

8ª Edição

Dicas de Livro Dicas de Filme Dicas sobre a Língua Portuguesa

 

Dicas de Livro


Guerra e Paz

Em essência, a obra retrata a sociedade e os acontecimentos históricos da Rússia do século XIX no período que vai de 1805 até 1812. Nessa época o exército francês de Napoleão tomou frente numa campanha para conquistar o território russo. As descrições das batalhas entre o exército francês e o russo são muito realistas, porém o mais interessante é a visão humana com que Tolstoi descreve os fatos.

O livro trás, inclusive, mapas indicando os locais das principais batalhas, como a batalha de Austerlitz, além do próprio Napoleão, que também aparece como personagem. Lendo essa obra dá para perceber que Napoleão não tem o papel que a História lhe concede por acaso. Guerra e Paz é uma das grandes obras da literatura universal.

Edson Porto

 

Dicas de Filme




Ensaio sobre a cegueira

Lançado recentemente, “Ensaio sobre a cegueira” é uma adaptação do livro de mesmo nome do autor português José Saramago.

A história é, pelo menos, original. Um surto epidêmico de cegueira atinge a população de uma cidade. A medida que as pessoas vão sendo contaminadas são levadas a um hospício onde ficam em quarentena sob condições sub-humanas.

De todas as pessoas expostas à doença, apenas a esposa de um oftalmologista permanece imune. Através da visão dela, construímos nossa própria visão difusa, distorcida (e tão defeituosa quanto a dos outros) do que está realmente ocorrendo.

O ponto central é o questionamento da estrutura da sociedade moderna. Em frente a uma epidemia tudo desmorona, desde a estrutura do Estado até a dignidade e o sentido humano dos personagens. No decorrer da história e com o agravamento da situação tudo se torna exposto o que não significa nítido ou auto-explicativo. Afinal, em vários momentos fica óbvio que a cegueira não impede completamente a visão, ela apenas fornece uma nova percepção do que está ocorrendo.

Dentro do hospício o diretor parece ter encontrado a oportunidade certa para abusar de cenas pesadas e inúteis que deveriam refletir toda a miséria, o sofrimento e a precariedade da condição dos personagens. Além de tomar a forma mais previsível de conduzir a historia, a atuação pífia dos atores não permitiu que sequer o mínimo fosse atingido.

O livro foi lançado há 13 anos, e apesar de todas as tentativas Saramago nunca vendeu os direitos para que fizessem a adaptação cinematográfica. Segundo ele, o cinema destrói a imaginação. Vendo o resultado final obtido por Meirelles é impossível não dar razão ao escritor. Aos que gostaram da temática e do enredo, aconselho fortemente que leiam o livro.

Ana Maria Araújo Soares





O Orfanato

No roteiro, Laura (Belén Rueda) retorna ao orfanato do título, onde passou os anos mais felizes de sua vida. Ela havia sido adotada 30 anos antes, e tinha deixado para trás os outros companheiros órfãos, a quem considerava como se fossem seus irmãos e irmãs verdadeiros. Agora ela planeja, ao lado do marido Carlos (Fernando Cayo) e de seu filho adotivo Simón (Roger Príncep) reabrir o orfanato que está abandonado há vários anos.

O local logo desperta a imaginação de Simon que passa a ter amigos imaginários e contar histórias fantasiosas. Certo dia, Laura, cansada das invenções de Simón, não lhe dá ouvidos sobre os tais amigos e o menino então desaparece. Laura entra em desespero e passa meses procurando-o. Porém, na sua solitária investigação sobre o sumiço do filho, ela começa a ver e ouvir algo à espreita na casa, e começa a descobrir coisas escabrosas que interligam a vida dos seus antigos amigos do orfanato, do seu filho e a sua própria.

Para os conhecedores das convenções do suspense o filme pode parecer clichê, mas o que O Orfanato tem de bom é a forma como consegue intrigar o espectador colocando-o diante de surpresas imprevisíveis.

Em suma, é um filme digno de sua atenção. Não foi à toa que ele foi o representante da Espanha ao Oscar 2008 de melhor filme estrangeiro.

Mayanna Aquino do Bú

 

Dicas sobre a Língua Portuguesa

Figuras de Linguagem

Dando continuidade ao tópico “figuras de linguagem”, iniciado na edição anterior, esta edição do Jornal PET - Elétrica tratará das “figuras de palavras” antonomásia, elipse e pleonasmo, além das “figuras de pensamento” litotes e eufemismo.

- Autonomásia: constitui a substituição de um nome por um outro, ou por uma expressão, que facilmente o identifique.

    Ex.: O rei das selvas. (leão)

           O Rei do Rock. (Elvis Presley)

Elipse: é a omissão de uma palavra ou de uma expressão facilmente subentendida.

    Ex.: Na sala, apenas uma cadeira e um cobertor. (havia apenas)

           Pedro chegou muito cansado. Foi deitar-se cedo. (Ele foi)           

Pleonasmo: todo o uso de termos desnecessários visando enfatizar a comunicação. Grandes autores já usaram muito este recurso.

    Ex.: "Ó mar salgado, quanto do teu sal

            São lágrimas de Portugal”     (Fernando Pessoa)   

           "E rir meu riso" (Vinícius de Moraes)

- Litotes: consiste numa frase suavizada ou negativa para expressar uma afirmação. É o oposto da hipérbole.

    Ex.: Seu colega não é nada chato. ( = muito chato)

           Ela nunca tingiu o cabelo. ( = sempre tinge o cabelo)

Eufemismo: é o emprego de palavras ou expressões agradáveis, em substituição às quem têm um sentido grosseiro ou desagradável.

    Ex.: Ele entregou a alma a Deus. (Em lugar de: Ele morreu)

           Nos fizeram varrer calçadas, limpar o que faz todo cão... (Em lugar de: fezes)   


Edson Porto

 

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